Profecia do Talmude Aponta para a Vinda do Messias nesse Tempo

Há cerca de quase 2000 mil anos o Talmude registrou ( vide imagem acima ) uma antiga tradição atribuída ao profeta Elias em conversa com rabinos da seguinte forma …

Elias [ o profeta ] disse a Rav Yehuda, irmão de Rav Sala Ḥasida: O mundo existirá não menos que oitenta e cinco [ 85 ciclos de ] Jubileu. E durante o Jubileu final, o filho de Davi vai vir. [ Rav Yehuda ] disse a Elias: [ O Messias virá ] durante o começo do Jubileu ou durante o seu fim? [ Elias ] disse [ a Rav Yehuda ]: Eu não sei. [ Rav Yehuda perguntou: Será que este último ciclo Jubileu ] acabará [ antes do Messias vir ] ou [ será que ] não acabará [ antes de sua vinda ]? [ Elias ] disse-lhe: Eu não sei. Rav Ashi disse: Isto [ é o que ] Elias disse a ele: Até aquele tempo não antecipe a sua vinda; a partir desse [ tempo ] em diante antecipe [ a sua vinda ]. [ Elias não informou ao Rav Yehuda a data da vinda do Messias ].” ( Sanhedrin 97b )

A contagem do Jubileu é mais complicada do que imaginam alguns, pois seu ciclo não é de exatos 50 anos como muitos interpretam, visto que há detalhes nessa questão … para isso basta observar como é feita a contagem dos Jubileus no antigo Livro de Jubileus e afins e com isso a esmagadora maioria dos cristãos, e até mesmo dos judeus, desconhecem os meandros dessa contagem e eu não vou entrar nesse detalhe aqui, pois rapidamente esse post viraria um livro. Portanto eu vou me ater aos dados brutos em si para chegar ao ponto desejado.

Estamos atualmente no ano judaico denominado como 5779 ( já escrevi sobre o ano de 5779 e essa questão da contagem dos anos aqui neste artigo ) … é importante observar que, segundo alguns estudos, antes de Esdras uma contagem inicial de ciclos de Jubileu começou 54 anos depois de Yetziat Mitzrayim ( o Êxodo ), sendo que 36 ciclos de Jubileu foram contados desse tempo até a destruição de Jerusalém e do primeiro Templo e desde essa data até o ano 5776 são contados 49 ciclos de Jubileus … chegando aos 85 ciclos de Jubileus … sendo que o ano 5776 marca o início do ciclo de Jubileu 85 …

Ou seja, segundo a tradição atribuída a Elias e registrada no Sanhedrin 97b … o ano 5776 ( há cerca de 3 anos atrás ), marca o tempo de 85 ciclos Jubileus ditos então por Elias, alcançando assim a época mínima para a vinda do Senhor e de tudo o que o abarca … o que denota pelo texto do Sanhedrin que o tempo para a vinda do Messias está significativamente muito próximo ( no caso a segunda vinda para aqueles que entendem que Jesus, Yeshua, é o Cristo … o Messias ).

Enfim, os dados e sinais que mostram isso são muitos e muitos para aqueles que estão acordados … este que aqui eu postei é apenas mais um que se alinha aos inúmeros sinais que vemos confluindo para esses dias e esse tempo … Maranata!

Eis que, naqueles dias e naquele tempo, em que mudarei a sorte de Judá e de Jerusalém, congregarei todas as nações e as farei descer ao vale de Josafá; e ali entrarei em juízo contra elas por causa do Meu povo e da Minha herança, Israel, a quem elas espalharam por entre os povos, repartindo a Minha terra entre si.” (Joel 3:1,2)

O Tempo de Luz do Dia e o seu Curioso Vínculo no Hebraico

 

Considere a duração relativa do tempo da luz do dia ( definido pelo intervalo entre o nascer e o pôr do sol ) e o tempo de escuridão ( o restante do ciclo de 24 horas ). Esse tempo nos define o tempo ao que chamamos de “dia” ( luz do dia ) e “noite” ( ausência da luz do dia ). É interessante que muitos acham que o tempo de dia e noite são, na média anual, de igual duração quando computado os seus valores ao longo do ano. Entretanto, devido a características do nosso planeta e de sua órbita elíptica, é interessante ressaltar que o tempo de luz do dia é relativamente pouco superior ao tempo de escuridão … uma forma tênue e muito discreta do SENHOR afirmar que a Luz é superior as Trevas já na construção da separação dos dias e anos, conforme está escrito …

Disse também Deus: Haja luzeiros no firmamento dos céus, para fazerem separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais, para estações, para dias e anos.” (Gênesis 1:14)

Todas as coisas foram feitas por intermédio dEle, e, sem Ele, nada do que foi feito se fez. A vida estava nEle e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela.” (João 1:3-5)

A variação da duração do dia ao longo do ano é causada, como fato bem conhecido, pela inclinação da terra em 23,45° em relação ao eixo perpendicular e ao plano orbital em torno do Sol. Portanto, pode-se naturalmente perguntar sobre a média anual de duração da luz do dia – ou, equivalentemente -, qual a percentagem, em média, que constitui o dia e qual a percentagem que constitui a noite dentro do ciclo de vinte e quatro horas. Uma resposta intuitiva é de que seria 50% para cada, mas esta não é a resposta correta, visto que a a média anual desvia um pouco deste número dependendo da latitude em que ocorre a medição ( observe isso pelo gráfico compartilhado no início deste artigo ).

