O Deus que Se Oculta, a Fé e a Sua Relação com o Espaço-Tempo

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A palavra hebraica “עלמּ`olam, significa longa duração, eternidade, mundo físico.
 
Esta única palavra aparece na Bíblia, com variações, não menos que 437 vezes. Na língua hebraica, `olam ( עלמּ ) representa tanto a dimensão física quanto a dimensão do tempo – relacionando-se, especificamente, com sua propriedade “ilimitada”. Assim, `olam ( עלמּ ) significa, simplesmente, “mundo físico” ( tudo o que existe ), mas também fala de “tempo“, “eternidade” ( relacionado ao tempo sem limites ), ou o tempo decorrido desde o início dos tempos até a eternidade.
 
Não deixa de ser curioso e até espantoso ver essa inter-relação entre a dimensão física e o tempo numa única palavra em hebraico há milhares de anos, pois somente recentemente a ciência, por meio da mente brilhante de Einstein, alcançou o entendimento dessa relação conjunta do espaço-tempo através da Teoria da Relatividade, a qual revolucionou a física fornecendo uma descrição unificada da gravidade como uma propriedade geométrica do espaço e do tempo, ou espaço-tempo. Mais uma vez uma descoberta da ciência moderna aponta para algo já descrito de forma cifrada nas Escrituras há muitos milênios.
 
A palavra `olam ( עלמּ ) é derivada da raiz “עלמּ`alam, que significa ocultar, esconder, ser escondido, ser ocultado, ser secreto. Na língua hebraica, essa raiz é origem de muitas palavras, todas com um senso comum: ser escondido, ocultado. Exemplos incluem “העלם” healem ( esquecimento, desaparecimento ), “תעלמה” ta`alummah ( mistério, segredo ), “להעלים” le-halim ( esconder ) e “להתעלם” le-hitalem ( ignorar, agir como se algo é inexistente ).
 
Olhando o sentido da palavra no seu significado mais concreto como era utilizado nos primórdios pelo povo hebreu, `olam ( עלמּ ) significa “além do horizonte“, apontando para algo distante e escondido, tanto fisico quanto temporal, por isso a relação de `olam ( עלמּ ) com sua raiz `alam ( עלמּ ).
 
Você pode então justificadamente perguntar: Qual é a conexão entre “mundo” e “ocultação”? A resposta está escondida no clamor do profeta Isaías a Deus …
 
Verdadeiramente, Tu és Deus que Se oculta ( Se esconde, misterioso ), ó Deus de Israel, ó Salvador.” (Isaías 45:15)
 
O tema do Deus oculto é repetido inúmeras vezes na Bíblia. Por exemplo, quando Moisés pede a Deus “Mostre-me a Tua glória” (Êxodo 33:18), a resposta que ele recebe é …
 
Não Me poderás ver a face, porquanto homem nenhum verá a Minha face e viverá. Disse mais o SENHOR: Eis aqui um lugar junto a Mim; e Tu estarás sobre a penha. Quando passar a Minha glória, Eu te porei numa fenda da penha e com a mão te cobrirei, até que Eu tenha passado. Depois, em tirando Eu a mão, Tu Me verás pelas costas; mas a Minha face não se verá.” (Êxodo 33:21-23).
 
A tradição judaica interpreta isso implicando que a presença de Deus pode ser evidenciada pelas coisas que já ocorreram no passado (“Tu Me verás pelas costas“), entretanto, a própria existência de Deus está escondida dos olhos. Isso é muitas vezes comparado com o fato de que se pode ver o corpo humano, em suas várias manifestações, mas não a alma e o espírito que reside dentro de cada um. Da mesma forma como no Tabernáculo de Moisés no deserto, onde o Pátio ( que simboliza o corpo ) poderia ser visto abertamente, mas o Lugar Santo ( que representa a alma) e o Lugar Santíssimo ( que representa o espírito ) ficavam escondidos pelas várias coberturas e os véus do Santuário. Por isso o autor de Hebreus escreve que o caminho ao SENHOR foi por meio da destruição do véu ( a cobertura que simboliza a carne … nesse caso a carne de Jesus que escondia a Sua natureza divina ) que esconde o Santuário …
 
Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que Ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela Sua carne” (Hebreus 10:20)
 
