Os Três Níveis

A arca de Noé tinha o próprio Deus como designer (Gênesis 6:14-16), e a salvação por meio de Jesus é o design de Deus (Jonas 2:9, Efésios 1:9,11). A arca de Noé continha apenas uma porta (Gênesis 6:16), assim como Jesus é a única porta para a salvação (João 10:9). A arca de Noé continha três níveis (Gênesis 6:16) e a salvação possui três níveis experienciais (2 Coríntios 1:10): passado, presente e futuro.
 
No passado (em Moriah), Jesus nos livrou da pena do pecado; no presente, Ele nos livra do poder do pecado; e no futuro Ele nos livrará da própria presença do pecado. Da mão de Noé foi dado o sinal da pomba, um símbolo de paz e da presença permanente do Espírito de Deus.
 
A vida cristã também é permeada de três níveis de conhecimento e intimidade com o SENHOR. O Tabernáculo apresentava os mesmos três níveis: o Pátio, o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo; sendo então uma simbologia, uma sombra dos três níveis da vida cristã, que abrangem o corpo (Pátio), onde sacrificamos todo os dias os desejos da carne no altar (vide Romanos 12:1), a alma (Lugar Santo), onde renovamos e transformamos a mente (intelecto) e o coração (sentimentos), e o espírito do homem (Lugar Santíssimo), onde nos enchemos do Espírito e da presença do SENHOR e buscamos ser um com Ele.
 
O cristão entra no Pátio pela , aceitando o sacrifício de Cristo na cruz (altar) e lendo a Palavra (bacia) que limpa e aumenta a sua fé, então ele cresce e se desenvolve para entrar no Lugar Santo pela esperança, pela expectativa do bem que virá, tendo a mente (intelecto) e o coração (sentimentos) iluminados (menorah), alimentados (mesa dos pães da presença) e buscando ao SENHOR em oração (altar de incenso). Finalmente, ele adentra o Lugar Santíssimo quando conhece e pratica o verdadeiro amor, a Deus acima de tudo e ao próximo como Deus ama, tendo em si a presença do SENHOR (arca da aliança). Vide 1 Coríntios 13:13, “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.
 
A fé em Cristo nos faz passar pela porta do caminho que nos leva ao Pátio; a esperança, a expectativa do bem que virá por meio de Cristo nos leva pela porta da verdade que nos faz adentrar ao Lugar Santo. Já o amor de Cristo e em Cristo é a chave para passar a porta que nos leva para a vida, para o Santíssimo, onde está a presença de Deus e a vida eterna. Vide João 14:6, “Respondeu-lhe Jesus: Eu Sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por Mim.
 
O cristão no Pátio, dá fruto (a 30); pelo processo de limpeza ele cresce, entra no Lugar Santo, e começa a dar mais fruto (a 60). Quando está cheio do Espírito, da presença e do amor do SENHOR, ele entra no Santíssimo e dá muito fruto (a 100). Vide textos de João 15:2,5 e Mateus 13:23.
 
O cristão no Pátio, ainda está com o seu “barco” na areia, junto à praia do lago, pouco ainda conhece do seu SENHOR, apenas ouve dEle se falar. O cristão no Lugar Santo já está com o seu “barco” em “águas rasas“, onde o SENHOR mesmo lhe instrui e ensina sobre Si e o Reino. Mas é com o seu “barco” em “águas profundas“, no Santíssimo, onde a intimidade com o SENHOR é igualmente profunda e plena, onde a verdadeira recompensa se manifesta e transborda a ponto de ser abundantemente cheio, rasgando nossas “redes”. Vide Lucas 5:1-7.
 
