A recente decisão do Supremo Tribunal Americano sobre a redefinição do casamento sela o fim da era cristã na América como os fundadores protestantes nos EUA haviam imaginado.
Desde bem antes de 1776 até a segunda metade do século 20, os valores morais dos Estados Unidos foram enraizados na Bíblia e no seu Deus.
Ao contrário da Europa, que se definiu como exclusivamente cristã, a América se tornou a primeira sociedade judaico-cristã. Os fundadores americanos eram cristãos – quer teologicamente ou culturalmente – mas eles estavam enraizados nas Escrituras Hebraicas. Até mesmo os americanos que não poderiam afirmar a teologia cristã ou judaica tradicional afirmaram a centralidade de Deus com a ética. Americanos, desde os seus fundadores, entenderam que, sem Deus, não há nenhuma verdade moral – e assumiram que essas verdades eram para ser adquiridas a partir da Bíblia mais do que em qualquer outro lugar.
Começando com a proibição da Suprema Corte sobre a oração em escolas não denominacionais em 1962, a decisão do casamento do mesmo sexo tem, essencialmente, a completa secularização do estado na sociedade americana. Isso é uma coisa sobre a qual ambos, de direita e esquerda, religiosa e secular, podem concordar. Um lado pode se alegrar com o fato, e os outros podem chorar, mas é um fato.
E o que substituiu o judaísmo, o cristianismo, os valores judaico-cristãos e a Bíblia? A resposta é: SENTIMENTOS.
Mais e mais americanos confiam em sentimentos ao tomar decisões morais. A vontade do coração humano tomou o lugar dos princípios morais das Escrituras Sagradas de Deus.
Anos atrás, eu gravei uma entrevista com uma estudante de graduação sueca. Comecei perguntando-lhe se ela acreditava em Deus. Claro que não.
Será que ela acredita em religião? Claro que não.
“Onde, então, você começa a sua noção de certo e errado?”, Perguntei.
“Do meu coração”, ela respondeu.É por isso que cinco membros da Suprema Corte têm redefinido o casamento igualitário entre pessoas do mesmo sexo. Eles consultaram seus corações, suas vontades.
Isso é compreensível. Qualquer conservador religioso que não reconhece a perseguição histórica a homossexuais não pode entender que eles desejam casar-se, principalmente, devido a falta de compaixão.
Mas devemos ser honestos. Esta falta de compaixão é mais do que compensada pela mesquinhez expressa pelos defensores do casamento homossexual. Eles tornaram aqueles que acreditam que a instituição homem-mulher como essencial a família e o casamento tradicional, como o grupo mais retrógrado ou reacionário na América hoje.
É o coração – não a mente, e nem mesmo milênios de experiência humana, nem qualquer órgão secular ou religioso da sabedoria – que determinou que o casamento não deve mais ser definido como a união de um homem e uma mulher.
É do coração, não da mente, que concluiu que o gênero não tem nenhum significado. Essa é a essência do Brave New World ser levados a esse caminho. Pela primeira vez na história, sociedades inteiras estão anunciando que o gênero não tem nenhum significado. O casamento do mesmo sexo é, acima de tudo, a afirmação de que homens e mulheres não significam nada, são completamente intercambiáveis, e, sim, nem sequer existem objetivamente, porque você é apenas o sexo que você sente que você é. Isso explica o “T” em “LGBT”. O caso para o casamento do mesmo sexo é dependente da negação das diferenças sexuais.
É do coração, não da mente, que concluiu que tudo que uma criança precisa é ‘amor’, não um pai e uma mãe.
E é aí que reside um dos motivos que a noção de obediência a religião é tão rejeitada pela esquerda cultural. O Judaísmo e o cristianismo bíblico reprovam repetidamente que o coração humano seja como um guia moral. Além disso, a guerra para substituir Deus, os valores judaico-cristãos e a Bíblia como guias morais estão longe de terminar. O que isso leva?
Aqui estão três possíveis cenários:
1. Tornando-se cada vez mais como a Europa Ocidental, que mais ou menos criou as primeiras sociedades sem Deus e sem religião na história. Entre as consequências estão menos casamentos e nascimento de filhos.
2. Mais e mais ‘rejeição (?)’ – eventualmente a ‘proíbição’ – de judeus religiosos e cristãos, clérigos e instituições em se recusarem a realizar casamentos do mesmo sexo. Gerando um clima social de repúdio e desconfiança em relação as instituições fundamentadas na Bíblia.
3. Uma América cada vez mais guiada pelo coração das pessoas.
Se você confia na sua própria consciência e no coração humano, você deve se sentir confiante em relação ao futuro. Mas se você não confia nisso então você deve estar com medo do futuro. Valores judaico-cristãos fizeram da América, apesar de suas falhas, um mundo exclusivamente livre, democrático, próspero e a maior força para o bem no mundo. Sem esses valores fundamentais, tudo isso vai mudar.http://www.dennisprager.com/the-formal-end-to-judeo-christ…/
Tradução: Edward Davis
The U.S. Supreme Court’s ruling on the redefinition of marriage seals the end of America as the Founders envisioned it. From well before 1776 until the second…DENNISPRAGER.COM
Fonte: Dionei Vieira – O FIM DA ERA JUDAICO-CRISTÃ NA AMÉRICA A recente…