O sentido e o uso da palavra `olam ( עלמּ ) agora se torna claro: o mundo inteiro é uma manifestação do oculto de Deus. Deus está no mundo, mas o mundo inteiro é também um testemunho do Deus que Se esconde ( Isaías 45:15 ) e isso para que o homem sempre tenha que fazer uso da fé, porque …
 
… sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que se torna galardoador dos que O buscam.” (Hebreus 11:16)
 
O design na palavra hebraica para “mundo” e “eternidade” agora torna-se óbvio: em uma única palavra, `olam ( עלמּ ), está descrito toda a criação que envolve o mundo físico e o tempo, percebidos na física moderna pela relação espaço-tempo que rege o universo, mas que também fala do Criador de todas as coisas e que Se esconde, que Se oculta para que o homem possa fazer uso de seu poder de escolha e busque ou não ter um relacionamento com aquEle que o criou.
 
Recomendo que você busque ao SENHOR enquanto ainda pode, como está escrito …
 
Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-O enquanto está perto. Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que Se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar.” (Isaías 55:6,7)
 
O SENHOR está muito perto de você, não se deixe enganar pelo véu do espaço-tempo dessa criação, pois escondido atrás desse véu está o Criador, esperando para lhe encontrar e mudar a sua vida de uma forma como você nunca poderia imaginar e lhe mostrar o bom propósito que Ele tem para a sua vida.
 
Que Deus lhe abençoe e lhe ilumine!🙏❤️

Jesus Cristo “Escondido” no Salmo 22

O Salmo 22 é muito conhecido, ainda mais porque Jesus o cita quando está na cruz: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Sl 22:1); muitos ainda interpretam erroneamente as palavras de Jesus naquela hora, porém naquele momento Jesus estava também passando uma mensagem aos ouvintes, tal como faziam os Rabinos da época que citavam um trecho das Escrituras para que os seus ouvintes entendessem o contexto ao que se referia e queria ensinar ou enfatizar. Da mesma forma Jesus estava dizendo, com a citação do Salmo 22, que o que ocorria naquele momento estava descrito neste Salmo … e não é por acaso que o Salmo cita, por exemplo:

Todos os que me vêem zombam de mim; afrouxam os lábios e meneiam a cabeça: Confiou no SENHOR! Livre-o Ele; salve-o, pois nEle tem prazer.” (Salmo 22:7,8)

Cães me cercam; uma súcia de malfeitores me rodeia; traspassaram-me as mãos e os pés.” (Salmo 22:16)

Repartem entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica deitam sortes.” (Salmo 22:18)

Hão de vir anunciar a justiça dEle; ao povo que há de nascer, contarão que foi Ele quem o fez.” (Salmo 22:31)

Estes são apenas exemplos que mostram que o Salmo 22 descreve o que ocorria naquele momento da cruz com uma riqueza de detalhes que poucos percebem, visto que parte da brutalidade da crucificação e do movimento alucinante que estava ocorrendo no mundo espiritual estão ali descritos, pois cada verso esconde eventos e acontecimentos que estavam se passando naquele momento da cruz e o resultado de tudo isso que seria visto na posteridade, como enfatiza o último verso do Salmo. Além disso, cabe lembrar que 22 aponta para a última letra do alfabeto hebraico, a letra Tav ( ת ), só que essa letra originalmente, no proto-hebraico, era um pictograma … o símbolo de uma cruz (“✝️”), então literalmente o Salmo 22 é o Salmo da ✝️.

Outro dia, permitindo o SENHOR, talvez eu aborde mais detalhes dessas questões em outros artigos. Aqui eu quero mostrar que o SENHOR intencionalmente colocou no texto em si do Salmo 22, literalmente, codificado o nome do Messias, de Jesus no hebraico … escondido no texto várias e várias vezes. Para isso eu vou usar como chave para decifrar o código a famosa técnica de “Sequência de Letras Equidistantes” sobre o texto em hebraico original, como você pode perceber na imagem que está no início deste artigo.

