“O fato do Irã ter capacidade ICBM e a sua proximidade com armas nucleares exige que o Irã seja considerado como uma nação capaz de lançar mísseis nucleares”.
por Ryan Mauro,
Um míssil iraniano é disparado. |
Quatro especialistas nucleares proeminentes tem determinado que o Irã é agora uma “nação nuclear funcional” com capacidade de lançar mísseis balísticos internacionais que podem atingir os EUA. O artigo, escrito por eles, veio com o lançamento, feito pelo Irã, de um satélite para o espaço; uma ação muitas vezes vista como uma fachada para testes de mísseis. Novas fotos aéreas também descobriram um míssil de longo alcance e um lançador no Irã, que podem ameaçar a Europa.
“O fato do Irã ter capacidade ICBM (Míssil Balístico Intercontinental) e a sua proximidade com armas nucleares exige que o Irã seja considerado como uma nação capaz de lançar mísseis nucleares – e como uma ameaça para todo o mundo – agora”, escrevem eles.
Os quatro especialistas são:
- Embaixador Henry F. Cooper, ex-diretor da Iniciativa de Defesa Estratégica;
- Fritz Ermarth, ex-presidente do Conselho Nacional de Inteligência;
- Dr. William Graham, presidente da Comissão do Congresso sobre EMP (Pulso Eletromagnético);
- Dr. Peter Vincent Pry, diretor-executivo do Grupo de Trabalho sobre Segurança Interna Nacional e para o Congressional Caucus sobre EMP (Pulso Eletromagnético) e diretor do Fórum de Estratégias Nucleares dos EUA.
No artigo, os quatro especialistas “observam que o ex-diretor-geral adjunto da AIEA, Olli Heinonen, disse em 20 de janeiro que o Irã pode agora construir uma arma nuclear em menos de duas ou três semanas. A AIEA afirma que o Irã ainda não concede acesso completo aos inspetores nas instalações suspeitas ou na abordagem das evidências de desenvolvimento de armas secretas.
A agência também admite que não pode confiar na transparência dos iranianos. Um dos seus relatórios diz: “A Agência não está em condições de fornecer garantias críveis sobre a ausência de material nuclear não declarado e de suas atividades no Irã e, portanto, concluir que todo o material nuclear no Irã está sendo usado em atividades pacíficas”.
Uma vez que o Irã consegue ter uma arma nuclear, ele precisa de um míssil balístico com uma ogiva de tamanho adequado. Os esforços do Irã neste sentido continuam existindo porque seu programa de mísseis não é coberto pelo acordo provisório com os EUA e também não aborda o trabalho terceirizado para a Coréia do Norte e a Síria.
Os especialistas afirmam que o Irã lançou, com sucesso, satélites ao espaço que pesam mais de uma tonelada; a capacidade necessária para o lançamento de um ICBM (Míssil Balístico Intercontinental) carregado com uma ogiva nuclear. Eles observam que os satélites do Irã estão orbitando ao longo do trajeto do sul, o que pode iludir os sistemas de detecção de mísseis e de defesa norte-americanos.
O lançamento do satélite, que ocorreu no dia 02 de janeiro, é o primeiro desde 2012 e o quarto no geral. Ele foi feito para comemorar o aniversário da queda do Xá; uma forma bastante mansa de comemorar uma vitória, se o lançamento fosse realmente apenas para se tirarem belas fotos.
Se o Irã tem a capacidade de produzir o urânio altamente enriquecido necessário para o “combustível” de uma bomba nuclear, bem como a tecnologia ICBM (Míssil Balístico Intercontinental), então do que mais necessita?
Ele precisa de uma ogiva miniaturizada que pode caber no ICBM (Míssil Balístico Intercontinental). O Dr. Peter Vincent Pry disse ao ‘Project Clarion’ que não sabemos ao certo se o Irã tem feito isso, mas “a construção de um míssil multi-estágio, capaz de lançar satélites em órbita que pesam mais de uma tonelada é um desafio tecnológico maior do que a miniaturização da ogiva”.
O Irã conseguiu fazer ogivas não nucleares para os seus outros mísseis balísticos de modo que os conceitos gerais foram dominados. A AIEA confirma que tem evidência sólida de que o Irã tem trabalhado em ogivas nucleares para os seus mísseis e as suas negativas carecem de credibilidade.
O Irã tem projetos para uma ogiva nuclear e tem feito testes relacionados. Em 2003, o Irã realizou pelo menos um grande teste de explosivos necessários para uma ogiva. O Irã também é suspeito de pesquisar como construir o compartimento de combustível nuclear de uma ogiva em 2008-2009.
Além disso, a Coréia do Sul acredita que a Coréia do Norte tem quase dominado a capacidade de miniaturizar ogivas nucleares; uma capacidade que, inevitavelmente, será passado para os iranianos. O comandante das forças americanas na Coréia do Sul é da opinião de que a Coréia do Norte já concluiu esta etapa.