Por exemplo, para um ano padrão consistindo de aproximadamente 8760 horas, a duração máxima “aparente” do dia seria de 4380 horas, porém existem efeitos físicos e astronômicos que mudam essa proporção. Ou seja, a refração atmosférica permite que o Sol ainda seja visível, mesmo quando fisicamente se situa abaixo da linha do horizonte. Por essa razão, o tempo médio ( desconsiderando os efeitos das nuvens ) é mais longo nas áreas polares, onde o Sol aparente passa a maior parte do tempo no horizonte. Os lugares no Círculo Ártico têm o mais longo dia total anual com 4647 horas ( cerca de 53% do tempo do ano é de luz do dia ), enquanto que o Pólo Norte recebe 4575 horas ( cerca de 52% do tempo do ano é de luz do dia ). Devido à natureza elíptica da órbita da Terra, o Hemisfério Sul não é simétrico e por isso essa diferença entre os pólos. Já na linha do Equador tem-se o total do dia de 4422 horas por ano ( cerca de 50,5% do tempo do ano é de luz do dia ), já na região de Israel, em Jerusalém, por estar na latitude 31 ao norte, o tempo de luz do dia é de cerca de 51% ( mais precisamente 50,76% … guarde esse número! ).

Muito bem! … você deve estar pensando …, mas o que isso tem a ver com o hebraico??!! Ok, vamos lá então … no hebraico temos palavras relacionadas a esses períodos do dia, que são:

  • DIA em hebraico é יוֹם “yowm” ( vide Gn 1:14 ), cujo valor da palavra pelas letras é: 56 = ( 40 = םi) + (י = 10 ) + (ו = 6).
  • NOITE em hebraico é לילה “lay@lah”( vide Gn 1:14 ), cujo valor da palavra pelas letras é: 75 = (ל = 30) + (י = 10) + (ל = 30) + (ה = 5).
  • AMANHECER em hebraico é בקר “boqer” ( vide Gn 29:25 ), cujo valor da palavra pelas letras é: 302 = (ב = 2) + (ק = 100) + (ר = 200).
  • ANOITECER em hebraico é ערב `ereb ( vide Gn 19:1 ), cujo valor da palavra pelas letras é: 272 = (ע = 70) + (ר = 200) + (ב = 2).

Em face dessas informações, agora vamos adicioná-las juntas:

  • AMANHECER + DIA = 302 + 56 = 358
  • ANOITECER + NOITE = 272 + 75 = 347

A primeira coisa surpreendente de se observar sobre esses números acima é que eles são muito próximos um do outro ( como seria de se esperar visto o significado desses termos ). Agora, calculando os seus “pesos relativos” no somatório de seus valores numéricos ( que presume-se representar todo o dia de vinte e quatro horas ), encontramos:

  • Percentual de Luz do Dia: 358 / ( 358 + 347 ) = 358/705 = 50,78% ( lembrou de algo?! )
  • Percentual de Ausência de Luz do Dia: 347/705 = 49,22%

Em outras palavras, o “peso lingüístico” do AMANHECER + DIA implica que períodos de luz no ciclo diário de vinte e quatro horas constituem, em média, 50,78% do ciclo diário completo … observando que o idioma hebraico abrange especificamente Israel e olhando a partir de sua capital, Jerusalémesse valor de 50,78% é fantasticamente muito próximo do número de 50,76% calculado para a cidade de Jerusalém**. Seria isso apenas uma grande coincidência ou um processo altamente elaborado de design?! Quem conhece as Escrituras de forma profunda e os meus muitos estudos sobre esses temas já sabe a resposta … é design divino, sem dúvida!!! Não me canso de repetir … o Criador é espetacularmente majestoso …

Teu, SENHOR, é o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade; porque Teu é tudo quanto há nos céus e na terra; Teu, SENHOR, é o reino, e Tu Te exaltaste por chefe sobre todos. Riquezas e glória vêm de Ti, Tu dominas sobre tudo, na Tua mão há força e poder; Contigo está o engrandecer e a tudo dar força. Agora, pois, ó nosso Deus, graças Te damos e louvamos o Teu glorioso nome.” (1 Crônicas 29:11,12)

Que o SENHOR lhe abençoe e ilumine com a Sua maravilhosa luz! 🙏❤️

 

** Caso queira observar esses dados cientificamente e considerar toda a física envolvida no processo para se chegar nesses valores colocados neste artigo, tal como a fórmula usada para o gráfico compartilhado neste post, eu recomendo estes dois sites para você começar a fazer as suas análises e pesquisas: https://physics.stackexchange.com/questions/28563/hours-of-light-per-day-based-on-latitude-longitude-formula/320092http://www.jgiesen.de/astro/solarday.htm

A Bondade que Fere a Rocha

As figuras e os simbolismos observados nas Escrituras mostram como o SENHOR Se revela gradativamente à medida em que lemos os livros desde o Antigo até o Novo Testamento, mostrando uma harmonia e uma beleza nos textos escritos ao longo de cerca de 1500 anos. Por exemplo, Cristo é descrito várias vezes como sendo a Rocha nas Escrituras …

… e beberam da mesma fonte espiritual; porque bebiam de uma rocha espiritual que os seguia. E a rocha ( πετρα petra ) era Cristo.” (1 Coríntios 10:4)

Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular” (Atos 4:11)

Chegando-vos para Ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa” (1 Pedro 2:4)

Como coloca Paulo em 1 Coríntios 10:4, Cristo é a Rocha que foi ferida da qual verteu “água viva” que saciou aos sedentos no deserto, assim como também o próprio Jesus testificou para a mulher samaritana em João 4 que quem dEle bebesse jamais teria sede, pelo contrário, essa água dada por Jesus faria jorrar naquele que O beber uma fonte para a vida eterna (João 4:14).

