por Zach Noble,
Peter Schiff |
Na terça-feira, o Departamento de Comércio divulgou uma estimativa fantástica: No terceiro trimestre de 2014, o PIB dos EUA cresceu a uma taxa de 5 por cento, o mais rápido crescimento desde 2003.
Mas as coisas podem não ser tudo o que eles estão loucos para que sejam.
“No geral, a economia está muito fraca”, disse ao site The Blaze, na semana passada, Peter Schiff, CEO e estrategista-chefe global da Euro Pacific Capital Inc..
O fato de que o Federal Reserve (Banco Central Americano) manteve as taxas de juros perto de zero, onde estiveram desde o início da recessão em 2007-2008, diz muito sobre o que a liderança financeira do país realmente pensa sobre a força da economia, disse Schiff.
“Se esta economia é realmente tão forte, por que eles não aumentaram as taxas?”, Schiff questiona. “Por que eles têm que ser tão pacientes? Do que eles estão com medo?”.
Ele disse sobre os números do PIB no terceiro trimestre, “que no entanto, as estatísticas estão adulteradas”, elas desmentem a verdadeira fragilidade da economia norte-americana – e sua dependência da generosidade do Federal Reserve.
A “Flexibilização Quantitativa” tem estimulado artificialmente a economia pelos últimos quatro anos e, 3 trilhões de dólares mais tarde, o programa de compra de títulos foi encerrado com resultados inconclusivos.
“O próximo ano pode ser de recessão se não houver [mais da ‘flexibilização quantitativa’]”, disse Schiff.
É uma recessão que precisa acontecer, na visão de Schiff.
“Deixarão a recessão acontecer, para então aumentar as taxas”, foi sua prescrição. “Vai ser um banho de sangue, mas isso tem que acontecer”.
As políticas monetárias fáceis não são uma solução permanente, disse Schiff, mas elas apenas “atrasam o Dia do Juízo Final” – o que significa que esse dia “será bem pior quando vier”.
Schiff apontou para uma série de indicadores econômicos que demonstram a fraqueza relativa na economia: faltam encomendas de bens duráveis, um fraco índice de gerentes de compras (PMI, o índice é baseado em cinco indicadores principais: novas encomendas, níveis de estoque, produção, entregas de fornecedores e do ambiente de trabalho) e uma fraca temporada de compras natalinas (embora as compras de última hora possam ter ajudado como ponto de partida para dar impulso aos varejistas).
“O consumidor médio tem demasiada dívida e o patrimônio líquido das famílias diminuiu”, disse Schiff. “Os salários reais são menores hoje do que eram há cinco anos. Acho que as pessoas estão superestimando o perfil do consumidor e a sua capacidade de gastar”.
Schiff também apontou indicadores menos notados, como “o declínio de 5 por cento nas vendas de bilheteria dos filmes”, para então retornar ao seu ponto de vista: “É tudo uma bolha que se parece com uma recuperação”.
Como os preços globais do petróleo estão caindo, muitos dos empregos bem remunerados da América vão evaporar, prevê Schiff, e a situação do emprego será triste.
“Os jovens não conseguem obter os empregos de tempo parcial, porque os seus avós ocupam estes postos de trabalho”, disse Schiff.
A previsão de Schiff: “As empresas compraram muito [uma preparação para a temporada de festas] e eles não vão estar comprando mais. Vai haver um monte de demissões a partir de janeiro”.
* Artigo traduzido por mim, link do original aqui: ‘It’s Gonna Be a Bloodbath’: Expert Reveals the Economic Defects Under the Government’s Numbers