O cristão no Pátio conhece a boa vontade do SENHOR. No Lugar Santo ele conhece a agradável/aceitável vontade do SENHOR, mas é no Santíssimo onde ele conhece a perfeita vontade do SENHOR. É um processo gradativo de conhecimento e de intimidade com o SENHOR que nos revela também gradativamente a Sua vontade. Vide Romanos 12:2, “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
 
Eu recomendo que você busque ao SENHOR com ardor, constância, fervor e profundidade, por meio da Palavra, da oração e deixando o Espírito lhe mudar, moldar e guiar … deixe de ser um cristão menino, carnal (no Pátio) e cresça, passando pelo Lugar Santo, renovando e transformando a sua mente e coração, até chegar ao Santíssimo, onde então você conhecerá a perfeita vontade do SENHOR, sendo um com Ele; então conhecerá e manifestará em si o amor verdadeiro, que é o maior e o mais nobre dos sentimentos, das virtudes do fruto do Espírito, o qual nos faz parecidos com o SENHOR, onde você dará muito fruto (a 100), terá a recompensa das “águas profundas“, alcançará a vida abundante, e assim conhecerá a Plenitude de Cristo, de Sua vontade e será cheio de toda a sabedoria e entendimento espiritual.
 
Que o SENHOR lhe ilumine e abençoe!!! 🙏❤️

Variantes Textuais de Deuteronômio 32:8 … Filhos de Deus

A descoberta dos Pergaminhos do Mar Morto vieram a nos mostrar que os textos bíblicos do Antigo Testamento que temos são muito fiéis ao que se conhecia anteriormente. Mas há algumas variantes textuais que são interessantes de se notar, ainda mais quando comparados a versão da Septuaginta … como exemplo, veja este trecho abaixo, baseado no texto Massorético (vide imagem anterior), que é rico em significado …

Lembra-te dos dias da antiguidade, atenta para os anos de gerações e gerações; pergunta a teu pai, e ele te informará, aos teus anciãos, e eles to dirão. Quando o Altíssimo distribuía as heranças às nações, quando separava os filhos dos homens uns dos outros, fixou os limites dos povos, segundo o número dos FILHOS DE ISRAEL.” (Deuteronômio 32:7,8)

O texto Massorético é datado de entre o século 7 e 10 depois de Cristo, mas há variantes textuais importantes e mais antigas encontradas na Septuaginta ( do terceiro século antes de Cristo ) e nos Pergaminhos do Mar Morto ( do primeiro e segundo séculos antes de Cristo ). Esse texto de Deuteronômio pode ser encontrado no pergaminho 4Q37 ( vide imagem anterior ) e o texto fica então assim …

Lembra-te dos dias da antiguidade, atenta para os anos de gerações e gerações; pergunta a teu pai, e ele te informará, aos teus anciãos, e eles to dirão. Quando o Altíssimo distribuía as heranças às nações, quando separava os filhos dos homens uns dos outros, fixou os limites dos povos, segundo o número dos [ ANJOS ] FILHOS DE DEUS.” (Deuteronômio 32:7,8)

A Septuaginta em sua tradução ( vide imagem anterior ), ao invés de usar o termo filhos, traduz para o grego como “αγγέλων” ( anjos ), a exemplo também do que se vê no livro de Jó 1:6. Algumas versões mais atuais da Bíblia trazem em suas traduções a base do que foi encontrado nos Pergaminhos do Mar Morto e usam então o termo “filhos de Deus” ao invés de “filhos de Israel” ( vide a imagem abaixo que é da versão ESV – English Standard Version ).

O termo “filhos de Deus” é mais coerente do que “filhos de Israel“, visto que essa divisão ocorreu antes de Abraão ser chamado e, consequentemente, antes da nação de Israel florescer … o fato de surgir a variação “filhos de Israel” deve-se também ao fato de que Israel também é chamado de “filho de Deus” muitas vezes nos textos bíblicos, visto ser a nação escolhida por Deus. Mesmo o próprio texto de Deuteronômio 32, riquíssimo em dados e significados, dá várias indicações dessa filiação em alguns dos textos, como estes …

Porque a porção do SENHOR é o Seu povo; Jacó é a parte da Sua herança.” (Deuteronômio 32:9)

Olvidaste a Rocha que te gerou; e te esqueceste do Deus que te deu o ser. Viu isto o SENHOR e os desprezou, por causa da provocação de seus filhos e suas filhas” (Deuteronômio 32:18,19)

Tenho feito há um bom tempo, muitos estudos e pesquisas comparando os Pergaminhos do Mar Morto, da Septuaginta e dos textos Massoréticos … e se percebe claramente como alguns desses textos mais antigos ( Septuaginta e Pegaminhos do Mar Morto ) influenciaram os escritores do Novo Testamento e isso é muito interessante, pois trás luz a certos entendimentos, interpretações e o porquê do uso de alguns termos nos textos do Novo Testamento. Essa variante, por exemplo, é interessante quando se analisam questões relacionadas a “assembléia dos deuses” como visto no Salmo 82 e em muitos outros textos. Enfim, este é um tema muito rico em vários aspectos e abrange muito significado, mas ficará para outros posts e artigos devido a sua grande abrangência.