No hebraico da imagem acima, o título do Salmo é considerado o primeiro verso e faz parte do mesmo, como está nos originais, um pouco diferente do que temos em nossa Bíblia em Português que não começa dessa forma, por isso a diferença entre os versículos da imagem e os da Bíblia em Português. Sendo assim, observando a imagem, perceba que:

– No versículo 7 da imagem acima  ( “Mas eu sou verme e não homem …“, versículo 6 da versão em Português ) … em hebraico ואנכי תולעת ולא־איש, começando pela letra Yud ( י ), a última letra da palavra ואנכי, pegando uma letra a cada 11 letras (da direita para a esquerda) nós vemos a palavra ישוע = ( Yeshua = Jesus ). Você pode ver isso destacado pelos quadrados vermelhos na imagem do artigo.

– No versículo 12 da imagem acima ( “… e não há quem me acuda“, versículo 11 da versão em Português ) … em hebraico כי־אין עוזר, começando pela letra do meio na palavra אין, pegando uma letra a cada 45 letras (da esquerda para a direita), nós vemos as palavras ישוע משיח = ( Yeshua Mashiah = Jesus Messias = Jesus Cristo ). Você pode ver isso destacado pelos quadrados azuis na imagem do artigo.

– No versículo 15 da imagem acima ( “… e todos os meus ossos se desconjuntaram“, versículo 14 da versão em Português ) … em hebraico והתפרדו כל־עצמותי היה, começando pela letra do meio na palavra היה, pegando uma letra a cada 26 letras (da direita para a esquerda) nós vemos a palavra ישוע = ( Yeshua = Jesus ). É interessante ressaltar aqui que o número 26 é especial e significativo, pois é o valor do nome sagrado de Deus em hebraico יהוה, como está no versículo “Confiou no SENHOR [ יהוה ]” (Salmo 22:8). Você pode ver isso destacado pelos quadrados verdes na imagem do artigo.

– No versículo 15 da imagem acima. Começando pela primeira letra Mem ( מ ) na última palavra ( מעי ) do versículo, pegando uma letra a cada 9 letras (da direita para a esquerda) nós vemos a palavra משיח = Mashiah = Messias = Cristo ). Você pode ver isso destacado pelos quadrados laranjas na imagem do artigo.

Vou parar por aqui, acredito que você já percebeu como o SENHOR codificou diversas mensagens nos textos, à exemplo do que vimos agora. Mas nesse texto do Salmo 22 há ainda muito mais do que isso que apresentei aqui, nele você pode ainda encontrar vários termos: sua cruz, Torah, suas mãos, seus pés, seus inimigos, entre muitos outros; porém não quero tornar esse artigo ainda maior, a idéia é que você perceba que as Escrituras escondem em si muito mais do que aparenta e tudo isso aponta cada vez mais para o SENHOR que é Majestoso e Glorioso como nenhum outro.

Como está escrito …

A glória de Deus é encobrir as coisas, mas a glória dos reis é esquadrinhá-las.” (Provérbios 25:2)

Teu, SENHOR, é o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade; porque Teu é tudo quanto há nos céus e na terra; Teu, SENHOR, é o reino, e Tu Te exaltaste por chefe sobre todos. Riquezas e glória vêm de Ti, Tu dominas sobre tudo, na Tua mão há força e poder; Contigo está o engrandecer e a tudo dar força.” (1 Crônicas 29:11,12)

Que o SENHOR lhe abençoe com sabedoria e conhecimento! 🙏❤️

 

Uma Análise Inusitada de João 3:14-16

Eu sei que essa expressão vinda de mim pode parecer repetitiva, mas eu não me canso de me surpreender e afirmar: “A Bíblia é um livro único, fantástico, que aponta para o Seu Autor … Maravilhoso, Único e Inigualável“!

Quando você analisa de maneira profunda os textos das Escrituras é como mergulhar na majestade e nas riquezas do SENHOR. Veja esse texto famosíssimo de João, por exemplo …

E do modo pelo qual Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nEle crê tenha a vida eterna. Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:14-16)

Aqui está a síntese de todo o evangelho e uma análise desse texto por si já preencheria muitos livros. Entretanto, para não tornar esse artigo um livro, eu vou fazer uma análise relativamente breve e não comum desse texto em vários aspectos. Por isso na imagem acima deste artigo está o texto de João 3:14-16 no grego original com uma versão interlinear do Português relacionado a cada palavra de maneira mais bruta no seu significado para cada termo e ainda também o valor de cada palavra usada nesse texto, pois no grego, assim como no hebraico, cada letra representa um valor numérico.

