Os Passos do Messias Podem ser Ouvidos …

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O nosso mundo parece, em muitas maneiras e formas, estar buscando inclinar-se em direção a um colapso … muitos de nós estão preocupados, e alguns até assustados. A corrupção e a decadência estão ao nosso redor e, em muitos aspectos, o mundo parece sem sentido ou direção …. Não podemos confiar em nossos políticos e líderes mundiais. Banqueiros e grandes corporações estão se posicionando contra os valores judaico-cristãos, outrora colunas da sociedade ocidental. O mundo atual vive em contínuo risco de entrar nas vias de fato de um grande conflito entre forças globais, parece que nos últimos anos os líderes mundiais pisam em gelo fino, fugindo o máximo que podem para evitar conflitos, mas sem conseguir se desvencilhar das situações que continuamente os levam à eles. Parece não haver nenhum líder genuíno em quem podemos confiar; apesar de toda tecnologia, cada dia é mais difícil de se obter boas informações para se tomar decisões de qualidade; vivemos no limiar de se estar fora de controle … e toda essa insegurança gera em muitos um stress estafante, depressivo. Muitos cristãos “dormem” em meio a tudo o que vem ocorrendo e vários “pensadores cristãos” encontram-se alienados … ensimesmados …. a voz profética, em muitos ambientes, parece que foi reprimida e fechada em guetos … e como reiteram as Escrituras: “sem profecia o povo perece” (Pv 29:18); ficam confusos, perplexos e sentem-se ameaçados … como que às cordas num ringue. Ainda assim, isso é exatamente o que o “sistema mundial” quer que você se sinta: “confuso, perplexo e ameaçado”, porque, desta forma, eles podem promover os seus planos de engenharia social e de controle, sem riscos de séria dissidência …

Entretanto, apesar de tudo isso e de todo esse cenário, está claro pelas Escrituras que “no amor de Deus, o perfeito amor, não há nenhum medo” (1 João 4:18,19), especialmente porque sabemos que não há nenhum poder real além do SENHOR (isto é, Ele é o único verdadeiro poder no universo, apesar das ameaças que a humanidade rotineiramente coloca uns sobre os outros) …. O SENHOR, o Deus de Israel, está no controle de todas as coisas. Na verdade, Jesus (Yeshua) é chamado de “o Soberano dos reis da terra” (Apocalipse 1:5) – e isso significa que, no fim, todos vão responder e estar sujeitos a Ele. O SENHOR Deus Todo-Poderoso reina, e nós não necessitamos de ficar sujeitos ao medo do homem ou de seus dispositivos. Invoque o nome do SENHOR e caminhe com fé!

Nesse artigo eu vou abordar algumas curiosidades observadas na tradição escatológica do judaísmo ortodoxo ( o qual não reconhece Jesus como o Messias ), que é o período de tempo imediatamente antes da chegada do Messias e que é, às vezes, chamado ikvot meshicha (עִקְּבוֹת מְשִׁיחַ), o momento em que os “passos do Messias” podem ser ouvidos. Este é o tempo designado por Deus para a redenção messiânica final e o encerramento da época atual, segundo o judaísmo ortodoxo. Para os cristãos, isto refere-se ao tempo pouco antes da segunda vinda de Jesus para julgar as nações e estabelecer o Seu reino em Jerusalém. Aqui está como a Mishná, a tradição oral judaica, descreve esse tempo:

Com os passos do Messias a soberba deve aumentar e a escassez chegar à sua medida . . . A sabedoria dos escribas se tornará insípida e os que evitam o pecado serão considerados desprezíveis, e a verdade em nenhuma parte será encontrada. Crianças devem envergonhar os anciãos, e os anciãos se levantarão diante dos filhos, pois “o filho desonra o pai, a filha se levanta contra a sua mãe, a nora contra a sogra: os inimigos do homem são os homens da sua própria casa”. A face desta geração é como a face de um cão, um filho não vai sentir vergonha diante de seu pai. (Sotah 9:15b).

De acordo com fontes judaicas ortodoxas tradicionais (Pesachim 54b; Midrash Tehilim 9:2), ninguém sabe o momento em que o Messias aparecerá – embora existam algumas “dicas”. Deus criou o mundo em seis dias, onde cada um dos quais representa mil anos. O sétimo dia é o início do grande sábado de descanso messiânico e, portanto, essa era não pode durar para além de 6.000 anos, interpretação essa que vem muito antes dos tempos de Cristo nas escolas rabínicas antigas … alguns estudiosos rabinos atribuem essa interpretação como vindo desde os tempos da escola do profeta Elias … outros, de antes, dos tempos de Enoque. De acordo com o calendário judaico tradicional estamos vivendo perto do fim do sexto milênio, o “Erev Shabbat” do mundo. Estamos nos aproximando, em outras palavras, do profetizado Fim dos Dias desta era e do aparecimento do Messias (para nós cristãos, da segunda vinda de Cristo)!