O Perdão Perfeito e Pleno do SENHOR

Quem, ó Deus, é semelhante a Ti, que perdoas a iniqüidade e Te esqueces ( עבר `abar ) da transgressão do restante da Tua herança? O SENHOR não retém a Sua ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia.” (Miquéias 7:18)

O termo para o verbo “esquecer” aqui em hebraico é עבר ( `abar ) que significa: ultrapassar, passar por, atravessar, alienar, tomar, levar embora, passar por cima … é o mesmo termo do qual deriva o termo “hebreu” ( עברי, “Ibriy” ), que significa “pessoa dalém de”, “passar adiante” …

Portanto, “esquecer” aqui não significa que o SENHOR já não lembra do pecado, até porque pelo Seu atributo de Onisciência, isso lhE é impossível, mas isso significa que, quando o SENHOR perdoa a iniquidade e “esquece” a transgressão, ELE “passa por cima” destes pecados e os mesmos já não tem poder para nos acusar e condenar, pois foram “levados embora“, foram “ultrapassados“; o perdão é perfeito e pleno, já que o pecado não tem mais poder acusatório para condenação.

Dessa forma devemos então espelhar essa mesma característica do SENHOR, o nosso Pai celeste, e também ter prazer na misericórdia, proporcionando um perdão pleno, completo para com o nosso próximo sempre que for necessário ( “setenta vezes sete” como disse Jesus ) …

Sede misericordiosos, como também é misericordioso vosso Pai.” (Lucas 6:36)

A misericórdia triunfa sobre o juízo.” (Tiago 2:13b)

Que o SENHOR lhe abençoe e lhe proporcione a Paz que excede a todo entendimento!🙏❤️

Beleza e Curiosidades da Bíblia – Verdade

Em um tempo onde muitos buscam relativizar a verdade, retirando de sua essência os imprescindíveis absolutos, criando assim sofismas sobre sofismas … mentiras com aparência de verdades … é preciso então se resgatar a essência do sentido da verdade por si só, a qual em sentido último mais profundo aponta para o Criador e SENHOR de todas as coisas.

A idéia hebraica de “verdade” ( emet: אֱמֶת ) é mais rica do que a descrição factual ou a sua “correspondência” entre linguagem e realidade, uma vez que ela contém implicações morais e possibilidades: o que é verdadeiro, também é certo, bom, confiável ( honesto ), bonito e sagrado. A palavra hebraica vem de um verbo raíz ( aman: אמנּ ), que significa “confirmar”, “ser fiel” ou “permanecer firme“, e a sua forma substantiva ( ou seja, emuná: אֱמוּנָה, “fidelidade” ou “confiabilidade” ) expressa a vontade de viver com o que for ratificado, o “amém” da decisão; onde o termo “amém”, no grego “αμην“, tem a sua raíz no hebraico אמנּ ( ‘amen ), que significa “em verdade”, “verdadeiramente” ou “assim seja“.

Observando a constituição da palavra verdade ( emet: אֱמֶת ) em hebraico ( vide imagem anterior ), você tem as letras Alef ( א ), Mem ( מ ) e Tav ( ת ). A letra Alef representa o SENHOR Deus, isso pode ser inferido por uma série de indicativos, mas vou colocar apenas um para não me estender, pois o formato da letra Alef, é compreendido por muitos rabinos como um composto da letra Vav ( ו ) no meio, com dois Yud’s ( י ), um na parte de cima e outro na parte de baixo formando então o ” א ” e, somando-se os valores do Vav e dos dois Yuds ( 6 + 10 + 10 ), temos 26 … que é o valor do tetragrama do nome de Deus ( יהוה ). Sendo assim, na palavra emet ( אמת ), se você retirar o Alef, que representa Deus, sobra ( מת ) … esta é uma palavra para “morto” ( מת ) … ou seja, quando você remove Deus da verdade ( אמת ), o resultado é morte ( מת ).