Essa visualização matemática, além da literal dos textos, é permeada de padrões interessantes e que apresentam um design, uma “marca d’água” divina que acaba por dar suporte à mensagem literal do texto, mostrando que toda Escritura, tanto no grego quanto no hebraico, fazem parte de uma enorme “engrenagem” única da revelação do SENHOR.

Cabe observar então algumas considerações interessantes sobre esse espetacular capítulo de João 3 …

– O próprio número 3 por si mesmo já aponta para a manifestação trina do Criador, algo que pode ser percebido desde Gênesis 1:1 por aqueles que analisam os textos com mais profundidade, ainda mais porque Gênesis 1:1 tem o valor de 2.701, que nada mais é que 37 x 73 … o valor da palavra Sabedoria em hebraico ( חכמה chokmah ), tanto pelo valor ordinal quanto numérico … além disso 37 x 73 numericamente diz: Trindade) Perfeita) Perfeita) Trindade). Acaso?! Se analisar esse texto de Gn 1:1 ainda mais, verá que não há acaso nisso.

– O capítulo 3 de João é o milésimo capítulo das Escrituras e 1.000 pode ser representado por: 10 x 10 x 10, o número 10 nas Escrituras fala da Lei e da manifestação completa de algo. Observando então o valor da criação completa, citado no item anterior, 2.701, a soma dos algarismos é também 10 ( 2 + 7 + 0 + 1 ). Outro exemplo de que 10 representa a manifestação completa de algo é o número 50 que é 5 x 1050 fala do Jubileu e 5 da graça, portanto, o 50 é a manifestação completa da graça, por isso no ano de Jubileu era dada liberdade aos cativos, o perdão de todas as dívidas e o retorno das terras aos seus donos; e por isso Jesus usa Isaías 61 que fala do Jubileu como anúncio das Boas-Novas nesse período da graça sobre graça.

– O capítulo 3 expressa o texto áureo das Escrituras, a essência da mensagem do evangelho. Observando a partir de João 3, antes dele existem 999 capítulos … 999 pode ser expresso matematicamente como: 3 x 3 x 3 x 37 ( lembrando do que já discutimos no primeiro item, os número 3 e 37 seriam então apenas um outro acaso ou design? ). Além disso, de João 3 até Apocalipse 22 temos 189 capítulos … 189 pode ser expresso matematicamente como: 3 x 3 x 3 x 7 ( outra vez, acaso ou design? ).

– O valor de João 3:16, como se pode ver na imagem quando se analisa apenas esse versículo, possui também um valor único: 13.679 … e é único porque é um número primo! Observe os algarismos desse número primo: 1 ( fala de Deus como unidade ), 3 ( fala da manifestação trina de Deus ), 6 ( fala do homem e da criação que precisam de resgate ), 7 ( fala da perfeição ) e 9 ( aponta para a verdade imutável, pois para qualquer número multiplicado por 9, a soma de seus algarismos sempre será 9 ). Não seria essa a mensagem de João 3:16?! O Deus que se manifesta no Pai, Filho e Espírito para levar o homem à Sua perfeição por meio da Verdade, que é Cristo?! A matemática divina dos textos não é linda?!

– O texto de João 3:14-16, apresentado na imagem deste post contém 50 palavras … 5 x 10 … como vimos anteriormente, fala da manifestação plena da graça de Deus. Além disso o valor desse texto por completo é 34.188777 x 22 x 2 … ou ainda: 3 x 7 x 37 x 22 x 2 … já falamos do 3, do 7 e do 37 anteriormente e o mesmo aqui se aplica … o número 22 aponta para as 22 letras do alfabeto hebraico, sendo a letra 22 o “tav” ( ת ), só que essa letra originalmente, no proto-hebraico, era um pictograma … o símbolo de uma cruz (“✝️”) … e o 2 fala da morte e ressurreição de Cristo. Somando tudo isso, podemos inferir a mensagem matemática de João 3:14-16 … Deus, por meio de sua manifestação do Pai, Filho e Espírito ( 3 ) é Perfeito ( 7 ) e em Sua sabedoria ( 37 ) por meio da cruz ( 22 ) proporcionará salvação através da morte e ressurreição ( 2 ) de Cristo.