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De acordo com os sábios judeus até o ano 6.000 o Messias tem que chegar, podendo chegar antes. Isso está de acordo também com os ensinamentos de Jesus e de Suas testemunhas apostólicas (Mateus 24:36-44; 1 Tessalonicenses 5:1-3; 2Pedro 3:10; Apocalipse 3:3). A condição do mundo durante o “acharit Hayamim” (o “fim dos dias”) será grosseiramente má (2 Pedro 3:3; 2 Tessalonicenses 2:3-4, 2 Timóteo 3:1-5). Segundo o entendimento escatológico do judaísmo Ortodoxo, o mundo vai sofrer várias formas de tribulação, chamado “chevlei Mashiach” – as “dores de parto do Messias” (Sanhedrin 98a; Ketubot, Bereshit Rabá 42:4, Mateus 24:8). Às vezes, as dores de parto se dizem que são para durar uma geração, com os últimos 7 anos como sendo o mais intenso período de tribulação – o “tempo da angústia de Jacó” (Jeremias 30:7). A primeira onda de problemas vieram de Edom (isto é, de “Roma/Europa”), na forma do Holocausto; a segunda onda é proveniente de Ismael (isto é, os países árabes) na forma do conflito árabe-israelense. Isso está de acordo com os ensinamentos de Jesus no Sermão do Monte (Mateus 24-25). Para os sábios judeus, alguns dos “sinais” deste período incluem o surgimento de vários falsos profetas, numerosas guerras e “rumores de guerras” (incluindo a ascensão de Magog), fome, terremotos, a apostasia em todo o mundo a partir da fé, perseguição e uma espécie globalizada de impiedade que é revelada no egoísmo desenfreado, avidez, ousadia (audácia), falta de vergonha e uma falta geral de gratidão. O maior sinal, no entanto, é que Israel existirá mais uma vez como uma nação soberana, apesar do exílio profetizado entre as nações (Deuteronômio 4:27-31; Jeremias 30:1-3).

De acordo com alguns dos sábios entre os judeus ortodoxos, o trabalho de Pirkei D’Rabbi Eliezer, do século 9, prediz que pouco antes da vinda do Messias, “Ismael” (leia-se, islâmicos) vai crescer e emergir em poder para aterrorizar o mundo. De acordo com o Yalkut Shimoni (uma compilação comentada de livros da Bíblia Hebraica, escrita por volta do século 13 aproximadamente), o rei da Pérsia (Irã) vai “ter uma arma que vai aterrorizar o mundo”. A vinda do “Messias do Mal” (nome de código Armilus) em seguida iria aparecer no palco do mundo para oferecer um tratado de paz para Israel e o Oriente Médio”, mas que, “quando disserem: ‘paz e segurança’ (aliança confirmada), em seguida, sobrevirá repentina destruição sobre eles, como as dores de parto que vem sobre uma mulher grávida (o tempo da angústia de Jacó), e eles não vão escapar” (veja 1 Tessalonicenses 5:3).

Armilus (em hebraico ארמילוס) (também escrito Armilos e Armilius) é uma figura anti-messias na escatologia judaica medieval, comparável à interpretações medievais do Anticristo cristão e do Dajjal islâmico, que vai conquistar Jerusalém e perseguir os judeus até a sua derrota final nas mãos de Deus ou do verdadeiro Messias. Sua inevitável destruição simboliza a vitória final do bem sobre o mal na era messiânica. O Sefer (livro) Zorobabel é provavelmente do século 7. Armilus é imaginado talvez como sendo um criptograma para Heráclio e pensa-se que os eventos descritos no Sefer (livro) Zorobabel coincidem com a revolta judaica contra Heráclio. O Midrash Vayosha do século 11, que descreve Armilus, foi publicado em Constantinopla em 1519.

De acordo com a Enciclopédia Judaica, Armilus é “um rei que irá surgir no final do tempo contra o Messias, e será conquistado por ele depois de ter trazido muita angústia sobre Israel”. Ele é mencionado no Midrash Vayosha, Sefer (livro) Zorobabel e outros textos. Ele é um adversário semelhante a Gog e Magog. No Sefer (livro) Zorobabel ele toma o lugar de Magog e derrota o Messias “ben Joseph” (filho de José). A origem desta figura, que dizem ser a prole de Satanás e uma virgem, ou de Satanás e uma estátua (ou “pedra”), é considerado como questionável pela Enciclopédia Judaica, devido à variação e uma relação clara (se não paródia) da doutrina cristã, lendas e escrituras.

