As Empresas Estão Cortando Empregos e Recomprando de Volta Ações ao Mesmo Tempo

Meu Comentário: Definitivamente vivemos tempos difíceis e perversos. Tenho acompanhado o mercado mundial, em especial o americano, pois o mesmo tem apresentado uma quantidade enorme de “maquiagens” de números e estatísticas ultimamente, mas eles sempre podem surpreender ainda mais. Esse truque de algumas empresas americanas ao fazerem recompra de ações para maquiarem  que estão tendo ganhos já era perceptível nesse ano de 2015 de uns meses para cá e isso é mesmo efetivo, pois consegue “segurar” o preço da ação para que não caia tanto, mas é um movimento artificial, neste artigo de julho já havia explanado um pouco sobre o truque, aqui: http://dcvcorp.com.br/?p=1714

Só que agora a coisa ganhou requintes de crueldade, explico, como recomprar ações para manter o valor da ação artificialmente requer dinheiro e o dinheiro vem a acabar, qual é a nova “onda” percebida agora para maquiar os resultados e “segurar” o preço das ações???  Resposta: Demissões!!!! É isso mesmo que você leu, algumas empresas estão demitindo vários funcionários e usando o dinheiro “economizado” pelas demissões para poder fazer recompra de ações e assim evitarem de que os preços das ações despenque, como deveria pela regra normal do jogo, mas quando se utiliza desse tipo perverso de subterfúgio, então a coisa é muito mais cruel no fim das contas! Esse mundo está ficando nojento e o mercado americano com suas maquiagens, manipulações, fraudes e mentiras está me dando nojo, não tenho passado e traduzido tudo que venho acompanhando, mas o que estão fazendo para segurarem a economia é de causar ânsia pela baixeza utilizada e o governo e grandes bancos, assim como o FED, são coniventes! Como dizem alguns analistas financeiros e economistas, Wall Street virou uma grande cena de crime! Puro asco!

Segue abaixo o artigo traduzido que mostra um pouco disso que vem ocorrendo.

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A Hewlett-Packard, Target e Schlumberger anunciaram as maiores demissões este ano, enquanto recompra de volta grandes quantidades de ações.

 

 

Como você se sentiria se a empresa que acaba de lhe demitir dissesse que estava gastando milhões de dólares, ou até bilhões, para comprar de volta as suas próprias ações?

Pelo menos você não vai se sentir solitário.

Empresas dos EUA anunciaram 205.759 demissões durante o terceiro trimestre, a maior desde o terceiro trimestre de 2009, logo após a Grande Recessão, de acordo com dados fornecidos pela empresa de recolocação Challenger, Gray & Christmas Inc. Em setembro, o número de demissões anunciadas foi quase o dobro do que era no mesmo período do ano passado.

Nesta sexta-feira, o Departamento de Trabalho divulgou um relatório de empregos de setembro que “cheira mal”.

Ao mesmo tempo, a recompra de ações anunciados por empresas norte-americanas durante o terceiro trimestre permanece em torno dos níveis mais altos de pelo menos a última década, de acordo com o provedor de dados Dealogic Ltd. Em setembro, as empresas autorizadas a fazerem recompras totalizaram US$243,4 bilhões, mais de sete vezes a quantidade anunciada no mesmo mês, um ano atrás, disse Dealogic.

Alguém pode pensar que essas ações corporativas são mutuamente exclusivas, mas como o gráfico acima mostra, muitas empresas estão fazendo as duas coisas. De fato, algumas empresas têm ainda anunciado cortes de empregos e recompra de ações no mesmo comunicado.

A Hewlett-Packard Co. HPQ, + 2,84%, fez o maior anúncio de cortes de emprego neste ano, segundo a Challenger, em 15 de setembro, quando ela disse que estava demitindo até 30.000 pessoas. No mesmo comunicado, indicou que poderia gastar US$ 700 milhões em recompras de ações no ano fiscal de 2016. A HP não quis comentar.

Nesta quinta-feira, Bebe Stores Inc. BEBE, + 7,53%, disse em um comunicado que vai despedir mais de 50 empregados, ou cerca de 2% de sua força de trabalho, para economizar cerca de US$ 4,8 milhões em um ano. No parágrafo seguinte, a Bebe disse que autorizou um programa de recompra de ações de US$ 5 milhões, que a preços correntes representam cerca de 6% das ações em circulação. A loja de vestuário e acessórios varejista para mulheres não respondeu a um pedido de comentário.