– Lembre também que o nome de Jesus em grego, Ιησους ( Iesous ), vale 8888 fala de novos começos e de ressurreição e 888 pode ser representado como: 2 x 2 x 2 x 3 x 37 … ou 8 x 3 x 37. Já falamos do 2, do 8 e do 37, portanto já podemos inferir o que Jesus em grego implica, não?!

– O valor numérico de “Jesus Cristo” em grego é 2.368, que pode ser representado como: 8 x 8 x 37 ( já vimos esses números ) … curiosamente, o valor para “vida eterna” em grego ( vide imagem acima ) é 1.856, que pode ser representado como: 8 x 8 x 29, lembrando que 8 + 29 = 37. Vemos assim uma relação entre esses termos … o que seria de se esperar, pois a “vida eterna” só é possível mediante “Jesus Cristo” e 8 x 8 duplamente fala de ressurreição e de novos começos, o que está diretamente ligado aos termos observados.

Enfim, eu poderia ir ainda mais longe, pois esse trecho esconde ainda mais coisas do tipo. A matemática das Escrituras é realmente fascinante e mostra que há um design único e sobrenatural em todo o texto. Ainda mais quando se observa que são textos formados ao longo de quase 1500 anos por cerca de 40 autores. Toda essa beleza e harmonia matemática aponta que o SENHOR, o Autor primário das Escrituras, coordenou ao longo do tempo não apenas a escrita dos livros, como também em preservar e compilar os muitos pergaminhos e livros num único cânon e mesmo os processos de atribuição de capítulos e versículos, os quais ocorreram em tempos distintos ao longo da história, pela harmonia matemática também mostram uma mão divina em suas definições.

Eu não sou da academia, mas conheço a questão das variantes textuais, dos diferentes manuscritos existentes e do processo de seleção escolhido por alguns editores e tradutores para definir qual deles se utilizar. Sei que muitas vezes existe uma discussão entre estes e acadêmicos de qual pergaminho ou fonte deveria ser utilizada e eu poderia sugerir que numa situação de indefinição, que fosse então usado como critério o valor matemático dos textos em questão, pois os que matematicamente se harmonizam com os demais textos provavelmente deveriam ser os selecionados nessas situações de impasse. Quem sabe Deus não colocou essa marca indelével em alguns textos para nos mostrar de forma mais clara a Sua Majestade e o Seu design nos textos sagrados.

Se você conseguiu chegar até aqui, visto que o texto é longo, eu desejo que o SENHOR lhe abençoe grande e ricamente em tudo que fizer! 🙏❤️

Gólgota, O Lugar da Caveira

E levaram Jesus para o Gólgota, que quer dizer Lugar da Caveira.” (Marcos 15:22)

Jesus foi crucificado em um lugar específico e repleto de significados … entretanto, aqui vou abordar apenas um deles que está relacionado ao Gólgota, uma palavra de origem aramaica “גלגלתא” que significa: caveira ( cabeça, crânio ).

Para a minha abordagem é interessante você saber que a cabeça humana é formada por 22 ossos … sendo 8 do crânio (frontal, 2 parietal, 2 temporal, occipital, esfenoide, etmoide) e 14 da face (2 zigomático, 2 maxilar, 2 nasal, mandíbula, 2 palatino, 2 lacrimal, vômer, 2 concha nasal inferior).

Não por acaso, também 22 são as letras do alfabeto hebraico … sendo o Tav ( ת ) a 22ª letra … a letra Tav no proto hebraico (o hebraico antigo) era representada por uma cruz e não pela sua simbologia atual moderna “ת” … a cruz de Cristo foi colocada sobre o Monte do Gólgota … sobre o Monte da Caveira … já consegue perceber a beleza e o simbolismo de tudo isso?!