Portanto, o conceito hebraico de verdade é existencial … está intrinsicamente ligado ao SENHOR, o Autor e Criador da vida: a verdade que não é vivida não é realmente verdade. Falar a verdade ( dibbur emet ) e abominar a desonestidade são atos considerados fundamentais para a vida moral, como diz o SENHOR: “Falai a verdade ( דַּבְּרוּ אֱמֶת ) uns aos outros; fazei justiça verdadeira e perfeita em seus portões” (Zacarias 8:16). Jesus diz repetidamente, “Amém, amém ( em verdade, em verdade ) Eu digo a vocês …“, para sublinhar a confiabilidade e a certeza da verdade de Deus (Mateus 5:18, 26, etc.) e, na verdade, Ele mesmo é chamado de “o Amém, a testemunha fiel e verdadeira” (Apocalipse 3:14).

Quando se olha o hebraico na sua forma mais antiga, através de pictogramas ( vide imagem anterior ), vemos que verdade é formado por um Alef, representado por uma cabeça de boi ( simbolizando o mais forte, força, poder, liderança ), por um Mem representado por águas ( simbolizando caos, nações, sangue ) e por um Tav, representado por uma cruz ( simbolizando marca, sinal ). Quando pegamos o significado de cada letra, como já vimos anteriormente, podemos inferir que a verdade no seu sentido mais profundo da simbologia é: “Deus ( o mais forte ) derramando o Seu sangue numa cruz“.

Que o SENHOR lhe abençoe e que lhe inunde com Sua verdade!🙏❤

As Cinzas da Novilha Vermelha

As cinzas da novilha vermelha representavam a morte e o sacrifício de algo extremamente raro, valioso e precioso. As cinzas eram misturadas com “água viva” ( מַיִם חַיִּים ), ou seja, “água corrente” para revelar a verdade de que, embora o fim de toda carne é pó e cinza, o Espírito dá a limpeza que purifica e a vida. Na verdade, as letras da palavra “cinzas“, em hebraico אֵפֶר, podem ser rearranjadas para soletrar tanto “cura” ( רַפֵא ) quanto “beleza, ornamento, coroa” ( פְאֵר ).
 
O autor do livro de Hebreus argumenta, a partir do menor para o maior, que: “Se o sangue de bodes e de touros e a cinza de uma novilha, aspergidos sobre os contaminados, os santificam, quanto à purificação da carne, muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito Eterno, a Si mesmo Se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!” (Hebreus 9:13,14).
 
Na verdade, por causa do sacrifício de Cristo nos é dado “… beleza ( coroa ) em vez de cinzas; óleo de alegria, em vez de pranto; veste de louvor, em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem carvalhos de justiça, plantados pelo SENHOR para a Sua glória” (Isaías 61:3).

Buscar a Face de Deus e Encontrar Seu Propósito

A palavra hebraica para “mundo” ou “eternidade” é `olam ( עוֹלָם ), que é derivado de um verbo raiz ( עָלַם, `alam ), que significa “ocultar” ou “esconder“. O SENHOR “esconde” o Seu rosto de nós, para que nós O busquemos, e o termo buscar é no sentido de procurar de um forma intensa até O encontrar. Muito antes do tempo do filósofo Platão, o rei Davi proclamou que havia uma “linha divisória” entre o reino do mundo temporal e o reino do mundo oculto e eterno.

O mundo temporal é finito, sujeito a alterações, mas que aponta para além de si, para um mundo eterno, que é a fonte da verdadeira importância, do significado da própria vida. “… não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas.” (2 Cor. 4:18).

Portanto o Rei Davi disse, בַּקְּשׁוּ פָנָיו תָּמִיד / bakeshu fanav tamid: “Buscai o SENHOR e o Seu poder; buscai perpetuamente a Sua face (presença)” (Salmo 105:4). Saiba que o valor numérico para a palavra “fanav” (isto é, “o rosto“) é o mesmo que o descrito para a palavra “`olam“. Quando verdadeiramente buscarmos a face de Deus (isto é, a Sua presença), seremos então capazes de discernir o propósito oculto e fundamental para as nossas vidas.

