Meu Comentário: Este artigo é a reprodução de um dos vários artigos escritos por Martin Armstrong que desenvolveu a tese de que 26 anos a partir de 1985 e do nascimento do G5, no Plaza Accord, se marcaria o início do declínio econômico, isso gerou a meta de 2011 – o romper da queda. No entanto, a meta do Grande Colapso seria 31,4 anos a partir do Plaza Accord. O que nos leva próximo de 2016. Martin Armstrong estudou economia e desenvolveu vários modelos econômicos usando conceitos de inteligência artificial para montar modelos que pudessem prever os ciclos de colapsos da economia, aproveitando os dados históricos desde os anos 1800. Dessa forma ele montou um elaborado modelo que aponta, curiosamente, para um colapso financeiro global de enormes proporções para ter início por volta de outubro de 2015, o que é curioso, visto que é próximo ao fim do ano judaico Shemitáh atual que termina no meio de setembro deste ano. Aconselho a quem entende o Inglês e deseja se aprofundar nos conceitos que Martin Armstrong coloca, que busque o link original do artigo e aventure-se nos demais artigos de seu blog, onde ele faz vários detalhamentos sobre esse assunto com mais dados e estatísticas.
por Martin Armstrong,
Os banqueiros do Trading Money Center de Nova York fizeram um trabalho brilhante junto aos formuladores de políticas, bancos centrais e economistas de que o caminho para estabilizar a economia mundial era de securitizar tudo. Isto combinado com o que chamaram de “modelo de originar e distribuir” levaria à-terra prometida em finanças. Na verdade, a intermediação financeira mudou drasticamente nas últimas duas décadas, enquanto os bancos mudaram o modelo histórico bancário. O novo modelo adaptado pelos bancos tem realmente partido do modelo de relacionamento de longa data em que os bancos canalizavam fundos entre credores e devedores para construir a economia. No sistema bancário selvagem de hoje, uma mudança importante ocorreu na forma como os bancos oferecem crédito para empresas e isso alterou tudo. Os bancos têm substituído o tradicional modelo originado para depósito em que historicamente se originaram os empréstimos e os mantinham em seus balanços até o vencimento. Para isso era necessário conhecer o seu cliente e, aliás, era o que eu chamo de “Relacionamento Bancário”. Ao longo do tempo, no entanto, cada vez mais os bancos começaram a distribuir os empréstimos que deram origem a um estabelecimento bancário mais transacional conhecido como modelo originado para distribuição. Com esta mudança, os bancos limitaram o crescimento de seus balanços, mas mantiveram um papel fundamental na criação de empréstimos corporativos, e o processo contribuiu para o crescimento dos intermediários financeiros não bancários. Por isso, tudo se tornou o modelo de securitização que realmente inspirou então o estilo de sistema bancário selvagem transacional, que conduziu a negociação para o lucro.
Os banqueiros venderam esta panacéia de uma nova ordem financeira mundial à Washington e com esta visão revogou-se a lei Glass Steagall [que especifica provisões para as ações dos bancos] e se abriram os portões para o inferno financeiro. Em 2003, Allan Greenspan ainda fez o comentário “Embora os benefícios e os custos de derivativos continuam a ser objeto de debate animado, o desempenho da economia e do sistema financeiro nos últimos anos sugere que esses benefícios excederam substancialmente os custos“. Claramente, Greenspan tornou-se um crente e apoiou a revogação da lei Glass Steagall sob Bill Clinton.
Diferente da maioria das pessoas que pregam que os derivativos vão explodir o mundo, reconheço que os derivativos são, na verdade um componente vital para promover a economia mundial. A questão surgiu como com todas as coisas – cruzar o limite da moderação cria o caos. Tudo funciona em uma curva de sino. Algum governo é necessário e pode beneficiar a sociedade. No entanto, o controle de 100% do governo leva a um colapso econômico pois o governo não pode planejar e dirigir uma economia a partir de uma posição central destacada. Consequentemente, a maneira pela qual os derivativos tem sido implementados é numa base “ad-hoc” [hipotética], na ausência de uma câmara de compensação central, que apresenta o maior de todos os perigos – não o simples fato dos derivativos existirem, uma vez que são, talvez, o mais antigo tipo de contrato financeiro que vem desde os tempos da Babilônia. No entanto, nem tudo pode ser transformado em um derivativo ausente de uma câmara de compensação, pois isso leva ao caos e à corrupção, não é diferente do que o eram as notas bancárias quebradas que resultou no Pânico de 1837.
O problema com os derivativos encontra-se na descentralização de seus criadores de mercado e, como tal, não há nenhuma maneira em que qualquer um pode realmente avaliar ou julgar, na verdade, o verdadeiro risco e as recompensas. Como os bancos criam derivativos em seus livros e esses contratos não são intercambiáveis, se o banco fica exposto a riscos que não antecipou, eles correm cada vez com as mãos para o governo para uma ajuda.
Quando nos aproximamos do início do BIG BANG (2.015,75), o qual é de 26 anos a partir da primeira rachadura no marxismo 1989 observado pela primeira vez na China, seguido pela queda do Muro de Berlim em poucos meses, desde que o mundo foi drasticamente alterado economicamente. O colapso da União Soviética em 1991, foi parte desse processo. Isso não foi uma conspiração da CIA, mas o desenrolar da “Era Marxista”. Devemos testemunhar mudanças políticas e econômicas dramáticas até o início de 2020. A parte inferior do ECM 2020 também será 31,4 anos desde o início da queda do comunismo, que deverá culminar nas fases finais do colapso do socialismo. Isso faz parte da causa do Big Bang que vai ocorrer mais intensamente entre outubro de 2015 e início de 2020.
O que os bancos têm alavancado é realmente muito perigoso. Todo esse novo modelo de bancário transacional, conhecido como modelo originado para distribuir é de demasiado curto prazo para fornecer qualquer isolamento das oscilações dentro do ciclo de negócios. Tal como nos mercados ao primeiro sinal de uma projeção de baixa, os criadores do mercado se retiram. Isto irá aumentar dramaticamente a volatilidade e desestabilizar a economia mundial muito além de qualquer coisa que tenhamos visto desde o nascimento do capitalismo, a volatilidade vai subir com a falta de liquidez e que é o fundamento para o pânico.
* Artigo traduzido por mim, link do original aqui: Understanding BIG BANG 2015.75