 

 

A indústria procura dizer que, muitas vezes, o dinheiro usado para a recompra de ações vem de lucros acumulados poupados no passado, enquanto que as demissões refletem as preocupações sobre as perspectivas futuras para o crescimento. Quando os tempos são difíceis, no entanto, é uma história diferente.

“Sempre que uma empresa está demitindo funcionários, algo não está indo do jeito que queriam que fosse”, disse o Dr. Michael McDonald, professor da Escola de Negócios Dolan da Universidade Fairfield, em uma entrevista por telefone com o MarketWatch.

Quando uma empresa está comprando de volta suas ações e despedindo pessoas enquanto o preço das ações está caindo, isso poderia ser visto como um movimento “defensivo”, disse ele.

As ações da HP despencaram 35% neste ano até aqui e as ações da Bebe despencou 52%. Isso se compara a uma queda de 5,2% no índice S&P 500. SPX, + 1,43%

 

 

 

“É um esforço para evitar que o preço das ações caia muito. Se o preço das ações continuar caindo, ele corta a capacidade da empresa para levantar capital no futuro”, disse McDonald. “Os acionistas poderiam estar tendo um pouco de consolo de que eles estão tentando alguma coisa”.

Quando a HP fez o anúncio após o fechamento do mercado em 15 de setembro, a ação subiu 5% no dia seguinte, antes de cair nas próximas oito sessões. Depois do anúncio da Bebe na quinta-feira, a ação subiu e foi além de 7,5% nesta sexta-feira, para fechar acima da marca de US$ 1 pela primeira vez desde 24 de setembro.

 

Fonte: Companies are cutting jobs and buying back stock at the same time – MarketWatch

 

Setembro – Para os que dizem que nada aconteceu … 

Um monte de gente esperava que algo grande viesse a acontecer em setembro e acham que, em última análise, nada aconteceu. Mas, sem dúvida, algumas coisas muito importantes aconteceram em setembro. Estamos testemunhando o colapso financeiro mundial mais significativo desde o final de 2008.

Todos os maiores mercados de ações do mundo estão caindo simultaneamente e, até agora, a quantidade de riqueza que tem sido dizimada em todo o mundo é superior a 5 trilhões de dólares [ 11 trilhões de dólares nos últimos 90 dias ]. Além das ações, os títulos de alto risco também estão caindo. recentemente o Bank of America disse que isso é como um “trem desgovernado em movimento lento que parece estar se acelerando” ( veja a declaração do banco aqui: http://www.zerohedge.com/…/bofa-issues-dramatic-junk-bond-m… ).

Graças à queda dos preços de commodities, muitos dos maiores comerciantes de commodities do planeta estão agora implodindo. A Glencore entrou numa espiral de morte. Nesta terça-feira, o preço das ações do maior operador de commodities na Ásia, o Grupo Noble, caiu como uma pedra e a gigante de comércio de commodities, a Trafigura, parece estar em pior forma do que a Glencore ou o Grupo Noble. O colapso total de qualquer um deles poderia facilmente ser um evento maior do que a implosão do Lehman Brothers em 2008.

Então, eu sinceramente não entendo a multidão de pessoas que diz que “nada está acontecendo”. É preciso muita ignorância em um nível quase inacreditável para tentar afirmar que “nada está acontecendo” no mundo financeiro no momento. E isso não é o fim do problema … é apenas o começo!

Mais detalhes neste artigo: http://theeconomiccollapseblog.com/…/this-is-for-the-nothin…

Fonte: Dionei Vieira – Um monte de gente esperava que algo grande viesse…

O Bilionário Investidor Carl Icahn Alerta: “PERIGO A FRENTE!”

Segundo declaração do bilionário investidor Carl Icahn, este é o destino para onde caminha a “festa” dos Títulos de Risco, Títulos de Alto Rendimento, ETFs e outros motivados pelas baixas taxas dos EUA …

Ao final ele declara que esse destino será tão ruim que fará as pessoas sentirem saudades dos tempos das crises passadas …

Infelizmente não dá para discordar, pois não há movimentos para nenhuma segunda via.

As declarações podem ser vistas no vídeo, por volta dos 12 minutos em diante, que foi disponibilizado em seu site oficial, aqui: http://carlicahn.com/

Fonte: Dionei Vieira – Fotos da Linha do Tempo

Os 28 bancos que controlam o dinheiro do mundo

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Livro aponta: oligarquia financeira subjugou bancos centrais, transferiu a Estados dívidas tóxicas e está prestes a provocar crise global ainda mais grave

François Morin, entrevistado por Vittorio De Filippis | Tradução: Inês Castilho

A transferência, para os Estados, das dívidas privadas tóxicas de 28 grandes bancos “sistêmicos”, durante a última crise financeira, explica as políticas de austeridade praticas na Europa.