Jesus, Hebreus e o Pergaminho 11 Q Melquisedeque

É maravilhoso quando você começa a estudar profundamente vários materiais relacionados aos textos encontrados junto dos pergaminhos do Mar Morto … são verdadeiros tesouros!!! Eles nos ajudam a entender como pensavam muitos Rabinos e pessoas da época de Cristo. Assim como podem nos ajudar a entender e a interpretar melhor determinadas passagens, como também trazer mais luz para uma série de escritos vistos nos autores do Novo Testamento.

Uma dessas coisas pode ser percebida na questão de quando Jesus vai à sinagoga e eles lhe entregam o pergaminho; e Jesus vai para Isaías 61. Jesus lê apenas uma parte do texto, pois Ele sabe exatamente tudo o que envolve o texto e toda a questão relacionada ao Jubileu que está na citação de Isaías 61 … visto que esse texto tem uma profecia messiânica e é sobre uma restauração final, um jubileu final, um resgate definitivo.

E nós podemos realmente encontrar todos esses conceitos em um texto da época do Segundo Templo, como o que está descrito no que é chamado 11 Q Melquisedeque ( vide imagem acima ou aqui ). Este é um dos Pergaminhos do Mar Morto, encontrados na caverna 11. Ele é chamado 11 Q Melquisedeque por um motivo simples … nele, Melquisedeque é mencionado.

E adivinhe, adivinhe só?! Melquisedeque torna-se análogo a Jesus no livro de Hebreus, e isso não é por engano, não é por acaso. Eu vou citar abaixo o texto traduzido do pergaminho 11 Q Melquisedeque. Não apenas essa passagem citará Levítico 25, porque está falando sobre a libertação dos cativos e tudo que o envolve, mas também vai citar, acredite ou não, o Salmo 82 … onde Deus julga os deuses.

Segue o texto traduzido do pergaminho ( meus comentários estão entre colchetes ) …

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E quanto ao que ele disse, [ citando o texto de Levítico 25:13 ], no ano de jubileu. você deve devolver cada um à sua propriedade. Sobre isso. Ele disse [ citando Deuteronômio 15 ], esta é a maneira da liberação. Todo credor deve liberar o que ele emprestou ao seu vizinho. Ele não deve coagir o seu vizinho ou ao seu irmão porque foi proclamada uma libertação por Deus.

Aqui está a sua interpretação. [ linha quatro ], nos últimos dias se refere aos cativos [ prisioneiros ] que [ aqui há uma lacuna no texto do pergaminho ] e Ele os atribuirá aos Filhos do Céu e à herança de Melquisedeque, eles são a herança em meio a porção de Melquisedeque, que os devolverá e proclamará para eles a liberdade, perdoando-lhes as dívidas [ ações erradas ] e de todas as suas iniqüidades.

E isso acontecerá na primeira semana do Jubileu, o qual segue os nove Jubileus. E o Dia da Expiação é o décimo Jubileu [ o texto do pergaminho refere-se ao ciclo de 490 anos associado a Daniel 9 ]. [ Linha 8 ] Este é o décimo Jubileu no qual a expiação deve ser feita para todos os Filhos da Luz e para os homens da porção de Melquisedeque, de acordo com todas as suas obras para este tempo, pois este é o momento do ano da graça para Melquisedeque e, por sua força, julgará os santos de Deus, executando os estatutos de julgamento como está escrito sobre ele nas canções de Davi, [ citação do Salmo 82 ], ELOHIYM [ Deus, o SENHOR ] assiste na congregação divina; no meio dos deuses [ elohiym ], estabelece o Seu julgamento.

E dizia respeito a Ele que Ele disse: Que a assembléia dos povos volte ao auge acima deles; EL [ Deus ] julgará os povos [ Salmo 7:7,8 ]. Quanto ao que Ele ajudou, por quanto tempo vocês julgarão injustamente e tomareis partido pela causa dos ímpios?, [ Salmo 82:2 ], sua interpretação diz respeito a Belial [ Satanás ] e aos espíritos de sua sorte que se rebelaram afastando-se dos preceitos de Deus para … [ outra lacuna no texto do pergaminho ] … e Melquisedeque vingará a vingança dos juízos de Deus … [ outra lacuna no texto do pergaminho ] … e Ele irá arrastá-los da mão de Belial e da mão de todos os espíritos de seu lote [ refere-se aos anjos que se rebelaram com Satanás ].