Este é o significado dos extraordinários acontecimentos mundiais cataclísmicos que estamos presenciando neste tempo … Finalmente, o período da Grande Tribulação é redentor e de cura (chamado yissurei ahavah, “os problemas do amor”). Os profetas escreveram que Sião vai passar por trabalho de parto e, em seguida, dará à luz filhos (Isaías 66:8). Assim, o rabino Vilna Gaon (1720-1797), escreveu que a “geulah” (a redenção nacional) é algo como o renascimento da nação de Israel. Isso está de acordo com o cumprimento profético do Yom Kippur como o dia do juízo e o tempo de conversão nacional de Israel. Vilna Gaon também proferiu uma profecia curiosa no século XVIII que diz: “Quando você ouvir que os russos capturaram a Criméia, você deve saber que os tempos do Messias já começaram, e que seus passos estão sendo ouvidos. E quando você ouvir que os russos tenham atingido a cidade de Constantinopla (a Istambul de hoje), você deve colocar a sua roupa de Shabat e não tirá-las, porque isso significa que o Messias está prestes a chegar a qualquer minuto”. No verso do profeta Jeremias sobre o “tempo de dores de Jacó”, isso é vital para se ver o objetivo em mente de que ele, Jacó (Israel), será livre dela (da angústia)”. Os sábios observam que o parto é um momento de transição radical e de luta para o bebê – a partir do tempo de uma existência relativamente pacífica dentro do útero para a dura luz do dia – e, portanto, uma transição semelhante entre este mundo e o mundo messiânico por vir que está prestes a ter lugar ….

É interessante observar essas interpretações escatológicas de muitos judeus ortodoxos quando comparados à luz da escatologia cristã, fica perceptível as muitas similaridades. Certamente, podemos olhar para o Senhor, bendito seja o Seu nome, para revelar o cumprimento da redenção em breve! Maranata Yeshua!

Porque a visão ainda está para cumprir-se no tempo determinado, mas se apressa para o fim e não falhará; se tardar, espera-O, porque, certamente, virá, não tardará.” (Habacuque 2:3)

Que o SENHOR lhe abençoe de forma abundante! 🙏❤️

* adaptado e com acréscimos feitos por mim do artigo original de John J. Parsons, aqui.

Gog Mencionado em Amós na Septuaginta (LXX)

O texto de Amós 7:1 possui uma variação na versão da Septuaginta (LXX) que é muito interessante, ainda mais para quem gosta de estudar as profecias bíblicas. O texto em Português (versão Almeida) está assim:

Isto me fez ver o SENHOR Deus: eis que ele formava gafanhotos ao surgir o rebento da erva serôdia; e era a erva serôdia depois de findas as ceifas do rei.

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Já na Septuaginta (vide imagem anterior) a tradução fica assim:

Assim o Senhor me mostrou, e eis que um enxame de gafanhotos veio cedo, e eis que um gafanhoto, Gog, o rei.

É provável que o(s) tradutor(es) tenha(m) visto em Amós 7:1, um vínculo com o exército de gafanhotos que vinham do norte descrito em Joel 2:20 … curiosamente o texto em hebraico de Joel possui a palavra עלה, que foneticamente é “`alah” (o nome do “deus” muçulmano), veja abaixo:

Mas o exército que vem do Norte, eu o removerei para longe de vós, lançá-lo-ei em uma terra seca e deserta; lançarei a sua vanguarda para o mar oriental, e a sua retaguarda, para o mar ocidental; subirá [עלה `alah] o seu mau cheiro, e subirá [עלה `alah] a sua podridão; porque agiu poderosamente.” (Joel 2:20)

Em vista disso é provável que o(s) tradutor(es) tenha(m), portanto, ligado também com Gog de Ezequiel, o qual também vem do norte (Ezequiel 38:15).