Quando Moisés pediu para ver a Deus e a Sua glória, as condições dadas por Deus foram muito específicas, como está escrito …

Então, ele disse: Rogo-te que me mostres a Tua glória. Respondeu-lhe: Farei passar toda a Minha bondade diante de ti e te proclamarei o nome do SENHOR; terei misericórdia de quem Eu tiver misericórdia e Me compadecerei de quem Eu Me compadecer. E acrescentou: Não Me poderás ver a face, porquanto homem nenhum verá a Minha face e viverá. Disse mais o SENHOR: Eis aqui um lugar junto a Mim; e tu estarás sobre a rocha. Quando passar a Minha glória, Eu te porei numa fenda da rocha e com a mão te cobrirei, até que Eu tenha passado. Depois, em tirando Eu a mão, tu Me verás pelas costas; mas a Minha face não se verá.” (Êxodo 33:18-23)

É interessante observar que a versão grega das Escrituras do Antigo Testamento, a Septuaginta, ao traduzir esse texto usa a palavra grega πετρα “petra” para traduzir do hebraico a palavra que fala da Rocha, a mesma palavra usada por Paulo em 1 Coríntios 10:4, citado anteriormente … entre outros textos.

O SENHOR aponta para Moisés onde ele precisa estar quando Ele for passar, quando for fazer “Sua visitação” … e Moisés precisa estar na Rocha e essa Rocha terá uma fenda, uma “ferida” que servirá de abrigo para Moisés não ser consumido pela Glória de Deus, Sua Santidade e Justiça, por isso Deus passa primeiro a Sua bondade, essa bondade do SENHOR é quem abre a fenda … a Rocha é “ferida” para que o SENHOR possa colocar Moisés nela e assim o abrigue e o mantenha vivo. Além disso o SENHOR, em seguida que a Rocha é ferida, coloca sobre ele a Sua mão, o que aponta para o Espírito que é o “dedo de Deus” ( vide Mateus 12:28 com Lucas 11:20 ) e Sua “mão forte” ( vide Salmo 89:13,20,21; Ezequiel 8:1-3 ).

Assim somos nós, apenas aqueles que estão na Rocha, que é Cristo, e com o Espírito sobre si é que podem ver a bondade do SENHOR e conhecer o Seu Nome … todo esse processo e a sua abrangência nos permite conhecer a glória do SENHOR que Se revela a nós! Em Sua bondade, compaixão e misericórdia, o SENHOR nos providenciou a Rocha que estava junto dEle … Cristo é a Rocha que foi fendida, ferida … para que, por meio dessa ferida, nós fossemos salvos, justificados, separados e selados pela mão do SENHOR e assim alcançássemos vida abundante … vida eterna por meio de Cristo (João 3:16).

Que você esteja abrigado na Rocha e que o SENHOR lhe abençoe grandemente! 🙏❤️

O Deus que Se Oculta, a Fé e a Sua Relação com o Espaço-Tempo

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A palavra hebraica “עלמּ`olam, significa longa duração, eternidade, mundo físico.
 
Esta única palavra aparece na Bíblia, com variações, não menos que 437 vezes. Na língua hebraica, `olam ( עלמּ ) representa tanto a dimensão física quanto a dimensão do tempo – relacionando-se, especificamente, com sua propriedade “ilimitada”. Assim, `olam ( עלמּ ) significa, simplesmente, “mundo físico” ( tudo o que existe ), mas também fala de “tempo“, “eternidade” ( relacionado ao tempo sem limites ), ou o tempo decorrido desde o início dos tempos até a eternidade.
 
Não deixa de ser curioso e até espantoso ver essa inter-relação entre a dimensão física e o tempo numa única palavra em hebraico há milhares de anos, pois somente recentemente a ciência, por meio da mente brilhante de Einstein, alcançou o entendimento dessa relação conjunta do espaço-tempo através da Teoria da Relatividade, a qual revolucionou a física fornecendo uma descrição unificada da gravidade como uma propriedade geométrica do espaço e do tempo, ou espaço-tempo. Mais uma vez uma descoberta da ciência moderna aponta para algo já descrito de forma cifrada nas Escrituras há muitos milênios.
 
A palavra `olam ( עלמּ ) é derivada da raiz “עלמּ`alam, que significa ocultar, esconder, ser escondido, ser ocultado, ser secreto. Na língua hebraica, essa raiz é origem de muitas palavras, todas com um senso comum: ser escondido, ocultado. Exemplos incluem “העלם” healem ( esquecimento, desaparecimento ), “תעלמה” ta`alummah ( mistério, segredo ), “להעלים” le-halim ( esconder ) e “להתעלם” le-hitalem ( ignorar, agir como se algo é inexistente ).
 
Olhando o sentido da palavra no seu significado mais concreto como era utilizado nos primórdios pelo povo hebreu, `olam ( עלמּ ) significa “além do horizonte“, apontando para algo distante e escondido, tanto fisico quanto temporal, por isso a relação de `olam ( עלמּ ) com sua raiz `alam ( עלמּ ).
 