Francesas, europeias ou norte-americanas, todas as autoridades bancárias asseguram: se o mundo viver uma nova crise financeira, comparável à de 2007-08, nem os Estados, nem os contribuintes vão pagar as consequências. É possível acreditar?

O economista François Morin, professor emérito da Universidade de Toulouse e membro do conselho do Banco Central francês, tem uma resposta categórica: não. Em L’Hydre Mondial [A Hidra mundial], um livro publicado em maio, e no qual ele menciona dados inéditos, Morin mostra como 28 bancos de porte mundial constituem um oligopólio totalmente distanciado do interesse público.

Para colocar os cidadãos a salvo de desastres financeiros futuros, o autor considera que é necessário destruir estes bancos, que ele compara a uma hidra, e resgatar a moeda para a esfera pública. Eis sua entrevista:

Como um punhado de bancos tomou a forma de uma hidra mundial?
Desde 2012, descobriu-se também que esses bancos muito grandes se entenderam entre si de forma fraudulenta a partir de meados dos anos 2000. A partir desse momento, esse oligopólio transformou-se numa hidra devastadora para a economia mundial.O processo é perfeitamente claro. Depois da liberalização da esfera financeira iniciada nos anos 1970 (taxas de câmbio e de juros definidas pelo mercado e não mais pelos Estados, e liberalização de movimento do capital), os mercados monetários e financeiros tornaram-se globais em meados dos anos 1990. Os maiores bancos tiveram então de adaptar a sua dimensão a esse novo espaço de intercâmbio, por meio de fusões e reestruturações. Reuniram-se as condições para o surgimento de um oligopólio em escala global. O processo assumiu rapidamente escala internacional e tornou-se gigantesco: o balanço total dos 28 bancos do oligopólio (50,341 trilhões de dólares) é superior, em 2012, à dívida pública global (48,957 trilhões de dólares)!

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Em que esses bancos são sistêmicos?

Estes 28 bancos foram declarados, acertadamente, “sistêmicos” pela reunião do G20 de Cannes, em 2011. A análise das causas da crise financeira da crise iniciada em 2007-2008 não podia deixar pairar qualquer dúvida sobre a responsabilidade desses bancos no desencadeamento do processo. Estão em causa os produtos financeiros “derivativos”, que espalharam-se na época e ainda continuam a ser difundidos em todo o mundo. Lembremo-nos de que estes derivativos são produtos que visam oferecer garantias a seus possuidores, em caso de dificuldades econômicas – e alguns deles têm caráter muito especulativo. Sua conversão em dinheiro pode tornar-se catastrófica, em caso de uma crise. No entanto, apenas 14 bancos com importância sistêmica “fabricam” estes produtos, cujo valor imaginário (o montante dos valores segurados) chega a 710 trilhões de dólares — ou seja, mais de 10 vezes o PIB mundial!

E você afirma que eles praticam acordos fraudulentos?

Múltiplas análises demonstraram que esses bancos ocupam posições dominantes sobre vários grandes mercados (de câmbio, de títulos de dívida e de produtos derivados). É característico de um oligopólio. Mas desde 2012, as autoridades judiciais dos Estados Unidos, britânicas e a Comissão Europeia aumentaram investigações e multas que demostram que muitos desses bancos – sobretudo onze entre eles (Bank of America, BNP-Paribas, Barclays, Citigroup, Crédit Suisse, Deutsche Bank, Goldman Sachs, HSBC, JP Morgan Chase, Royal Bank of Scotland, UBS) – montaram sistematicamente “acordos organizado em bandas”. A imposição de multas de muitos bilhões de dólares, contra a manipulação do mercado de câmbio ou da Libor [taxa de referência para juros interbancários, estabelecida em Londres], demonstra que esta prática existe.

O mundo está sentado sobre uma montanha de bombas-relógio financeiras montadas unicamente por este punhado de bancos?

Há várias evidências de muitas bolhas financeiras que podem estourar a qualquer momento. As bolha do mercado de ações só pode ser explicada pelas enormes injeções de liquidez, por parte dos bancos centrais. Mas, acima de tudo, há a bolha da dívida pública que atingiu todas as grandes economias. As dívidas privadas tóxicas do oligopólio bancário foram maciçamente transferidas para os Estados, na última crise financeira. Este superendividamento público, devido exclusivamente à crise e a esses bancos, explica as políticas de “rigor” e “austeridade” praticadas em cada vez mais países. Este superendividamento é a ameaça principal, como se vê na Grécia.