Jesus é a nossa salvação, a marca da cruz está nas cabeças ( mente e coração ) dos que por Ele foram salvos e remidos … selados por Deus para serem poupados da ira do SENHOR … como está escrito:

… e lhe disse: Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal ( תו “tav”, uma cruz ) a testa dos homens que suspiram e gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela. … a todo homem que tiver o sinal ( תו “tav” ) não vos chegueis” (Ezequiel 9:4,6b)

Esse texto de Ezequiel, no capítulo 9, que fala dos que são selados, preservados e salvos encontra um eco também em Apocalipse …

Não danifiqueis nem a terra, nem o mar, nem as árvores, até selarmos na fronte os servos do nosso Deus.” (Apocalipse 7:3)

Os 22 ossos retratam o alfabeto hebraico … fala de toda a Palavra de Deus que deve estar gravada também em nossa mente ( vide Jeremias 31:31-33 ) … culminando em sua 22ª letra, o Tav “ת” … a cruz … que simboliza o selo de Cristo em nós … sendo então o nosso “Capacete de Salvação”.

Curiosamente, o Messias foi crucificado no “Lugar da Caveira“, que poderia ser lido agora também como o “Lugar do Capacete de Salvação” ( a cruz sobre a cabeça ). Está começando a ver as coisas poeticamente pelos simbolismos em tudo que há?! A Palavra de Deus e Sua obra não são lindas em toda sua riqueza simbólica?!

Por isso Paulo e Isaías escrevem tão propriamente …

Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus” (Efésios 6:17) … vale lembrar: { a Palavra de Deus está representada pelas 22 letras do alfabeto hebraico e muitas espadas possuem o formato também de uma cruz, um Tav }

Vestiu-se de justiça, como de uma couraça, e pôs o capacete da salvação na cabeça; pôs sobre si a vestidura da vingança e se cobriu de zelo, como de um manto.” (Isaías 59:17)

Não deixa de ser importante lembrar que 22 também representa o valor ordinal da palavra חנּchen” ( 8 + 14 ) … a mesma separação do número de ossos da cabeça que citei anteriormente… palavra essa que significa nada menos que “graça” … tudo o que Deus faz é perfeito, lindo e majestoso … principalmente quando vemos os detalhes de toda a Sua obra. E ainda há mais … muito mais … mas fica para outro dia!

Que o SENHOR lhe abençoe grandemente e que você seja selado pelo SENHOR com o capacete da Salvação!!! 🙏❤️

O Corpo de Jesus

Como muitos já perceberam, eu amo estudar os meandros e a profundidade das Escrituras em todos os seus aspectos, pois a Palavra de Deus é de uma riqueza e harmonia inigualáveis quando analisada em seus mínimos detalhes.

Aos que gostam de ver essa beleza e majestade com que o SENHOR inspirou e revelou em tudo o que abarcam as Escrituras, vejam essas informações a seguir com atenção …

O profeta Malaquias fez uma bela afirmação quando profetizou, séculos antes, sobre a primeira vinda do Messias …

Mas para vós outros que temeis o Meu nome nascerá o Sol da Justiça [ o Messias, o Cristo ], trazendo salvação/cura na orla de suas vestes” (Malaquias 4:2a)

Jesus, fazendo também uma indireta alusão à profecia de Malaquias, declarou ousada e claramente …

Eu Sou a luz do mundo; quem Me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida.” (João 8:12)

Jesus não apenas afirmou ser a Luz do mundo, sendo assim o Sol da Justiça da profecia de Malaquias, mas Ele propriamente transfigurou-se em Luz diante de várias testemunhas …

E [ Jesus ] foi transfigurado diante deles; o Seu rosto resplandecia como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz.” (Mateus 17:2)

O apóstolo Paulo então, testificando de Jesus aos Colossenses, afirmou …

Este [ Jesus ] é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; … nEle [ em Jesus ], habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade. Também, nEle, estais aperfeiçoados. Ele é o cabeça de todo principado e potestade.” (Colossenses 1:15; 2:9)

Sendo Jesus a “imagem do Deus invisível”, vale lembrar a afirmação de João …

Ora, a mensagem que, da parte dEle, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há nEle treva nenhuma.” (1 João 1:5)

Diante dessas afirmações e fatos, perceba algo curioso que apenas o SENHOR poderia construir de maneira tão elaborada como mais uma forma de confirmar todas as afirmações e fatos aqui mencionados … perceba que a expressão “o corpo de Jesus” em grego é “τὸ σῶμα τοῦ Ἰησοῦ” ( 370+1041+770+688 = 2869, vide Marcos 15:43 ), expressão essa que possui o valor de 2869 quando somadas todas as letras que a compõe ( lembre que cada letra em grego representa um valor, vide tabela no meu artigo escrito aqui ).

