Tim Brown
Em uma recente entrevista para o portal WND, a ex-especialista do Oriente Médio da CIA, Clare Lopez, não apenas disse que Barack Obama tinha mudado de lado na guerra contra o terrorismo, mas também declarou abertamente que os EUA foram os que ajudaram a estabelecer a lei da xaria nas constituições do Iraque e do Afeganistão.
Como já tínhamos relatado antes, isso vai além de apenas um problema com a Al-Qaeda ou o ISIS. Como Pamela Geller apontou em março de 2010, ele sempre foi um pró-jihad, usurpador do gabinete da presidência.
“Em uma inversão impressionante e histórica da política externa norte-americana, os Estados Unidos estão agora apoiando um dos inimigos que eles mesmos combateram na Segunda Guerra Mundial”, escreveu ela. “Em vez de lutar contra o nazismo e o racismo, Obama tem efetivamente se unido à jihad que ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial pelo Mufti de Jerusalém, Haj Amin al-Husseini”.
Enquanto Clare Lopez declarava ao portal WND, “a guerra global contra o terror havia sido um esforço para ‘ficarem livres da xaria’, ou a lei Islâmica repressiva, até que o governo Obama começou a tomar o partido de grupos jihadistas, como a Irmandade Muçulmana e suas afiliadas”, mais tarde ela viria a apontar o dedo para o governo Bush, sem perceber.
Em resposta à precipitada retirada de Barack Obama, do Afeganistão e do Iraque, sabendo que o islamismo poderia dominar essas culturas, ela disse, “mas o governo dos EUA já tinha escrito as constituições desses países com base na lei da xaria, de modo que a atual dominação física definitiva já estava preparada com a fundação e precedentes legais“.
Então, quando foram estabelecidas essas constituições baseadas na lei da xaria? Elas não foram criadas no governo Obama, mas sob o governo Bush.
A Constituição do Afeganistão foi aprovada em janeiro de 2004 e assinada em 26 de janeiro de 2004 pelo atual Presidente Hamid Karzai. Ela claramente contém decisões compatíveis com a xaria quando a Constituição não aborda uma questão em particular. Essas decisões podem então apelar para a jurisprudência Hanafi (é uma das quatro correntes de direito Islâmico).
Quanto ao Iraque, a atual Constituição foi aprovada em outubro de 2005. Apesar da Constituição do Iraque conter uma seção em que fala do direito à liberdade de religião, ela também diz que o islamismo é a religião do Estado e que é a base para as leis do país. Além disso, ela afirma:
• Nenhuma lei pode ser promulgada que contradiga as provisões estabelecidas do Islã.
• Nenhuma lei pode ser promulgada que contradiga os princípios da democracia.
• Nenhuma lei pode ser promulgada que contradiga os direitos e liberdades fundamentais previstas na Constituição.
Com sorte, você vê o problema óbvio aqui. Desde que Maomé ensinou aos seus seguidores a matar os infiéis (todos os não-muçulmanos, especificamente cristãos e judeus), então como não contradizer-se, afirmando que as pessoas têm liberdade de religião e, ainda assim, a lei não pode contradizer a Constituição? O fato é que este não é o caso.
Eu não estou aqui para, absolutamente, defender o governo Bush em nada disso, mas eles foram os precursores para o que vemos vindo do governo Obama. Barack Obama está apenas intensificando o que Bush fez. Ele não mudou de lado. Ele sempre esteve do lado do islamismo, ponto final.
Enquanto Lopez dizia ao portal WND que o objetivo da guerra contra o terrorismo, após o 11 de setembro de 2001, era de derrotar o jihadismo no Oriente Médio e no mundo, permanece o fato de que Bush nunca chamaria o verdadeiro inimigo pelo nome. Ele nunca diria que estávamos em guerra com o islamismo. Ele dizia que estávamos em guerra com os que “sequestraram o islamismo.” Essas palavras são semelhantes aos termos de rendição conforme foram escritas pelo tenente-coronel Allen West em uma carta pouco antes de deixar o cargo.
O portal WND relatou que Lopez confirmou as minhas alegações de que não existe o “lado radical” do islamismo, apenas o islamismo.
“Acima de tudo, temos de reconhecer que o inimigo são forças supremacistas das jihad islâmicas”, disse Lopez ao portal WND. “Devemos nomear, reconhecer, enfrentar o inimigo como ele é — não como gostaríamos que ele fosse”.
Ela desdenhou da noção que os outros têm de dizer que o islamismo radical era uma “ideologia derrotada”.
“Ah, é? Que ideologia é essa? Uma de 1.400 anos de idade, que já fez picadinho de seis ou sete grandes impérios mundiais? É essa?”
Fazer “picadinho de seis ou sete grandes impérios mundiais,” é exatamente o que Walid Phares estava apontando em seu livro, Futuro Jihad. Os EUA estão fazendo exatamente a mesma coisa que os impérios do passado fizeram ao lutar contra os muçulmanos. Em última análise, esses impérios faliram e os islâmicos os superaram. Será que isso não se parece com algo que está acontecendo hoje?