Regulação de derivativos – inclusive de crédito –, luta contra o “sistema bancário da sombra”, reforço dos fundos próprios, separação entre bancos de depósito e de investimento… não se pode dizer que nada foi feito para estabelecer algum controle sobre os bancos.

Vamos olhar mais de perto. O “sistema bancário sombra”, ou seja, o sistema financeiro não regulamentado, não pare de crescer – notadamente através do oligopólio bancário – para escapar das normas de supervisão e, em primeiro lugar, para negociar com derivativos. O reforço de capital próprio dos maiores bancos foi ridiculamente baixo. E em nenhuma legislação em vigor há uma verdadeira separação “patrimonial” das atividades bancárias. Em suma, o lobby bancário, muito organizado em escala internacional, tem sido eficaz, e o oligopólio pode continuar na mesma lógica financeira deletéria que praticava antes da crise.

Como os Estados tornaram-se reféns do oligopólio sistêmico que são os bancos?

Depois dos anos 1970, os Estados perderam toda a soberania monetária. Eles são responsáveis. A moeda agora é criada pelos bancos, na proporção de cerca de 90%, e pelos bancos centrais (em muitos países, independentes dos Estados) para os restantes 10%. Além disso, a gestão da moeda, através de seus dois preços fundamentais (as taxas de câmbio e taxas de juros) está inteiramente nas mãos do oligopólio bancário, que tem todas as condições para manipulá-los. Assim, os grandes bancos têm nas mãos as condições monetárias para o financiamento dos investimentos, mas sobretudo do para o financiamento dos déficits públicos. Os Estados não são apenas disciplinados pelos mercados, mas sobretudo reféns da hidra mundial.

Há portanto uma relação quase destrutiva desses bancos com relação aos Estados

Essa relação é, de fato, devastadora. Nossas democracias esvaziam-se progressivamente, em razão da redução (ou da ausência) de margem de manobra para a ação pública. Além disso, o oligopólio bancário deseja instrumentalizar os poderes dos Estados, para evitar eventuais regulações financeiras, ou limitar o peso das multas às quais deve fazer face quando é pego com a boca na botija. Quer evitar especialmente processos de repercussão pública.

Mas os bancos não permitem aos Estados financiar os déficits orçamentários?

Não devemos esperar que os bancos privados defendam interesses sociais! Os bancos veem primeiro os seus lucros, que eles podem realizar por meio de suas atividades financeiras particulares, ou de suas atividades especulativas. Seus gestores olham para os Estados como para qualquer outro ator econômico endividado. Medem os riscos e a rentabilidade de um investimento financeiro. As dívidas do Estado são vistas por eles como um ativo financeiro, tal como qualquer outro – que se compra ou se vende, e sobre o qual é igualmente permitido especular.

Na mitologia grega, Hércules é o encarregado deve matar a hidra. E em nosso mundo: onde está o Hércules capaz de matar a hidra bancária mundial?

Sobre isso, não há dúvidas. Nosso Hércules de amanhã será um ator coletivo, uma futura comunidade internacional, de legitimidade democrática incontestável, libertada de seus dogmas neoliberais, e suficientemente consciente de seus interesses de longo prazo para organizar o financiamento da atividade econômica mundial. Dito de outra forma, um ser ainda imaginário! Um primeiro passo seria dado, contudo, se um novo Bretton Woods fosse convocado para criar uma moeda comum em escala internacional, e não apenas no contexto das soberanias monetárias nacionais restauradas.

Você aposta na inteligência política?

Sim, certamente! Mas, sobretudo, aposto na inteligência dos cidadãos do nosso planeta. As redes sociais podem ser instrumentos formidáveis para criar esta inteligência política, de que temos extrema necessidade hoje.

Estariamos caminhando para um desastre de escala sem precedentes?

Ele está diante de nós. Todas as condições estão maduras para um novo terremoto financeiro ocorrer, quando os Estados estão exangues. Ele será ainda mais grave do que o precedente. Ninguém pode desejá-lo, porque seus efeitos econômicos e financeiros serão desastrosos e suas consequências políticas e sociais podem ser dramáticas. Podemos vê-los na Grécia. Urgência democrática e lucidez política tornaram-se indispensáveis e urgentes.

Os bancos estão todos podres? As finanças, necessariamente perversas?