Agora a parte mais interessante … o valor da expressão “o corpo de Jesus” que é 2869 pode ser decomposto em => 1500 + 1369 … os quais, olhando pelo grego, temos:

1500 -> é o valor da palavra “luz” em grego, “φως” ( phos, vide João 8:12 )
1369 -> que é o valor da expressão “imagem de Deus” em grego, “εικων θεου” ( eikon theos, 885+484 = 1369 , vide Colossenses 1:15 )

Sendo assim, “o corpo de Jesus” é “luz” mais “imagem de Deus“; … não é belíssimo como a própria estrutura do idioma em que as Escrituras foram escritas testifica em si mesma, matematicamente, aquilo que ela afirma em seu significado gramático literal?! É de uma harmonia e majestade incríveis!

Ao SENHOR seja toda a honra e toda a glória para sempre! Amém! 🙏❤️

Ano de 5779 e os Anos Perdidos do Calendário

Estamos na véspera de um novo ano, de um início de um novo ciclo, pois amanhã será dia 01 de Tishrei, Festa das Trombetas, do novo ano civil de 5779 … pelo calendário gregoriano desse ano de 2018, esse dia cai em 10 de setembro, mas devido às diferenças entre os calendários, essas datas mudam de ano a ano. O ano de 5779 é representado pelas letras Hei ( ה … milhar … 5 ),  Tav, Shimתשׂ centena … 700 ), Ayin ( ע … dezena … 70 ) e o Tet ( ט … unidade … 9 ), como você pode perceber pela imagem anterior, mas será que esta contagem está correta?! Segundo muitos estudiosos acreditam, há um erro nessa contagem e, na verdade, estaríamos na aurora da virada para o sétimo milênio, sendo por volta do ano 6000. O profeta Daniel, há milhares de anos, já havia predito que nos últimos dias os tempos seriam mudados e o calendário seria distorcido de alguma forma; também da mesma forma o livro dos Jubileus profetizava que no tempo do fim as pessoas em sua maioria estariam perdidas na contagem do tempo segundo o calendário do SENHOR.

Nós podemos perceber a concretização dessas profecias mais intensamente e veementemente pela adoção do calendário gregoriano que mudou completamente os tempos e perdeu a essência do calendário do SENHOR e dos Seus ciclos … enquanto isso, em menor monta, no atual calendário judaico também houve uma mudança referente aos “anos perdidos”, fato esse que não influencia na percepção dos ciclos do SENHOR, mas que impacta na percepção da época em que vivemos.

O calendário designado pelo SENHOR é o calendário conhecido como judaico, pois o SENHOR mesmo define e usa os meses e dias deste calendário para determinar os Seus “Tempos Determinados” ( Suas Festas ) na história, inclusive quando se refere aos dois inícios de ano que Ele mesmo determina, conhecidos hoje como calendário religioso e civil do calendário judaico que podem ser percebidos respectivamente nesses dois trechos das Escrituras …

Disse o SENHOR a Moisés e a Arão na terra do Egito: Este mês vos será o principal dos meses; será o primeiro mês do ano { mês de Nisan da época da Festa da Páscoa a Primícias }. Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês, cada um tomará para si um cordeiro, segundo a casa dos pais, um cordeiro para cada família.” (Êxodo 12:1-3)

Também guardarás a Festa das Semanas ( Pentecostes ), que é a das primícias da sega do trigo, e a Festa da Colheita ( Tabernáculos ) na virada do ano { mês de Tishrei da época das Festas de Trombetas a Tabernáculos }.” (Êxodo 34:22)

De onde então vem esse erro da contagem de anos do atual calendário judaico?! Essa é uma questão bastante discutida em vários setores, abrangendo tanto os meios acadêmicos quanto religiosos, mas caso deseje estudar uma abrangência mais detalhada e profunda, eu recomendo a aquisição do livro “Jewish History in Conflict: A Study of the Major Discrepancy between Rabbinic and Conventional Chronology” de Mitchell First ( veja aqui ), onde ele escreve …