Você pode então justificadamente perguntar: Qual é a conexão entre “mundo” e “ocultação”? A resposta está escondida no clamor do profeta Isaías a Deus …
 
Verdadeiramente, Tu és Deus que Se oculta ( Se esconde, misterioso ), ó Deus de Israel, ó Salvador.” (Isaías 45:15)
 
O tema do Deus oculto é repetido inúmeras vezes na Bíblia. Por exemplo, quando Moisés pede a Deus “Mostre-me a Tua glória” (Êxodo 33:18), a resposta que ele recebe é …
 
Não Me poderás ver a face, porquanto homem nenhum verá a Minha face e viverá. Disse mais o SENHOR: Eis aqui um lugar junto a Mim; e Tu estarás sobre a penha. Quando passar a Minha glória, Eu te porei numa fenda da penha e com a mão te cobrirei, até que Eu tenha passado. Depois, em tirando Eu a mão, Tu Me verás pelas costas; mas a Minha face não se verá.” (Êxodo 33:21-23).
 
A tradição judaica interpreta isso implicando que a presença de Deus pode ser evidenciada pelas coisas que já ocorreram no passado (“Tu Me verás pelas costas“), entretanto, a própria existência de Deus está escondida dos olhos. Isso é muitas vezes comparado com o fato de que se pode ver o corpo humano, em suas várias manifestações, mas não a alma e o espírito que reside dentro de cada um. Da mesma forma como no Tabernáculo de Moisés no deserto, onde o Pátio ( que simboliza o corpo ) poderia ser visto abertamente, mas o Lugar Santo ( que representa a alma) e o Lugar Santíssimo ( que representa o espírito ) ficavam escondidos pelas várias coberturas e os véus do Santuário. Por isso o autor de Hebreus escreve que o caminho ao SENHOR foi por meio da destruição do véu ( a cobertura que simboliza a carne … nesse caso a carne de Jesus que escondia a Sua natureza divina ) que esconde o Santuário …
 
Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que Ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela Sua carne” (Hebreus 10:20)
 
O sentido e o uso da palavra `olam ( עלמּ ) agora se torna claro: o mundo inteiro é uma manifestação do oculto de Deus. Deus está no mundo, mas o mundo inteiro é também um testemunho do Deus que Se esconde ( Isaías 45:15 ) e isso para que o homem sempre tenha que fazer uso da fé, porque …
 
… sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que se torna galardoador dos que O buscam.” (Hebreus 11:16)
 
O design na palavra hebraica para “mundo” e “eternidade” agora torna-se óbvio: em uma única palavra, `olam ( עלמּ ), está descrito toda a criação que envolve o mundo físico e o tempo, percebidos na física moderna pela relação espaço-tempo que rege o universo, mas que também fala do Criador de todas as coisas e que Se esconde, que Se oculta para que o homem possa fazer uso de seu poder de escolha e busque ou não ter um relacionamento com aquEle que o criou.
 
Recomendo que você busque ao SENHOR enquanto ainda pode, como está escrito …
 
Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-O enquanto está perto. Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que Se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar.” (Isaías 55:6,7)
 
O SENHOR está muito perto de você, não se deixe enganar pelo véu do espaço-tempo dessa criação, pois escondido atrás desse véu está o Criador, esperando para lhe encontrar e mudar a sua vida de uma forma como você nunca poderia imaginar e lhe mostrar o bom propósito que Ele tem para a sua vida.
 
Que Deus lhe abençoe e lhe ilumine!🙏❤️

Gólgota, O Lugar da Caveira

E levaram Jesus para o Gólgota, que quer dizer Lugar da Caveira.” (Marcos 15:22)

Jesus foi crucificado em um lugar específico e repleto de significados … entretanto, aqui vou abordar apenas um deles que está relacionado ao Gólgota, uma palavra de origem aramaica “גלגלתא” que significa: caveira ( cabeça, crânio ).

Para a minha abordagem é interessante você saber que a cabeça humana é formada por 22 ossos … sendo 8 do crânio (frontal, 2 parietal, 2 temporal, occipital, esfenoide, etmoide) e 14 da face (2 zigomático, 2 maxilar, 2 nasal, mandíbula, 2 palatino, 2 lacrimal, vômer, 2 concha nasal inferior).

Não por acaso, também 22 são as letras do alfabeto hebraico … sendo o Tav ( ת ) a 22ª letra … a letra Tav no proto hebraico (o hebraico antigo) era representada por uma cruz e não pela sua simbologia atual moderna “ת” … a cruz de Cristo foi colocada sobre o Monte do Gólgota … sobre o Monte da Caveira … já consegue perceber a beleza e o simbolismo de tudo isso?!

Jesus é a nossa salvação, a marca da cruz está nas cabeças ( mente e coração ) dos que por Ele foram salvos e remidos … selados por Deus para serem poupados da ira do SENHOR … como está escrito:

… e lhe disse: Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal ( תו “tav”, uma cruz ) a testa dos homens que suspiram e gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela. … a todo homem que tiver o sinal ( תו “tav” ) não vos chegueis” (Ezequiel 9:4,6b)

Esse texto de Ezequiel, no capítulo 9, que fala dos que são selados, preservados e salvos encontra um eco também em Apocalipse …

Não danifiqueis nem a terra, nem o mar, nem as árvores, até selarmos na fronte os servos do nosso Deus.” (Apocalipse 7:3)

Os 22 ossos retratam o alfabeto hebraico … fala de toda a Palavra de Deus que deve estar gravada também em nossa mente ( vide Jeremias 31:31-33 ) … culminando em sua 22ª letra, o Tav “ת” … a cruz … que simboliza o selo de Cristo em nós … sendo então o nosso “Capacete de Salvação”.