Quando um oligopólio superpoderoso administra o dinheiro como um bem privado, não podemos ser surpreendidos pela lógica financeira que resulta daí. Os bancos buscam metas de lucro, com a tentação recorrente, entre os maiores, de fazer acordos oligopolistas. A hidra bancária nasceu há cerca de dez anos, e já tomou conta de todo o planeta. O confronto de poderes, entre bancos avassaladores e poderes políticos enfraquecidos, parece agora inevitável. Um resultado positivo desta luta – a priori desigual – só pode ocorrer por meio mobilização de cidadãos que estejam plenamente conscientes do que está em jogo.

Fonte: Os 28 bancos que controlam o dinheiro do mundo

Gráficos da Velocidade do Dinheiro (M1, M2 e MZM) nos EUA desde 1959 até Abril de 2015

A velocidade do dinheiro é a freqüência com que uma unidade de moeda é utilizada para adquirir bens e serviços produzidos domesticamente – dentro de um determinado período de tempo. Em outras palavras, é o número de vezes que um dólar é gasto para comprar bens e serviços por unidade de tempo. Se a velocidade do dinheiro está aumentando, em seguida, mais transações estão ocorrendo entre os indivíduos em uma economia.

A freqüência de troca de moeda pode ser usado para determinar a velocidade de um determinado componente da oferta de dinheiro, fornecendo algumas dicas sobre se os consumidores e as empresas que poupam ou gastam seu dinheiro. Existem vários componentes da oferta de moeda: M1, M2 e MZM (M3 não é monitorado pelo Federal Reserve); estes componentes são dispostos sobre um espectro mais amplo para um mais reduzido. Considere M1, o componente mais reduzido. M1 é a oferta de moeda da circulação monetária (notas e moedas, cheques de viagem [emissores não bancários], depósitos por demanda e depósitos à vista). A velocidade de diminuição da M1 pode indicar que menos transações de consumo de curto prazo estão ocorrendo. Podemos pensar em transações de mais curto prazo como o consumo que venham a ser feitos em uma base diária.

O componente mais abrangente M2 inclui o M1, aumentando o espectro para além de depósitos de poupança, certificados de depósito (menos de US$ 100.000), e depósitos no mercado monetário para os indivíduos. Comparando as velocidades do M1 e do M2, isso fornece alguns insights sobre a rapidez com que a economia está gastando e o quão rápido ela está poupando.

O MZM (dinheiro com maturidade zero) é o componente mais amplo e consiste na oferta de ativos financeiros resgatáveis ao seu pedido: Notas e moedas em circulação, cheques de viagem (emissores não bancários), depósitos de demanda, outros depósitos à vista, depósitos de poupança, e todos os fundos do mercado monetário. A velocidade de MZM ajuda a determinar quantas vezes os ativos financeiros estão mudando de mãos dentro da economia.

Observando essas informações e os gráficos compartilhados, você pode perceber que claramente os mesmos não denotam uma economia em “franca recuperação” como é tão propagandeado pela mídia, mas sim justamente o contrário. Os sinais já estão aparecendo, pois o mercado vem degradando desde o início de 2015 e muitos efeitos podems ser percebidos, como é o caso dos mais de 2000 pontos que o Dow Jones perdeu desde o seu pico, sem falar nas tendências recentes e perigosas observadas no S&P 500.

Fonte: Dionei Vieira – Gráficos da velocidade do dinheiro (M1, M2 e MZM)…

Em um Quarto de Século, o Dinheiro Nunca Tinha Batido Ações e Títulos [nos EUA] – Até Agora

 

O dinheiro está no caminho este ano para superar as ações e os títulos, algo que não acontecia desde 1990, de acordo com o Bank of America Merrill Lynch. E tudo isso poderia ser para baixo, para a noção de que a liquidez alimentada pelo banco central atingiu o pico.

Os retornos ano-a-ano anualizados são negativos em 6% para as ações globais e negativa de 2,9% para os títulos públicos globais, de acordo com analistas, liderados por Michael Hartnett, em uma nota desta sexta-feira. O dólar está acima de 6% e as commodities estão em baixa de 17%, enquanto o dinheiro está na horizontal.

Aqui está o que isso tem a ver com a história da liquidez:

[ A Flexibilização quantitativa (QE) ] & as taxas zero reflacionam os ativos financeiros de forma significativa. Os únicos ativos que o QE não reflacionaram eram o dinheiro, a volatilidade, o dólar norte-americano e os bancos. O dinheiro, a volatilidade e o dólar norte-americano estão todos superando em muito neste ano de 2015, o que denota que os mercados foram obrigados a descontar o pico da liquidez global pelos fundos mais elevados do Fed. As frequentes quedas [falhas] do (petróleo, UST, CHF, bunds, SPX) contam a mesma história. Pico da liquidez = pico de retornos em excesso = alta em volatilidade.