Virás, pois, do teu lugar, dos lados do Norte, tu e muitos povos contigo, montados todos a cavalo, grande multidão e poderoso exército; e subirás [עלה `alah] contra o meu povo de Israel, como nuvem, para cobrir a terra. Nos últimos dias, hei de trazer-te contra a minha terra, para que as nações me conheçam a mim, quando eu tiver vindicado a minha santidade em ti, ó Gogue, perante elas.” (Ezequiel 38:15-16)

O(s) tradutor(es) também poderia(m) ter se referido a Eldade e Medade. Na tradição rabínica, Eldade e Medade, mencionados no livro de Números (11:24-30) como tendo profetizado em meio ao povo de Israel, se diz que preveram uma guerra com Gog e Magog, com o rei de Magog unindo os não-judeus e lançando uma guerra na Palestina contra os judeus, mas estes não-judeus seriam derrotados e mortos pelo fogo do Trono de Deus. Algumas literaturas rabínicas clássicas argumentam que os não-judeus estariam à mercê do Messias; tais conexões messiânicas de Eldade e Medade também circularam entre grupos cristãos, e uma discussão particularmente popular de tal profecia foi até mesmo citada no livro apócrifo, Pastor de Hermas.

Curiosamente, em Números 24:7, há também uma menção curiosa de outro rei, Agague (אגג ‘Agag), mas na Septuaginta nesse mesmo trecho de Números se víncula o rei mencionado à Gog, o que pode também ter relacionado Amós 7:1 com a tradução de Gog na Septuaginta (vide imagem abaixo).

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É interessante, cada vez mais as peças se encaixam e os textos desenham um cenário curioso … são tempos muito, muito interessantes para quem estuda a Palavra com afinco …

Eu e Minha Sombra – Um exemplo surpreendente da Língua Hebraica

por Deborah Calic,

Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gênesis 1:26).

A língua hebraica é incrível. Há tesouros nas Escrituras que você nunca perceberá ao fazer a leitura em qualquer outro idioma – Inglês, Alemão, Francês, Português. Não importa. Aqui está um exemplo!

A palavra hebraica para “à nossa imagem” é “betzalmenu, בצלמנו“. A palavra “tzelem צלם” é de uma palavra não utilizada que significa “sombra” de acordo com a Brown-Driver-Briggs Hebrew Lexicon. Aqui está a definição detalhada: “imagens (deuses pagãos); imagem ou semelhança (de similaridade); imagem, aspecto“.

Tzelem” está relacionado com a palavra “Tzel צל“, que é a palavra hebraica moderna para “sombra“. Isso nos dá uma compreensão mais profunda de que “betzalmenu” significa “em nossa sombra“. Fomos criados à imagem (sombra) de Deus! Quando pensamos nisso, como se forma uma sombra? É quando a luz solar ou qualquer luz atinge um objeto, e a forma exata desse objeto projeta uma sombra similar. Se pensarmos em uma pessoa que está se movendo, a sombra faz exatamente o que essa pessoa faz. Se ele ou ela está dançando, a sombra dança. Se a pessoa estiver correndo, a sombra corre. Você entendeu. A sombra é uma representação exata da pessoa. Em certo sentido, podemos dizer que a sombra molda um reflexo da pessoa. A sombra é a prova de que uma pessoa está lá!

Aqui está outro fato interessante sobre a formação de sombras: quanto mais perto o objeto ou a pessoa está da fonte de luz, maior será a sombra que é projetada, e quanto mais longe a pessoa ou o objeto, menor a sombra! A implicação espiritual que isso nos ensina é belíssima! Quanto mais perto estivermos do nosso Criador, que é luz, maior nós pareceremos e mais perfeitamente vamos refletir a Ele, [à Sua imagem]! Eu não estou falando de “maior” no sentido de tamanho ou maior na autopercepção, mas sim “maior” em termos de espelharmos a Ele e as Suas qualidades. Neste ponto, estou pensando no fruto do Espírito de Gálatas 5:22-23: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio; contra estas coisas não há lei“. O que fazemos com nosso corpo, a nossa maneira de andar com o SENHOR deve refletir a maneira como Ele anda. O que falamos deve refletir a Sua fala. Se quisermos estar em Sua semelhança, devemos estar pensando e agindo exatamente como Ele! Se o fizermos, as pessoas vão vê-lO – esse é o ponto.

Há mais uma pessoa que devemos olhar na Bíblia que reflete a idéia de ser uma sombra do nosso Deus. É Betzalel בצלאל, que aparece pela primeira vez nas Escrituras em Êxodo 31:

O Senhor falou a Moisés, dizendo: Veja, eis que chamei pelo nome a Bezalel (Betzalel), filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá. O enchi com o Espírito de Deus (רוח אלהים), com sabedoria בחכמה, compreensão תבין e conhecimento דעת, em todo ofício” (Êxodo 31:1-2).