Curiosamente, o Messias foi crucificado no “Lugar da Caveira“, que poderia ser lido agora também como o “Lugar do Capacete de Salvação” ( a cruz sobre a cabeça ). Está começando a ver as coisas poeticamente pelos simbolismos em tudo que há?! A Palavra de Deus e Sua obra não são lindas em toda sua riqueza simbólica?!

Por isso Paulo e Isaías escrevem tão propriamente …

Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus” (Efésios 6:17) … vale lembrar: { a Palavra de Deus está representada pelas 22 letras do alfabeto hebraico e muitas espadas possuem o formato também de uma cruz, um Tav }

Vestiu-se de justiça, como de uma couraça, e pôs o capacete da salvação na cabeça; pôs sobre si a vestidura da vingança e se cobriu de zelo, como de um manto.” (Isaías 59:17)

Não deixa de ser importante lembrar que 22 também representa o valor ordinal da palavra חנּchen” ( 8 + 14 ) … a mesma separação do número de ossos da cabeça que citei anteriormente… palavra essa que significa nada menos que “graça” … tudo o que Deus faz é perfeito, lindo e majestoso … principalmente quando vemos os detalhes de toda a Sua obra. E ainda há mais … muito mais … mas fica para outro dia!

Que o SENHOR lhe abençoe grandemente e que você seja selado pelo SENHOR com o capacete da Salvação!!! 🙏❤️

Ano de 5779 e os Anos Perdidos do Calendário

Estamos na véspera de um novo ano, de um início de um novo ciclo, pois amanhã será dia 01 de Tishrei, Festa das Trombetas, do novo ano civil de 5779 … pelo calendário gregoriano desse ano de 2018, esse dia cai em 10 de setembro, mas devido às diferenças entre os calendários, essas datas mudam de ano a ano. O ano de 5779 é representado pelas letras Hei ( ה … milhar … 5 ),  Tav, Shimתשׂ centena … 700 ), Ayin ( ע … dezena … 70 ) e o Tet ( ט … unidade … 9 ), como você pode perceber pela imagem anterior, mas será que esta contagem está correta?! Segundo muitos estudiosos acreditam, há um erro nessa contagem e, na verdade, estaríamos na aurora da virada para o sétimo milênio, sendo por volta do ano 6000. O profeta Daniel, há milhares de anos, já havia predito que nos últimos dias os tempos seriam mudados e o calendário seria distorcido de alguma forma; também da mesma forma o livro dos Jubileus profetizava que no tempo do fim as pessoas em sua maioria estariam perdidas na contagem do tempo segundo o calendário do SENHOR.

Nós podemos perceber a concretização dessas profecias mais intensamente e veementemente pela adoção do calendário gregoriano que mudou completamente os tempos e perdeu a essência do calendário do SENHOR e dos Seus ciclos … enquanto isso, em menor monta, no atual calendário judaico também houve uma mudança referente aos “anos perdidos”, fato esse que não influencia na percepção dos ciclos do SENHOR, mas que impacta na percepção da época em que vivemos.

O calendário designado pelo SENHOR é o calendário conhecido como judaico, pois o SENHOR mesmo define e usa os meses e dias deste calendário para determinar os Seus “Tempos Determinados” ( Suas Festas ) na história, inclusive quando se refere aos dois inícios de ano que Ele mesmo determina, conhecidos hoje como calendário religioso e civil do calendário judaico que podem ser percebidos respectivamente nesses dois trechos das Escrituras …

Disse o SENHOR a Moisés e a Arão na terra do Egito: Este mês vos será o principal dos meses; será o primeiro mês do ano { mês de Nisan da época da Festa da Páscoa a Primícias }. Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês, cada um tomará para si um cordeiro, segundo a casa dos pais, um cordeiro para cada família.” (Êxodo 12:1-3)

Também guardarás a Festa das Semanas ( Pentecostes ), que é a das primícias da sega do trigo, e a Festa da Colheita ( Tabernáculos ) na virada do ano { mês de Tishrei da época das Festas de Trombetas a Tabernáculos }.” (Êxodo 34:22)

De onde então vem esse erro da contagem de anos do atual calendário judaico?! Essa é uma questão bastante discutida em vários setores, abrangendo tanto os meios acadêmicos quanto religiosos, mas caso deseje estudar uma abrangência mais detalhada e profunda, eu recomendo a aquisição do livro “Jewish History in Conflict: A Study of the Major Discrepancy between Rabbinic and Conventional Chronology” de Mitchell First ( veja aqui ), onde ele escreve …

… a cronologia dos Sábios [ judeus ] pode ser completamente explicada. O que aconteceu é que os Sábios [ judeus ] viram [ o que eles pensavam ] ser uma previsão no livro de Daniel [ 9:24-27 ] de que um certo período de tempo se estenderia por 490 anos. Os pontos inicial e final do período de 490 anos são ambíguos. Por várias razões, os Sábios [ judeus ] interpretaram os pontos de início e fim como a destruição do Primeiro Templo e a Destruição do Segundo Templo. Uma vez que eles adotaram esta interpretação … e acreditavam que a previsão deveria ter se tornado realidade, eles foram constrangidos por outros dados conhecidos a respeito do período de tempo desde a destruição até a reconstrução ( 70 anos ), e o comprimento total do império grego, e períodos Hasmoneano e romanos ( 386 anos ). Isso forçou-os a declarar a duração do período desde a reconstrução sob Dario até o início do governo grego, como mais curto do que deveria.