A nota fala sobre o que se tornou um tema muito importante para os investidores. Enquanto o Banco do Japão e o Banco Central Europeu continuam a fornecer alívio quantitativo, o Fed parou com suas compras de ativos e está se movendo para levantar taxas perto do zero, assim como o Banco da Inglaterra. A noção é de que a liquidez atingiu o pico e os mercados financeiros agora devem se ajustar a essa nova dinâmica.

Na verdade, o bilionário investidor de fundos de hedge, David Tepper, no início deste mês argumentou que a China e outros bancos centrais de mercados emergentes derramaram reservas cambiais, a liquidez não está mais fluindo em uma direção, tornando as condições mais voláteis.

Voltando para a nota. Os estrategistas observaram que setembro foi marcado principalmente por um tema, avessos aos risco (“risk-off”) em todos os mercados.

Não é tudo desgraça e melancolia, no entanto. Embora seja “de repente impossível encontrar um mercado em crescimento” (ver gráfico abaixo), há algumas notas positivas, segundo eles, incluindo a observação de que “títulos e mercados de crédito não estão fazendo nada de estranho neste momento”, disseram eles. Em caso de um “verdadeiro fracasso quantitativo”, a queda dos preços das ações seria acompanhado pela queda dos preços de crédito e um aumento de rendibilidade dos títulos. Além disso, os mercados da habitação, o mercado de trabalho e os empréstimos bancários não reverteram sua recuperação recente e os números globais de lucro por ação já vimos ter uma queda acentuada, caindo 9,6% do pico ao patamar atual.

 

 

Então, o que seria necessário para fazer reviver o sentimento de risco aceitável (“risk-on”)? Os estrategistas, que recentemente baixaram a sua meta de fim de ano para o S&P 500 SPX, -0,09% a 2.100 de 2200, disseram que uma defesa bem sucedida de 1850 seria positivo. “Em um mundo sem convicção, os investidores buscam consolo em tecnicalidades e SPX baixos que defendem ser tão importantes enquanto eles ganhem agora”, eles escreveram.

Além disso, o petróleo deve evitar definir novas baixas, disseram. Outros pontos positivos que incluem os aumentos da taxa de mercados emergentes e reformas que permitam que as moedas dos mercados emergentes para crescerem; melhorando o crescimento das exportações da China, o que eliminaria o risco de uma maior desvalorização do yuan; e a capacidade dos investidores individuais para continuar a ver o recente preço da ação como uma correção de atraso, em vez de o início de um mercado de queda.

E, finalmente, há a necessidade de resiliência da demanda doméstica dos EUA, “porque a melhor narrativa por ativos de risco nos próximas 3o ao 4o trimestre é ainda ter maior crescimento / taxas mais elevadas”, disseram eles.

Fonte: In a quarter century, cash had never beaten stocks, bonds—until now – MarketWatch

 

 

Os Mercados de Bolsa das 10 Maiores Economias Globais estão Todas Caindo

Meu Comentário: eu vejo as pessoas tonteadas pelo volume de problemas que abarcam o Brasil, em todas as áreas, que acabam ficando inertes para tudo o que acontece e, pior, grande parte delas não percebe o que está ocorrendo fora de nosso país e que sinaliza que tudo pode vir a ser muito, muito pior. Eu acho que é justamente por isso que elas preferem ignorar o que acontece, pois a realidade por ser dura demais faz as pessoas preferirem a indiferença como meio de vida para suportar as mazelas do dia-a-dia e do cenário negro que se desenha.

Infelizmente, esconder a cabeça no buraco como um “avestruz-humano” não elimina o problema, na verdade, acaba por fazê-lo ainda maior. É justamente o fato de saber com maior precisão o que acontece, que isso permitirá que as pessoas tomem as medidas certas e necessárias, mesmo que sejam duras e amargas. Temos de conhecer o tamanho do problema e agir na medida necessária antes que isso se torne ainda pior, mas infelizmente para isso funcionar é necessário um volume de indivíduos grande o suficiente para que se alcance um número coletivo de pessoas que possa vir a mudar o cenário e nós estamos bem longe de alcançar sequer uma fração desse número.