E todos os deuses da Justiça irão ajudá-lo na destruição de Belial [ Satanás ]. E o alto é … [ outra lacuna no texto do pergaminho ] … todos os Filhos de Deus … isto … Este é o dia da Paz [ Salvação ] sobre o qual Deus falou pelo profeta Isaías, que disse: Quão belos sobre os montes são os pés do mensageiro que proclama a paz, que traz boas novas, que proclama a salvação, que diz a Sião: Seu ELOHIYM [ Deus ] reina [ citando Isaías 52:7 ]. Sua interpretação; as montanhas são os profetas … e o mensageiro é o Ungido do Espírito, a respeito de quem Daniel disse: Até um ungido, um príncipe [ citando Daniel 9:25 ] … E aquele que traz boas notícias, que proclama a salvação: diz respeito a ele que está escrito … Para consolar todos os que lamentam, para conceder aos que lamentam em Sião [ citando Isaías 61:2,3 ]. Para confortar aqueles que lamentam: … sua interpretação, para fazê-los entender todas as eras de tempo … Na verdade … se afastará de Belial [ Satanás ] … pelo julgamento de Deus, como está escrito sobre ele, quem diz Sião; seu ELOHIYM [ Deus ] reina. Sião é … [ outra lacuna no texto do pergaminho ] …, aqueles que defendem a Aliança, que voltam de andar no caminho do povo. E o seu ELOHIYM [ Deus ] é Melquisedeque, que os salvará da mão de Belial [ Satanás ]. Quanto ao que Ele disse, então fareis passar a trombeta por toda a vossa terra [ citando Levítico 25:9 ]”
—————– Fim ————————–

Você conseguiu entender o que acabou de ler nesse texto antigo da época do Segundo Templo encontrado nos pergaminhos do Mar Morto?

Ele liga o ciclo do Jubileu profeticamente para o associar a um Messias vindouro, uma figura libertadora que vem, de alguma forma, ligado a Melquisedeque, e que é também o Elohyim ( Deus ) que julga os outros elohiym ( Satanás e seus comparsas ) como no Salmo 82. Esse é um texto judaico, antes da era cristã, que estava entre os pergaminhos do Mar Morto.

Você sabe o que isso significa?! Mais tarde, quando o escritor de Hebreus escrevendo aos hebreus, ele liga Jesus a Melquisedeque. Ele traz consigo todos esses conceitos. Todas essas idéias estão ligadas a esse tipo de coisas e, portanto, eles tinham essa noção de que o Messias iria fazer essas ações e a aparência do Messias teria que ter algo a ver com o julgamento dos deuses sobre as nações no Salmo 82 e a libertação.

É uma restauração do reino, um retorno ao Éden. Todas essas idéias estão flutuando em todas as cabeças razoavelmente educadas dos judeus da época de Cristo … então quando Jesus diz certas coisas e os escritores do Novo Testamento começam a escrever sobre essas coisas, eles podem processar todo esse material. Eles estão conectando os pontos em suas cabeças.

O ciclo do Jubileu ainda não foi concluído. Ele será completado quando Jesus retornar, porque será quando chegaremos ao Dia do Senhor. É quando as nações serão todas recuperadas. Estamos nesse processo agora. A visão de mundo de Deuteronômio 32 está sendo aplicada no livro de Atos do Novo Testamento. Estamos vivenciando essa época desde os tempos de Atos e, em breve, com o retorno de Cristo, esse processo será concluído.

Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da sua piedade, embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem, tendo sido nomeado por Deus sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque.” (Hebreus 5:7-10)

Por isso, diz: Quando Ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro e concedeu dons aos homens. Ora, que quer dizer subiu, senão que também havia descido até às regiões inferiores da terra? Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para encher todas as coisas.” (Efésios 4:8-10)

Que o SENHOR lhe abençoe! ?