Dessa forma o livro de Mitchell afirma que, de acordo com o Seder Olam Rabbah ( o livro da “Longa Ordem do Mundo” ), uma cronologia judaica do século II dC, o trabalho que forma a base de quase toda a cronologia rabínica atual, o período desde a derrota dos babilônios pelos medo-persas até o início do domínio grego, abrangeu 52 anos e abarcou os reinos de três reis persas. Porém, de acordo com a cronologia que é universalmente aceita pelos historiadores de hoje ( a cronologia convencional ), esse período de domínio persa sobre a terra de Israel abrangeu 207 anos ( de 539 a 332 aC ) e durante esse período reinaram treze reis persas. Veja a seguir uma imagem comparativa entre essas duas cronologias …

Além dos erros anteriormente mencionados, os Sábios judeus daquele tempo estavam determinados em buscar mudar a história para que Jesus não fosse considerado como o Messias de Israel e assim encaixar as falsas pretenções messiânicas de Bar Kokhbah como um messias dos pobres. Este foi o seu maior erro de todos, pois há muitas provas históricas dos 207 anos de duração do império Medo-Persa. Ambas as fontes Grego e Romano, dão amplos detalhes. Segundo alguns cronologistas bíblicos, além dos 155 anos deliberadamente cortados por Yose ben Halafta, também o Seder Olam Rabbah errou em outros detalhes menores, o que acrescenta ainda mais alguns anos perdidos nessa conta, podendo chegar, segundo alguns estudiosos afirmam, a um total de quase 240 anos perdidos.

Com base em tudo isso, então quantos anos foram efetivamente perdidos?! É certo que o número passa de mais de 160 anos, o que nos colocaria além de 5939 e, segundo alguns, poderia ser já por volta de 6019, mas teríamos como saber isso com maior precisão?! Eu particularmente acredito que, segundo a cronologia do Tempo Determinadoמועד mow`ed ) pelo SENHOR, a cruz marca a época da virada do quarto para o quinto dia ( o detalhamento disso pode ser visto neste meu outro artigo aqui ), ou seja, a cruz marcaria a virada para o ano 4000 dentro do Tempo Determinado pelo SENHOR ( em grego, καιρος kairos ), que é diferente do tempo do homem ( em grego, χρονος chronos ) devido ao que eu chamo de Tempo Não Calculado pelo SENHOR, cuja essência do conceito pode ser percebida num comparativo cronologico detalhado entre as diferenças percebidas no texto de 1 Reis 6:1 quando comparado com Atos 13:16-22 ( talvez eu escreva um artigo mais detalhado sobre essa diferença entre os dois tempos, kairos e chronos, em um artigo posterior ).

Assumindo que a crucificação ocorreu por volta do ano 30 dC, isso nos dá bem pouco tempo para estarmos à época do ano 6000 segundo a cronologia do Tempo Determinado pelo SENHOR. O que denota que o retorno do Senhor não está distante, visto que muitas vezes Ele dá indícios de que viria em um tempo por volta de 2 dias, 2 vigílias ou 2000 anos ( vide Salmo 90:4 ) … vemos isso em muitas e muitas formas … nos dois denários da parábola do bom Samaritano (Lucas 10:35), nos dois dias que passa com os Samaritanos (João 4:43), na segunda vigília da parábola do servo vigilante (Lucas 12:38), nos cerca de 2000 porcos que foram possuídos e lançados ao abismo (Marcos 5:13) e em muitos, muitos outros textos das Escrituras.

Também pode-se perceber que o SENHOR, sendo Onisciente e sabendo que no tempo do fim desta era esses anos seriam perdidos e o calendário judaico teria a sua contagem de anos alterada, Ele prefigurou algumas profecias usando essa contagem atual como uma forma de mostrar aos judeus desse tempo o Seu controle sobre a história. Um exemplo talvez possa ser percebido na questão envolvendo uma leitura profética no livro de Ester no que tange a morte e o enforcamento dos 10 filhos de Hamã (vide Ester 9:7-9). Veja esse texto em hebraico na imagem a seguir …

Como você pode perceber olhando a lista de nomes acima, quatro letras (o Tav ת no primeiro nome, o Shin שׂ e o Tav ת no sétimo nome e o Zayin ז no décimo nome) aparecem menores do que as outras letras, e isso vem desde os manuscritos antigos. Começando no topo da passagem, eu destaquei três dessas quatro pequenas letras em vermelho. Como sabemos, no idioma hebraico as letras também podem representar números; sendo assim, Tav tem um valor numérico de 400, Shin um valor numérico de 300 e Zayin um valor numérico de 7. O Tav, Shin e Zayin, totalizados de cima para baixo, representam o número 707 … Usando o método judaico de anos para registro, o número 707 pode representar o ano 5707 no calendário judaico. O New World Hebrew Dictionary de Webster afirma: “Na prática … os milhares são ignorados e o ano judaico é referido citando, em símbolos numéricos judeus, a figura das centenas e abaixo” ( p. Xxiv, Introdução, O Calendário Judaico ).