Muitos achavam que o Shemitah em 2015 teria seu auge em 14 de setembro, mas quem estudou o Shemitah ao longo da história como eu fiz e observou os padrões desde o ano Shemitah de 1881, já poderia perceber que desde que este último ano Shemitah começou em 25 de setembro de 2014, a economia mundial teve uma mudança, uma guinada em seu sentido, e isso vem crescendo globalmente e irá se estender muito além do fim do Shemitah que ocorreu em 14 de setembro de 2015, pois os efeitos podem ser percebidos globalmente num sentido de degradação da economia global, e isso também ocorreu em vários outros ciclos Shemitah recentes e mais antigos. O artigo traduzido abaixo nos dá uma amostra do estrago que vem ocorrendo.

 

Globe Interconnectedness

 

por Michael Snyder,

Você poderia pensar que a queda simultânea de todos os maiores mercados de ações ao redor do mundo seriam uma notícia enorme. Mas até agora a grande mídia nos Estados Unidos [ e o Brasil idem ] tratam isso como se não fosse realmente uma grande coisa. Ao longo dos últimos sessenta dias, temos presenciado o declínio mais significativo no mercado de ações global desde o outono de 2008 e, no entanto, a maioria das pessoas ainda parecem pensar que isto é apenas um temporário “solavanco na estrada” e que o mercado de crescimento em breve voltará. Esperemos que eles estejam certos.

Quando o Dow Jones Industrial Average caiu 777 pontos em 29 de setembro de 2008, todos ficaram apavorados, e com razão. Mas um crash [ queda ] do mercado de ações não tem de ser limitado a um único dia. Desde o pico do mercado no início deste ano, o Dow caiu quase três vezes mais do que aquele crash de 777 pontos em 2008. Ao longo dos últimos sessenta dias, vimos o oitavo maior crash em um único dia da bolsa na história dos EUA e o décimo maior crash em um único dia da bolsa na história dos EUA. Você acharia que isso seria o suficiente para acordar as pessoas, mas a maioria dos americanos ainda não parecem muito alarmados. E, claro, o que aconteceu com as ações dos EUA até agora é bastante leve em relação ao que vem acontecendo no resto do mundo.

Neste momento, a riqueza do mercado de ações está sendo dizimada por todo o planeta, e nenhuma das maiores economias globais têm estado isentos disto. O que se segue é um resumo do que vimos nos últimos dias:

#1 Os Estados Unidos – O Dow Jones Industrial Average caiu mais de 2.000 pontos desde o pico do mercado. No mês passado, vimos as ações diminuírem em mais de 500 pontos em dias consecutivos de negociação, pela primeira vez, e não tem havido tanta turbulência nos mercados dos Estados Unidos desde o outono de 2008.

#2 China – O índice Shanghai Composite caiu quase 40 por cento desde que atingiu um pico no início deste ano. A economia chinesa está a abrandar de forma constante, e acabamos de saber que o índice de manufatura da China atingiu uma baixa de 78 meses.

#3 Japan – O Nikkei experimentou movimentos extremamente violentos recentemente, e agora está abaixo de mais de 3000 pontos em relação ao pico que foi atingido no início de 2015. A economia japonesa e o sistema financeiro japonês são dois casos perdidos neste ponto, e não vai demorar muito para empurrar o Japão para um colapso financeiro completo.

#4 Alemanha – Quase um quarto do valor das ações alemãs já foi eliminada, e este crash ameaça ficar muito pior. O escândalo das emissões da Volkswagen está fazendo as manchetes em todo o mundo, e não se esqueça de prestar atenção para o enorme problema no maior banco da Alemanha [ o Deutsche Bank ].

#5 O Reino Unido – As ações britânicas caíram cerca de 16 por cento desde o pico do mercado e a economia do Reino Unido está definitivamente em terreno movediço.

#6 França – As ações francesas caíram quase 18 por cento, e tornou-se extremamente evidente que a França está no exato mesmo caminho que a Grécia já tem trilhado para baixo.

#7 Brasil – O Brasil é o epicentro da crise financeira Sul-Americana de 2015. As ações no Brasil despencaram mais de 12.000 pontos desde o pico e a nação já entrou oficialmente em uma nova recessão.

#8 Itália – Observe a Itália. As ações italianas já estão abaixo de 15 por cento, e olhe para a economia italiana, pois irá se tornar uma das grandes manchetes nos próximos meses.

#9 Índia – As ações na Índia caíram agora perto de 4.000 pontos e os analistas estão profundamente preocupados com esta grande nação exportadora enquanto o comércio global continua a se contrair.

#10 Rússia – Apesar da queda do preço do petróleo, a Rússia está um pouco melhor do que quase todos os outros nesta lista [ em relação ao mercado de ações ]. As ações russas caíram cerca de 10 por cento até agora, e se o preço do petróleo se mantiver nesta baixa, o sistema financeiro russo continuará a sofrer.