O Irã também precisa desenvolver os mecanismos de gatilho nuclear para provocar uma detonação. A AIEA sabe que o Irã tem trabalhado na tecnologia de implosão nuclear, incluindo testar os iniciadores de nêutrons que começam uma explosão.
O Dr. Pry enfatizou ao ‘Project Clarion’ que os EUA construíram armas nucleares de forma relativamente rápida, mais de 50 anos atrás. O Irã também tem tentando desenvolver armas nucleares há décadas e tem a vantagem de ter quantidades maciças dessa ciência acessível ao público, o mercado negro e a ajuda significativa de parceiros com armas nucleares.
“Além disso, Reza Kahlili, o único agente da CIA que já penetrou na ala científica dos Guardas Revolucionários Iranianos, noticiou amplamente que o Irã recebeu armas nucleares táticas da Rússia e que o Irã está construindo armas nucleares em instalações subterrâneas, que são inacessíveis à AIEA”, disse Pry.
Ele continuou: “Diante de tudo isso, parece extremamente improvável que o Irã não tenha sido capaz de realizar, em mais de 20 anos, o que os EUA alcançaram durante a Segunda Guerra Mundial em apenas três anos. A preponderância de evidências indica que o Irã provavelmente já tem armas nucleares”.
Haverá aqueles que minimizam a ameaça ao assumir que um ataque nuclear iraniano faria dano muito limitado e é um evento improvável por causa da capacidade de retaliação dos Estados Unidos. Essas vozes não estão familiarizados com o que é chamado de “EMP”; a sigla para Pulso Eletromagnético.
A ameaça nuclear EMP (Pulso Eletromagnético) é discutido no documentário do ‘Project Clarion’, Iranium (veja trailer aqui). Você também pode assistir a um webinar global com o Dr. Pry aqui e minha entrevista por escrito com o Dr. Pry aqui.
A premissa básica de um ataque nuclear EMP (Pulso Eletromagnético) é que um país poderia detonar uma ou duas armas nucleares em algum lugar entre 25 e 300 quilômetros acima dos EUA e jogar o país de volta à Idade da Pedra, em um instante, através da destruição dos equipamentos elétricos do país. A Comissão para Ameaça EMP (Pulso Eletromagnético), sancionada pelo governo, verificou a ciência por trás dessa ameaça e estimou que a maioria dos americanos pereceriam se houvesse um ataque bem sucedido.
O regime iraniano foi visto, aparentemente, simulando um ataque EMP (Pulso Eletromagnético), disparando mísseis a partir de um navio transoceânico médio. E, como os quatro especialistas mencionaram, o depoimento ao Congresso de dezembro de 2014 revelou que um documento oficial militar iraniano mencionou a eficácia deste tipo de ataque, pelo menos 20 vezes e, especificamente, falou sobre como usá-lo contra os EUA
Um relatório do Departamento de Segurança Interna adverte que a Coréia do Norte também é capaz de um ataque EMP (Pulso Eletromagnético) na América. O Dr. Pry diz que a Coréia do Norte pode estar testando uma arma “super-EMP”, baseado na experiência russa.
Os especialistas estão pedindo ao Congresso que passem duas peças legislativas: A lei SHIELD e a Lei de Proteção de Infraestruturas Críticas.
A lei SHIELD iria proteger a infra-estrutura americana em caso de um incidente EMP (Pulso Eletromagnético), como um ataque nuclear EMP (Pulso Eletromagnético) deliberado ou uma grande tempestade geomagnética de uma explosão solar. Estima-se que os 300 transformadores mais críticos pode ser protegidos contra um ataque EMP ao custo de US$ 100 a 200 milhões. Os 1.000 maiores transformadores podem ser protegidos ao custo de US$ 500 milhões. Proteger a malha elétrica inteira exigiria um orçamento de cerca de US$ 2 bilhões.
A Lei de Proteção de infra-estrutura crítica acrescenta um incidente EMP (Pulso Eletromagnético) como parte do Cenário de Planejamento Nacional, a preparação dos serviços de governo e de emergência em todo o país para essa possibilidade. Isto iria educar os trabalhadores e torná-los prontos para responder se esse desastre viesse a ocorrer.
Os especialistas também estão aconselhando o governo dos EUA para atualizarem seu arsenal de armas nucleares para dissuadir os inimigos, expandir a cobertura do sistema de Defesa Nacional contra Mísseis e incentivar secretamente uma revolução dentro do Irã para derrubar o regime.
Os americanos precisam dizer aos seus congressistas que se preocupem com esta questão e apoiem vigorosamente essas iniciativas. Os principais doadores para candidatos devem ser educados. Os presidenciáveis devem ser questionados sobre a ameaça em fóruns públicos com câmeras de rolamento.
A ameaça EMP (Pulso Eletromagnético) deve tornar-se uma questão importante no circuito eleitoral de 2016. Uma vez que o público compreenda esse problema, as situações relacionadas com o programa nuclear iraniano serão vistos com uma nova abordagem, mais urgente.
* Artigo traduzido por mim, link do original aqui: Four Top Experts Declare Iran ‘Nuclear-Ready State’