Apesar de que os números divulgados pela China não são muito confiáveis, isso devido ao regime de governo, é muito provável que tais números sejam piores do que os apresentados oficialmente, mesmo assim a China, aos poucos, vai mostrando que os seus dados econômicos evidenciam cada vez mais uma crescente desaceleração de sua economia.
A última evidência vem agora pelo uso da energia elétrica que denota uma queda inédita. Esses sinais que vem da China nos últimos meses são péssimos para o mundo, em especial para o Brasil que possui dependência da exportação de commodities, principalmente para a China, movimento esse que no primeiro semestre mostrou uma forte queda e, com os últimos eventos, tudo parece sinalizar um segundo semestre muito pior. Ao que tudo indica, além da economia mundial enfraquecer, no Brasil esses efeitos serão ainda mais intensos do que os observados no primeiro semestre de 2015.
Segue o artigo traduzido:
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PEQUIM – O consumo de eletricidade da China, um importante indicador da atividade econômica, caiu 1,3 por cento no ano em julho, indo para 503,4 bilhões de quilowatts-hora (kWh), segundo anunciou a Administração Nacional de Energia nesta sexta-feira.Isso faz o consumo total de energia nos primeiros sete meses do ano para 3.166.800 milhões kwh, um aumento anual de 0,8 por cento no ano.
O consumo de energia em julho diminuiu em face ao mês anterior, pela primeira vez desde março, o que foi causado, principalmente, pela distorção do feriado.
De abril a junho, o crescimento do consumo nacional de electricidade aumentou, embora a taxa de crescimento ainda estava baixa.
Uso de energia subiram 1,8 por cento em termos homólogos para 472,3 bilhões de kWh em junho, um pouco acima de um aumento de 1,6 por cento em maio e um aumento de 1,3 por cento em abril.
Em julho, o consumo de energia em indústrias primárias subiu 7 por cento, enquanto que as indústrias secundárias registraram uma diminuição de 3,3 por cento e o uso pelo setor terciário cresceu 4,4 por cento.
Enquanto isso, o consumo de energia residencial cresceu 3,8 por cento, ano a ano.
O declínio no uso de energia em indústrias secundárias indicou que continuou a pressão descendente no setor industrial da China, disse Shan Baoguo, pesquisador do Instituto de Pesquisa de Energia State Grid.
O clima relativamente frio em julho, e a precipitação frequente no sul da China, agravaram uma atividade industrial morna, disse Shan.
A lenta procura externa e uma desaceleração nas exportações, o que arrastou para baixo a produção industrial, bem como os dados de alta-base registrados em julho passado, tudo isso resultou em um encolhimento do consumo de energia em julho, disse Jiang Yuan, analista do Bureau Nacional de Estatísticas.
Isto mostra também um ajustamento estrutural da economia e do consumo de energia da China, disse Jiang.
A economia da China registrou sete por cento de crescimento, ano a ano, no segundo trimestre de 2015, inalterada em face ao primeiro trimestre e a menor taxa de crescimento trimestral desde 2009.
China’s electricity consumption, an important indicator of economic activity, fell 1.3 percent year on year in July to 503.4 billion kilowatt hours (kwh).CHINADAILY.COM.CN|POR 刘铮
Fonte: Dionei Vieira – Apesar de que os números divulgados pela China não…