O que estamos testemunhando agora é a continuação de um ciclo de crises financeiras que tem acontecido a cada sete anos. O que se segue é um resumo de como este ciclo tem ocorrido ao longo dos últimos 50 anos:

  • Começando em 1966, com uma queda de 20 por cento do mercado de ações.
  • Sete anos mais tarde, o mercado perdeu mais de 45 por cento (1973-1974).
  • Sete anos mais tarde foi o início da “forte recessão” (1980).
  • Sete anos mais tarde foi o crash da segunda-feira negra de 1987.
  • Sete anos mais tarde foi o crash de 1994 do mercado de títulos.
  • Sete anos mais tarde foi o 11/9 e o colapso da bolha de tecnologia em 2001.
  • Sete anos mais tarde foi o colapso financeiro global de 2008.
  • Agora em 2015: Qual é o próximo?

Um monte de pessoas estavam esperando algo “grande” para acontecer em 14 de setembro e ficaram desapontados quando nada aconteceu.

Mas a verdade é que isso nunca foi sobre a observância em um dia específico. Nos últimos sessenta dias temos visto absolutamente coisas extraordinárias acontecendo em todo o planeta, e ainda assim algumas pessoas sequer não estão prestando atenção porque isso não satisfaz as suas noções preconcebidas de como os eventos devem ocorrer.

E isto é apenas o começo. Nós não temos sequer chegado à grande crise de derivativos que ainda está vindo. Todas estas coisas vão levar tempo para se desdobrar plenamente.

Um monte de pessoas que escrevem sobre o “colapso econômico” falam sobre isso e sobre como ele vai ser algum tipo de “evento” que vai acontecer em um dia ou em uma semana e depois vamos nos recuperar.

Bem, isso não vai ser assim.

Você precisa estar pronto para suportar uma crise muito, muito longa. O sofrimento que está chegando a esta nação [ EUA ] está além do que a maioria de nós poderia imaginar.

Mesmo agora estamos vendo os primeiros sinais disso. Por exemplo, o prefeito de Los Angeles, diz que o crescimento dos sem-teto em sua cidade ficou tão ruim que isso agora se tornou “uma emergência“:

Na terça-feira, as autoridades de Los Angeles anunciaram p problema dos sem-teto da cidade e isso tornou-se uma emergência, e propôs atribuição US$ 100 milhões para ajudar o abrigo da cidade sobre o massivo e crescente número de população indigente.

O prefeito de Los Angeles, Eric Garcetti, também emitiu uma diretiva na segunda-feira à noite para a cidade liberar US$ 13 milhões para ajudar as 26.000 pessoas que estão vivendo nas ruas da cidade.

De acordo com o Los Angeles Homeless Services Authority, o número de acampamentos e pessoas que vivem em veículos aumentou em 85% nos últimos dois anos.

E nos últimos anos temos visto a pobreza explodir absolutamente em todo o país. As “linhas de pão” da Grande Depressão foram substituídas por cartões EBT, e há uma possibilidade de que uma paralisação do governo em outubro poderia “suspender ou atrasar os pagamentos do vale-refeição“:

A paralisação do governo em 01 de outubro poderia imediatamente suspender ou atrasar os pagamentos do vale-refeição para alguns dos 46 milhões de americanos que recebem ajuda alimentar.

O Departamento de Agricultura disse na terça-feira que vai parar de fornecer benefícios no início do mês de Outubro se o Congresso não aprovar uma legislação para manter as agências governamentais abertas.

“Se o Congresso não agir para evitar um lapso de dotações, então a USDA não terá o financiamento necessário para os benefícios SNAP em outubro e será forçado a parar de fornecer benefícios dentro dos primeiros dias de outubro”, disse Catherine Cochran, porta-voz da USDA. “Uma vez que isso ocorrer, as famílias não serão capazes de usar esses benefícios em supermercados para comprar a comida que suas famílias precisam”.

Apenas nos EUA, há dezenas de milhões de pessoas que não poderiam sobreviver sem a ajuda do governo federal, e mais pessoas estão saindo fora da classe média a cada dia.

A nossa economia já está caindo aos pedaços ao nosso redor, e agora outra grande crise financeira começou.

Quando será que essa multidão do “nada está acontecendo” finalmente acordar?

Espero que seja antes que eles estejam sentados na rua implorando por trocados para alimentar as suas famílias.

Fonte: The Stock Markets Of The 10 Largest Global Economies Are All Crashing