Um dos significados de Betzalel é “à sombra de El (Deus)“. A outra coisa notável sobre ele é que ele é o “filho de Uri“. O termo “Uri אורי” significa “a minha luz“. Nós temos um retrato perfeito da sombra que é moldada pela luz! Mas há mais. As palavras que descrevem o espírito divino de Betzalel na Torá são as mesmas palavras usadas para descrever outra pessoa:

Repousará sobre ele o Espírito do Senhor (רוח יהוה)  – o Espírito de sabedoria חכמה e de compreensão בינה, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento דעת e de temor do Senhor” (Isaías 11:2).

Estas são exatamente as mesmas palavras usadas para descrever as palavras que são atribuídas ao nosso Messias Yeshua (Jesus) [ que possui os 7 Espíritos de Deus, vide Apocalipse 1:4, 4:5, 5:6 e Zacarias 3:9 e 4:10 ]! Não é interessante que uma das formas a que se referem a pessoas ou seres que aparecem na Torá, estão imbuídos dos mesmos atributos de Deus ou do Messias como “um tipo ou sombra“? Convém mencionar neste momento, não há nenhuma sombra humana mais perfeita do SENHOR do que Yeshua (Jesus). Ele apenas fez o que Ele via o Pai fazer. Ele apenas disse o que ele ouviu o Pai dizer. Ele era de fato um Filho perfeito “na sombra” de Adonai (do SENHOR).

Aqui está a mensagem: Quando Deus pula, devemos pular! Onde Ele vai, devemos ir. O que Ele diz, devemos dizer. Quando Ele perdoa, devemos perdoar. Quando Ele ama, devemos amar. Isto é o que significa ser criado à Sua sombra. Isto inclui o que diz respeito ao povo judeu, embora a maioria deles tenha rejeitado ao SENHOR rejeitando o Seu Messias. Deus não é antissemita. Também não devemos ser antissemitas. Ele não é contra Israel. Portanto, não devemos ser contra Israel. Ele está em uma aliança inquebrável com esse povo – e isso diz respeito à imperfeita nação moderna de Israel dos dias atuais!

Se você pertence a Yeshua (Jesus), então você pertence ao Israel [de Deus]. Paulo disse que nós fomos enxertados na boa oliveira em Romanos 11. Isso é Israel, o povo judeu. Se você pertence a Yeshua (Jesus), você pertence ao povo judeu (descendência de Abraão pela fé)! Paulo disse que já não somos separados da comunidade (maior) de Israel e das alianças em Efésios 2:11-19. Você é um cidadão da casa de Deus – o que significa Israel! Nós, os não-judeus somos enxertados em Israel. Não o contrário. Esta é a nossa identidade. Deus não criou um “novo” Israel com os cristãos. Em vez disso, Ele tomou todos aqueles que não são judeus e que crêem no seu Messias e fez-lhes co-herdeiros e co-cidadãos no Seu Reino com Israel. Através do Messias, nós levamos o nome de Israel, mas não de uma forma a substituir Israel. Em vez disso, devemos ser um povo que reconhece a dívida que temos com o povo judeu, e temos de apoiá-los na sua vocação.

Assim como Israel deveria ser uma representação exata dEle, assim deveríamos sermos nós. Quando a Sua luz brilha sobre nós, é isso o que as pessoas vêem? Eles vêem em nossa “sombra” a Yeshua (Jesus), o qual veio primeiro para salvar as ovelhas perdidas de Israel? As pessoas vêem uma “sombra” que representa um autêntico Messias judeu ensinando um evangelho em um contexto judaico? Será que estamos, “transportando os nossos irmãos e irmãs judeus sobre os nossos ombros” – apoiando-os na sua vocação de serem uma “luz para as nações“? Oramos por eles? Será que mesmo pensamos sobre eles? Não reconhecemos a dívida que temos com eles? Isso é o que significa estar “em Sua sombra“. Afinal, nosso Deus se refere a Si mesmo como “o Deus de Israel” 201 vezes na Bíblia. Não deveríamos nós nos vermos como parte de “Israel” se Ele é o nosso Deus, e nós pertencemos a Ele?

Então … em vista de tudo isso … como a sua sombra se parece?!