Como mostrado acima, no dia 21 de Tishrei de 5707 ( no último dia da Festa de Tabernáculos daquele ano ) do atual calendário judaico, dia 16 de outubro de 1946 no calendário gregoriano, foi o ano em que os 10 criminosos de guerra nazistas foram enforcados pelo crime de tentar erradicar o povo judeu … o que muitos associam como um segundo cumprimento do texto de Ester acima citado. O significado da quarta letra minúscula, o Tav no sétimo nome, ainda é desconhecido. Talvez pudesse significar “o fim” dos filhos de Hamã, já que Tav é a letra final do alfabeto hebraico.

Outro exemplo poderia estar relacionado ao ano em que Israel voltou a ser nação, pois segundo alguns estudiosos da Torah ( Pentateuco ), a divisão em versículos da Torah pode estar relacionado a essa questão, visto que segundo a contagem da divisão hebraica de versículos da Torah, o versículo de número 5708 é este:

Ele os trará para a terra dos seus antepassados, e vocês tomarão posse dela. Ele fará com que vocês sejam mais prósperos e mais numerosos do que os seus antepassados.” (Deuteronômio 30:5)

Acontece que 5708 é o ano em que Israel voltou a ser nação ( o ano 5708 abrange desde setembro de 1947 até outubro de 1948 do calendário gregoriano ) após quase dois mil anos de dispersão, onde vieram judeus de todas as partes do mundo à terra de Israel, como já dizia o versículo anterior:

Mesmo que tenham sido levados para a terra mais distante debaixo do céu, de lá o Senhor, o seu Deus, os reunirá e os trará de volta.” (Deuteronômio 30:4)

Considerando que a divisão em versículos foi feita séculos antes ( por volta do século XVI ) … seria isso apenas uma mera coincidência ou obra de design?! Enfim, todos esses dados apenas servem para mostrar que o SENHOR tem o controle e a presciência da história, em todas as suas formas.

O fato é que um novo ciclo se inicia neste 10 de setembro de 2018 e eu desejo que seja para você um tempo de reflexão e de retorno ao SENHOR, visto que é um tempo também de possíveis mudanças e que convidam-nos a meditar e a refletir na Palavra do SENHOR e do quanto temos seguido aos Seus caminhos ou não, afinal esse novo mês possui três Festas significativas … Trombetas, Expiação e Tabernáculos … todas elas possuem grandes e profundos significados que aqueles que conhecem ao Seu Pai Celeste não devem de forma alguma ignorar.

Existem muitos entendimentos sobre o que significam as letras que formam o ano novo de 5779 ( vide a primeira imagem deste artigo ), mas posso resumir que é um tempo de se ver e considerar o que ocorre pelo mundo ( visto o significado da letra Ayin ), principalmente em observar as ações do inimigo de nossas almas em suas ações contra nós e de buscar no SENHOR o refúgio e o caminho correto para vencer e atingir os Seus bons propósitos nesse tempo. Deixo com você o texto de Provérbios 15:30 pelas suas letras em comum com as letras que formam o ano de 5779

O olhar de amigo alegra ao coração; as boas-novas fortalecem até os ossos.” (Provérbios 15:30)

Que seja para você um ano de boas-novas que lhe fortaleçam os ossos e um novo ciclo em que o SENHOR lhe seja favorável em tudo o que faça e lhe abençoe grandemente!!! 🙏❤

Quando Jesus Nasceu?

Quando Jesus nasceu? Acredito que não foi em 25 de Dezembro, mas teríamos alguma base para ter uma data que fosse mais próxima da realidade?! Eu acredito que sim … e existe uma elegância e uma beleza simétrica e profética nessa possibilidade …

Sabemos por Lucas 1:5 que Zacarias estava designado para o turno de Abias e que esse turno era o oitavo entre os 24 turnos definidos por Davi para a manutenção das atividades no Templo ao longo do ano ( vide 1 Crônicas 24 como um todo e o versículo 10 em específico sobre o turno de Abias ).

Nos dias de Herodes, rei da Judéia, houve um sacerdote chamado Zacarias, do turno de Abias. Sua mulher era das filhas de Arão e se chamava Isabel.” (Lucas 1:5)

Davi, com Zadoque, dos filhos de Eleazar, e com Aimeleque, dos filhos de Itamar, os dividiu segundo os seus deveres no seu ministério. … Saiu a primeira sorte a Jeoiaribe; a segunda, a Jedaías; a terceira, a Harim; a quarta, a Seorim; a quinta, a Malquias; a sexta, a Miamim; a sétima, a Hacoz; a oitava, a Abias;” (1 Crônicas 24:3,7-10)

Sabemos também que Zacarias retorna para casa após findado o seu trabalho no turno que lhe era designado e então Isabel concebe e fica oculta por cinco meses ( vide Lucas 1:23,24 ).

Sucedeu que, terminados os dias de seu ministério, voltou para casa. Passados esses dias, Isabel, sua mulher, concebeu e ocultou-se por cinco meses” (Lucas 1:23,24)

Através de Lucas 1:26-36 temos a informação que Maria soube pelo anjo Gabriel que sua parente, Isabel, estava no sexto mês de gravidez. Vemos por Lucas 1:39-45 que em poucos dias Maria visita Isabel, que estava no sexto mês de gravidez, e a criança no ventre de Isabel, João, assim como a própria Isabel, já sentem a presença do Senhor no ventre de Maria. O que denota uma diferença de pelo menos 6 meses entre João e Jesus.

No sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado, da parte de Deus, para uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com certo homem da casa de Davi, cujo nome era José; a virgem chamava-se Maria. E, entrando o anjo aonde ela estava, disse: Alegra-te, muito favorecida! O Senhor é contigo. Ela, porém, ao ouvir esta palavra, perturbou-se muito e pôs-se a pensar no que significaria esta saudação. Mas o anjo lhe disse: Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; Ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o Seu reinado não terá fim. Então, disse Maria ao anjo: Como será isto, pois não tenho relação com homem algum? Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a Sua sombra; por isso, também o Ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus. E Isabel, tua parenta, igualmente concebeu um filho na sua velhice, sendo este já o sexto mês para aquela que diziam ser estéril.” (Lucas 1:26-36)

Naqueles dias, dispondo-se Maria, foi apressadamente à região montanhosa, a uma cidade de Judá, entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Ouvindo esta a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre; então, Isabel ficou possuída do Espírito Santo. E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre! E de onde me provém que me venha visitar a mãe do meu Senhor? Pois, logo que me chegou aos ouvidos a voz da tua saudação, a criança estremeceu de alegria dentro de mim. Bem-aventurada a que creu, porque serão cumpridas as palavras que lhe foram ditas da parte do Senhor.” (Lucas 1:39-45)

Sendo assim, podemos ter uma idéia de como pode ter ocorrido os eventos no calendário a partir das informações acima ( vide a imagem anterior ), juntando com os meses do calendário judaico associado aos 24 turnos definidos por Davi em 1 Crônicas 24 e os fatos observados nos textos bíblicos. O que percebemos é que possivelmente, Jesus deve ter nascido por volta do mês de Tishri ( ou também chamado Etanim ) que é quando ocorre a Festa dos Tabernáculos, no dia 15 deste mês. O que é algo muito propício, visto que João faz uso de um trocadilho ao dizer que Jesus “tabernaculou” com os homens ( João 1:14 ).

E o Verbo se fez carne e tabernaculou (σκηνοω “skenoo”) entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a Sua glória, glória como do unigênito do Pai.” (João 1:14)

É interessante lembrar que o Tabernáculo, instituído por meio de Moisés no Êxodo, levou 9 meses desde que foi ordenado a sua construção ( assumindo que a ordem dos fatos no livro de Êxodo são cronológicos nessa questão, apesar de algumas divergências de interpretação entre alguns estudiosos ) até a sua inauguração … o que é significativo, visto que 9 meses é o tempo de gestação de uma criança e nada mais simbólico do que esse mesmo tempo para aquEle que “tabernaculou” entre nós e que era em carne o Tabernáculo do Deus Vivo!

Sendo assim, como percebo que Deus age na história de maneira singular em datas especiais de Suas “Festas” … que são os Seus “Tempos Determinados” como atesta o próprio termo em hebraico “מועד” ( mow`ed ), traduzido simplesmente como “Festas” em nossas versões em Português ( vide Levítico 23 ) … nada mais adequado que Jesus viesse ao mundo justamente no tempo da Festa de Tabernáculos ( dias 15 a 22 do mês de Tishri ) para então morrer como deveria o Cordeiro Pascal no tempo exato da Festa da Páscoa para então cumprir tudo o que estava escrito e profetizado sobre Ele nesse tempo determinado pelo SENHOR ( מועד, mow`ed ).

Simetricamente, vide a imagem anterior, seria interessante o paralelo entre as datas de nascimento e morte do Senhor, assumindo que essa tese aqui colocada está de acordo com a realidade, pois Jesus nasceria no primeiro mês do calendário civil, Tishri ( sétimo mês do calendário religioso ) que aponta para o primeiro dia da criação, segundo a tradição … e morreria no primeiro dia do calendário religioso, Nisan ( sétimo mês do calendário civil ).

Essa questão dos dois calendários vem a partir da mudança efetuada pelo próprio SENHOR em Êxodo 12 ao instituir a Páscoa, onde o sétimo mês ( Nisan ) nesse tempo é definido então para ser agora o primeiro dos meses, e o primeiro mês ( Tishri ou Etanim ) nesse tempo passa então a ser o sétimo mês. Quem compreende como o SENHOR age, entende como Ele faz uso do 1 e do 7 e seus muitos significados, principalmente quando se observam os tempos e as épocas.

Disse o SENHOR a Moisés e a Arão na terra do Egito: Este mês vos será o principal dos meses; será o primeiro mês do ano.” (Êxodo 12:1,2)

Não custa lembrar que o Cordeiro Pascal deveria ser imolado no crepúsculo da tarde do dia 14 de Nisan, apontando para a virada do dia 15 de Nisan … quando se observa o início da Festa dos Tabernáculos no dia 15 de Tishri e a Páscoa apontando para a virada do dia 14 para o 15 de Nisan no primeiro e sétimo meses … é de uma bela simetria observar que o nascimento e a morte de Jesus, nosso Senhor e Salvador, tenham ocorrido nessas datas.

Por causa dessa elegância matemática e escriturística que o SENHOR apresenta em toda a história, que eu fico cada dia mais fascinado e extasiado com a Sua Palavra e tudo que abarca o Seu SER. Ao SENHOR pertence todo o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade, pelos séculos dos séculos! Amém!🙏❤️