Ela acrescentou: “Todo mundo espera que os EUA entrem em cena mais uma vez como um deus de salvações inesperadas e mirabolantes, por isso toda essa charada pode começar novamente. O sangue americano derramado e o gasto do tesouro americano, em meio ao clamor para os infiéis deixarem as terras muçulmanas, a fervente raiva muçulmana sobre o imperativo de atacar ‘o inimigo distante’ novamente, atingir o kuffar (não-muçulmano) em sua terra natal, mesmo enquanto o Califado consolida seu domínio e começa a governar como o Estado Islâmico afirma que tem que ser e, ao mesmo tempo, os domínio do xeiques que são mais ricos do que se pode imaginar estão, supostamente, mais ameaçados por esta horda ‘não-islâmica’ — e a hegemonia xiita emergente do Golfo Pérsico — reagem desinteressadamente, se tanto. O que está errado neste cenário?”.
Compreender a diferença entre sunitas ou xiitas não importa realmente. A questão é sempre o islamismo.
A Sra. Lopez também passou a dizer exatamente como Obama foi pegando essas coisas de Bush e agora implementa a “dominação física” de um dos lados.
“De muitas maneiras, a Al-Qaeda preparou o terreno para o Estado Islâmico”, disse ela. “A Al-Qaeda, que significa ‘a base’, fez o seu trabalho, que era de despertar as massas muçulmanas para estimular a ummah (comunidade muçulmana mundial) para agir contra os infiéis depois de um longo tempo. Ela gerou um ramo em expansão de franquias em todo o mundo, para não falar nos espaços virtuais da Internet. Ela fez o seu trabalho e agora pode ser substituída pelo [ISIS]. Nós veremos isso. ”
A infiltração da Irmandade Muçulmana em posições-chave no governo federal dos EUA também tem sido um problema sério. Da substituta-chefe de Hillary Clinton, Huma Abedin, até as muitas pessoas em altos níveis de segurança que aconselham Barack Obama, tais como Mohammad Elibiary, são pessoas que não têm os melhores interesses para os Estados Unidos em seu coração. Eles têm a sua destruição em mente.
Lopez achava impossível entender a persistente desculpa para o islamismo do atual governo americano, “mesmo em face de tais atrocidades como a decapitação de Foley”, complementa, “eles tomam o cuidado para assegurar ao mundo que eles não acham que o IS (ou o Estado Islâmico, também chamado ISIS) ou qualquer criminoso que fosse, tenha alguma coisa a ver com o islamismo. Como é possível eles acreditarem nisso genuinamente, quando tudo que esses jihadistas fazem leva diretamente para o texto literal do Alcorão, dos Hadiths e da Sharia?”.
Não é difícil de entender. Eles são seguidores e apoiadores do islamismo. Isso é o que a Irmandade Muçulmana tem avançado desde o início. Leia o que eles escreveram de próprio punho!
Embora eu desconsidere suas declarações de que o ex-presidente Egípcio Morsi não estava envolvido nos ataques em Benghazi, eu gosto da perspectiva dela em como lidar com a possibilidade da ameaça islâmica e mantenho esta opinião como se fosse minha:
“Se o [ISIS] faz um movimento contra os nossos parceiros regionais — Israel, Jordânia, os Curdos — nós os esmagamos, então vamos embora”, disse ela. “Se nós acharmos que o [ISIS] está tramando algo por si só ou em conjunto com um Estado-Nação, ou com outra organização terrorista sub-nacional, como o Hezbollah, mais uma vez — como o Irã fez com o Hezbollah e a Al-Qaeda — esmagamos a ambos, todos eles, em seguida vamos embora. Sem a (re)construção da nação. Eles que juntem seus pedaços, não nós”.
Em última análise, a nossa construção nacional que os EUA fizeram no Afeganistão e no Iraque [desde Bush] estava condenada desde o início porque os EUA deixaram a raíz do mal intacta. Se você quiser a verdadeira justiça, a verdadeira lei, a verdadeira paz e prosperidade, em uma terra, então arranque pela raíz o Alcorão e coloque os ensinamentos do Senhor Jesus Cristo. O General Douglas MacArthur, após a Segunda Guerra Mundial, pediu aos missionários cristãos para irem e ajudarem o Japão e a pregarem o Evangelho de Jesus Cristo. Os cristãos ignoraram amplamente esse pedido. E o que está acontecendo agora, os EUA têm medo de chamar o islamismo de inimigo e os americanos não estão dispostos a tal para arrancá-lo pela raíz de dentro de sua cultura e permitiram que as sementes fossem plantadas em nosso próprio quintal. Já é hora de os americanos começarem a confrontar os islamitas dentro dos EUA antes de se preocuparem com islamistas que estão a 13.000 quilômetros de distância.
Traduzido por mim do artigo da Fundação de Cultura Estratégica: Ex-CIA Agent: U.S. Established Shariah in Iraq and Afghanistan
Fonte: www.juliosevero.com