O Ano de 2017 … 

O ano de 2017 que se aproxima é repleto de aniversários curiosos e significativos, entre outros dados que mostram que talvez seja um ano … “marcante”:

– Em 2017 serão 800 anos da profecia de Judah ben Samuel sobre os 10 jubileus, feita em 1217.
– Em 2017 serão 500 anos desde que começou o último Califado Muçulmano, o qual tomou Jerusalém em 20 de Março de 1517.
– Em 2017 serão 500 anos da Reforma Protestante, onde Lutero publicou suas 95 teses em 31 de outubro de 1517.
– Em 2017 serão 120 anos do Primeiro Congresso Sionista ocorrido em 29 de agosto de 1897.
– Em 2017 serão 100 anos da Declaração de Balfour, escrita em 2 de novembro de 1917 e da libertação de Jerusalém das mãos dos Otomanos pelos Ingleses.
– Em 2017 serão 70 anos do Estado de Israel, promulgado através da resolução 181 da ONU em 29 de novembro de 1947 (Plano de Partilha da Palestina). Em 14 de maio de 1948 ocorreu a Independência de Israel.
– Em 2017 serão 50 anos da retomada completa do controle de Jerusalém por Israel após a Guerra dos Seis Dias ocorrida de 5 a 10 de junho de 1967.
– Em 2017 é o último ano referenciado pela profecia dos 10 jubileus, que já teve seus cumprimentos em 1517, 1917, 1967 …
– Em 2017 ocorrerá um evento astronômico que lembra a figura descrita em Apocalipse 12, da “mulher vestida do sol com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça”, pois em 23 de setembro de 2017 a constelação de virgem, vista a partir de Jerusalém, terá uma formação similar. Não estou afirmando que Apocalipse 12 se refira a isso, mas a semelhança é digna de nota.
– Curiosamente o ano de 2017 também possui interseção com o ano judaico de 5777 (que começa em 03 de outubro de 2016) e o número 7 é significativo para quem conhece as Escrituras, ainda mais quando aparece 3 vezes ( 777 ).

Obviamente eu não posso afirmar com certeza que algo de proporções históricas irá acontecer em 2017, pois eu não tenho nem permissão e nem autoridade para fazer afirmações diretas. Mas eu posso fazer essa seguinte especulação a partir dos padrões vistos no passado, pois em 1517, 1917, 1947 e 1967, que foram anos importantes relacionados a Jerusalém (e Israel indiretamente), são todos anos relacionados a guerras que prenunciaram os eventos ocorridos nesses anos conforme descrito abaixo:

– Em agosto de 1516 houve uma guerra no Oriente Médio, não muito longe de Aleppo, que permitiu aos Otomanos tomarem Jerusalém em 1517.
– Em 1914 iniciou a Primeira Guerra Mundial que preparou todo o cenário necessário para a tomada de Jerusalém pelos Ingleses em 1917 e para a Declaração de Balfour.
– Em 1939 iniciou a Segunda Guerra Mundial que preparou todo o cenário que culminou na criação do Estado de Israel em 1947.
– Em 1967 ocorreu a Guerra dos Seis Dias que levou Jerusalém a ser completamente controlada por Israel novamente após quase 2000 anos.
– Estamos em 2016, e 2017 tem todos esses “aniversários” e “marcos” acima descritos … caso o padrão se mantenha, isso indique que talvez vejamos algo ocorrendo, quem sabe uma guerra ainda em 2016 ou mesmo em 2017 como prenúncio de algo significativo que ocorrerá … ou talvez nada significativo ocorra … só o tempo dirá …

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Fonte: Dionei Vieira – O ano de 2017 que se aproxima é repleto de…

O Aleph e o Tav (את) no Livro de Rute (רות)

Eu já escrevi anteriormente um artigo abordando sobre o Aleph e o Tav (את) e as suas milhares de ocorrências nas Escrituras, assim como o quanto isso também aponta para o Messias (leia esse artigo aqui, eu recomendo a leitura para que você compreenda melhor as referências deste artigo), visto que em Apocalipse 1:8 diz, “Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso.“, Deus declara-se como o princípio e o fim e, em Apocalipse 22:13 diz, “Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim.“, onde também no último capítulo da Bíblia, Jesus (Yeshua) revela-se da mesma forma como o Alfa e o Ômega; porém, lembre que o idioma original é em hebraico, portanto, originalmente ele disse que era o Aleph e o Tav (את).  Agora vamos ver a implicação que isso tem na bela história de redenção descrita no livro de Rute, considerada como uma simbologia da nossa redenção pelo SENHOR e que ocorreria através de Cristo posteriormente.

O Livro de Rute não cita especificamente quem é o seu autor, mas segundo a tradição o autor que teria escrito o Livro de Rute seria o Profeta Samuel. O nome de Rute em hebraico, “רות (Ruwth)”, significa amizade ou companheira. A data exata em que o livro foi escrito é incerto, mas a visão predominante é que isso ocorreu em algum momento entre 1011 e 931 a.C.

O nome de Ruth é usado 12 vezes no livro e, nas primeiras 10 vezes, o nome dela é escrito dessa forma “רות”. Abaixo um exemplo da escrita do nome de Rute nos versículos em Rute 1:4 e 4:5, no hebraico e com a sua respectiva tradução na versão Almeida Revista e Atualizada:

 

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Mas depois que ela é resgatada por Boaz, nas próximas duas vezes, em Rute 4:10 e 4:13, o nome dela aparece precedido pelo את (Aleph/Tav), conforme pode ser visto abaixo
no hebraico com a sua respectiva tradução na versão Almeida Revista e Atualizada:

 

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Esta é apenas mais uma indicação de que o símbolo את (Aleph/Tav) é um marcador do pacto de Jesus (Yeshua), como que sendo um selo de sua aliança, porque Rute não se tornou uma parte da linhagem de Jesus (Yeshua) até Boaz efetivamente redimí-la, tomando-a por esposa no versículo 10 do capítulo 4.

É também muito interessante notar que, em Rute 2:19, quando Rute introduz Boaz para Noemi na primeira parte da escritura, o nome de Boaz é substituído por um את (Aleph/Tav), conforme pode-se observar abaixo em hebraico e na sua respectiva tradução na versão Almeida Revista e Atualizada:

 

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É interessante observar também como o símbolo את (Aleph/Tav) aparece precedendo os nomes referenciados na genealogia descrita a partir do versículo 18 do capítulo 4 do Livro de Rute, como que sendo um “selo da aliança” relacionada ao Messias, onde o SENHOR, de uma forma quase que subliminar, mostra a sua marca em toda a história, mesmo nos seus mínimos detalhes.

 

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Tudo isso nos mostra o poder da aliança em Cristo, o nosso redentor, assim como a majestosa presciência do sublime Criador!

HAMAS e o seu vínculo com o Tempo do Fim

Eu já escrevi sobre isso antes, mas dessa vez vou estender um pouco mais os meus comentários. O nome do grupo terrorista islâmico, que está na região de Israel atualmente, e que tem o nome de HAMAS, não o tem por acaso, está relacionado às profecias antigas e que apontam para o tempo do fim.

Para quem não sabe, FONETICAMENTE, o termo HAMAS ( ou חמס “chamac”, onde o “ch” tem som de “r”) em hebraico significa “violência” { vide dicionário Strong: 02554; violência, dano, crueldade, injustiça }.

Curiosamente, HAMAS é um acrônimo em árabe para “Harakat al-al-Islamiyya Muqawamah“, que significa “O Movimento de Resistência Islâmica“. Mas “o Hamas” também é uma palavra árabe que significa “zelo”. E não dá para negar que eles buscam mesmo destruir Israel com determinado “zelo”.

Quando as profecias dizem que o tempo da vinda do SENHOR será similar aos tempos de Noé e de Sodoma e Gomorra, é necessário que você entenda o que ocorria nessa época … e aqui eu vou me referir apenas a um dos aspectos dessa época, no caso ao da violência, que é comum de se observar em ambos os casos.

Em Gênesis 6:11 e 13, há dois versículos importantes que caracterizam o tempo de Noé, veja abaixo:

A terra estava corrompida à vista de Deus e cheia de VIOLÊNCIA ( חמס chamac ).” (Gênesis 6:11)

Então, disse Deus a Noé: Resolvi dar cabo de toda carne, porque a terra está cheia da VIOLÊNCIA ( חמס chamac ) dos homens; eis que os farei perecer juntamente com a terra.” (Gênesis 6:13)

Em ambos os textos fica caracterizado a violência [ HAMAS ] na terra na época de Noé, da mesma forma, hoje na região de Israel está impregnado o HAMAS, a violência.

Agora vamos analisar alguns textos relacionados às profecias do tempo do fim, veja o que diz o texto de Amós …, porém eu vou atualizar o texto para os tempos atuais colocando ao lado de algumas palavras o nome moderno e atual:

Ai dos que andam à vontade em Sião e dos que vivem sem receio no monte de Samaria, homens notáveis da principal das nações, aos quais vem a casa de Israel! Passai a Calné [ IRAQUE ] e vede; e, dali, ide à grande Hamate [ SÍRIA ]; depois, descei a Gate dos filisteus [ FAIXA DE GAZA ]; sois melhores que estes reinos? Ou será maior o seu território do que o vosso território? Vós que imaginais estar longe o dia mau e fazeis chegar o trono da VIOLÊNCIA [ HAMAS ]” (Amós 6:1-3)

Percebe o que acontece hoje no Iraque, na Síria e na Faixa de Gaza?!

Agora veja o texto de Joel:

O Egito se tornará uma desolação, e Edom [ sul da Jordânia ] se fará um deserto abandonado, por causa da VIOLÊNCIA [ HAMAS ] que fizeram aos filhos de Judá, em cuja terra derramaram sangue inocente. Judá, porém, será habitada para sempre, e Jerusalém, de geração em geração. Eu expiarei o sangue dos que não foram expiados, porque o SENHOR habitará em Sião.” (Joel 3:19-21)

Dessa forma, podemos deduzir que, devido às obras de violência [ HAMAS ], haverá uma resposta vinda do SENHOR e/ou dos filhos de Judá, que estão hoje na moderna Israel, o que tornará a região do antigo Egito e Edom em uma região desértica, possivelmente isso pode decorrer de algum tipo de ataque, talvez até nuclear.

Poderia ainda citar os textos de Ezequiel 7, entre outros, que apontam não apenas para as coisas que vemos ocorrendo hoje, mas também para o fato de que essa violência vinda de grupos islâmicos ( muitos deles descendentes de Ismael e Esaú ) irá ter um fim … fim este vindo da parte do SENHOR … e isso pode acontecer num futuro não muito distante … veja estes textos de Isaías e Obadias:

Nunca mais se ouvirá de VIOLÊNCIA [HAMAS] na tua terra, de desolação ou ruínas, nos teus limites; mas aos teus muros chamarás Salvação, e às tuas portas, Louvor.” (Isaías 60:18)

Por causa da VIOLÊNCIA [HAMAS] feita a teu irmão Jacó, cobrir-te-á a vergonha, e serás exterminado para sempre.” (Obadias 1:10)

É apenas uma questão de tempo …

Fonte: Dionei Vieira – Para quem não sabe, HAMAS, em hebraico significa…

O Mais Sublime Conceito Moral


Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque Ele faz nascer o Seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos. Porque, se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os gentios também o mesmo? Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.” (Mateus 5:44-48)

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O texto por si já diz muito, mas gostaria de fazer uns poucos comentários:

Poderíamos compreender melhor estas palavras se elas fossem ditas desta maneira: “Não detestais os vossos inimigos”, só que é algo muito mais profundo. A idéia de amarmos os nossos inimigos é por demais elevada, Jesus não permite o ódio a quem quer que seja, como disse Adam Clarke (1760-1832): “Esse é o mais sublime conceito moral jamais dado à humanidade”. Ninguém, exceto Jesus poderia ter proferido estas palavras com convicção. Como escreveu também Paulo: “Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Romanos 12:21). Nesse trecho de Mateus Jesus mostra que a lei do amor é a lei mais importante (veja Lucas 10:27), e que o amor a Deus implica em amor aos homens. Nesta passagem Jesus mostra que esse amor, quando compreendido corretamente, aplica-se até aos inimigos. Até mesmo os que nos perseguem, provavelmente por questões de diferenças religiosas, devem ser objetos de nosso amor e de nossas orações, sejam eles muçulmanos, hindus, ateus, etc.

Vale lembrar também que escolher amar não faz de você um tolo e não lhe obriga a compactuar com as obras das trevas, pois o SENHOR mesmo fez a escolha de nos amar sendo nós ainda pecadores (Romanos 5:8, Efésios 2:1-7) e essa escolha dEle não tornou as obras das trevas aceitáveis, muito pelo contrário … e a nossa atitude a respeito das obras das trevas também está bem instruída pelas Escrituras …

E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as. Porque aquilo que eles fazem em oculto, até mencionar é vergonhoso. Mas todas as coisas, quando reprovadas pela luz, se tornam manifestas; porque tudo que se manifesta é luz … Portanto, vede prudentemente como andais, não como tolos, e sim como sábios, aproveitando ao máximo cada oportunidade, porque os dias são maus. Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor.” (Efésios 5:11-13,15-17)

A característica do amor tem a sua fonte no Pai celeste, o Eterno Soberano, e se desejamos ser considerados como filhos do Pai celeste, temos de imitá-lO, pois a característica mais dominante dos filhos é a imitação e a duplicação da atitude do Deus de amor, que alcança tanto os amigos como os inimigos. O amor do Altíssimo é por TODA a humanidade e, sendo assim, os seus filhos devem expressar esta mesma característica, independente da circunstância, mas isso sem comprometer a verdade e a justiça … e eu entendo … isso, por vezes, parece difícil demais, não?! Mas observando o texto, por mais difícil que isso possa parecer, o texto deixa claro que não é algo impossível de se reproduzir, pelo contrário, é tão possível que nos chega no final como um mandamento, algo que está sob o domínio de nossa vontade: “… sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste”!

Seja assim agora … seja hoje … seja amanhã … seja sempre!!!

Fonte: Dionei Vieira – “Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e…