… a cronologia dos Sábios [ judeus ] pode ser completamente explicada. O que aconteceu é que os Sábios [ judeus ] viram [ o que eles pensavam ] ser uma previsão no livro de Daniel [ 9:24-27 ] de que um certo período de tempo se estenderia por 490 anos. Os pontos inicial e final do período de 490 anos são ambíguos. Por várias razões, os Sábios [ judeus ] interpretaram os pontos de início e fim como a destruição do Primeiro Templo e a Destruição do Segundo Templo. Uma vez que eles adotaram esta interpretação … e acreditavam que a previsão deveria ter se tornado realidade, eles foram constrangidos por outros dados conhecidos a respeito do período de tempo desde a destruição até a reconstrução ( 70 anos ), e o comprimento total do império grego, e períodos Hasmoneano e romanos ( 386 anos ). Isso forçou-os a declarar a duração do período desde a reconstrução sob Dario até o início do governo grego, como mais curto do que deveria.

Dessa forma o livro de Mitchell afirma que, de acordo com o Seder Olam Rabbah ( o livro da “Longa Ordem do Mundo” ), uma cronologia judaica do século II dC, o trabalho que forma a base de quase toda a cronologia rabínica atual, o período desde a derrota dos babilônios pelos medo-persas até o início do domínio grego, abrangeu 52 anos e abarcou os reinos de três reis persas. Porém, de acordo com a cronologia que é universalmente aceita pelos historiadores de hoje ( a cronologia convencional ), esse período de domínio persa sobre a terra de Israel abrangeu 207 anos ( de 539 a 332 aC ) e durante esse período reinaram treze reis persas. Veja a seguir uma imagem comparativa entre essas duas cronologias …

Além dos erros anteriormente mencionados, os Sábios judeus daquele tempo estavam determinados em buscar mudar a história para que Jesus não fosse considerado como o Messias de Israel e assim encaixar as falsas pretenções messiânicas de Bar Kokhbah como um messias dos pobres. Este foi o seu maior erro de todos, pois há muitas provas históricas dos 207 anos de duração do império Medo-Persa. Ambas as fontes Grego e Romano, dão amplos detalhes. Segundo alguns cronologistas bíblicos, além dos 155 anos deliberadamente cortados por Yose ben Halafta, também o Seder Olam Rabbah errou em outros detalhes menores, o que acrescenta ainda mais alguns anos perdidos nessa conta, podendo chegar, segundo alguns estudiosos afirmam, a um total de quase 240 anos perdidos.

Com base em tudo isso, então quantos anos foram efetivamente perdidos?! É certo que o número passa de mais de 160 anos, o que nos colocaria além de 5939 e, segundo alguns, poderia ser já por volta de 6019, mas teríamos como saber isso com maior precisão?! Eu particularmente acredito que, segundo a cronologia do Tempo Determinadoמועד mow`ed ) pelo SENHOR, a cruz marca a época da virada do quarto para o quinto dia ( o detalhamento disso pode ser visto neste meu outro artigo aqui ), ou seja, a cruz marcaria a virada para o ano 4000 dentro do Tempo Determinado pelo SENHOR ( em grego, καιρος kairos ), que é diferente do tempo do homem ( em grego, χρονος chronos ) devido ao que eu chamo de Tempo Não Calculado pelo SENHOR, cuja essência do conceito pode ser percebida num comparativo cronologico detalhado entre as diferenças percebidas no texto de 1 Reis 6:1 quando comparado com Atos 13:16-22 ( talvez eu escreva um artigo mais detalhado sobre essa diferença entre os dois tempos, kairos e chronos, em um artigo posterior ).

Assumindo que a crucificação ocorreu por volta do ano 30 dC, isso nos dá bem pouco tempo para estarmos à época do ano 6000 segundo a cronologia do Tempo Determinado pelo SENHOR. O que denota que o retorno do Senhor não está distante, visto que muitas vezes Ele dá indícios de que viria em um tempo por volta de 2 dias, 2 vigílias ou 2000 anos ( vide Salmo 90:4 ) … vemos isso em muitas e muitas formas … nos dois denários da parábola do bom Samaritano (Lucas 10:35), nos dois dias que passa com os Samaritanos (João 4:43), na segunda vigília da parábola do servo vigilante (Lucas 12:38), nos cerca de 2000 porcos que foram possuídos e lançados ao abismo (Marcos 5:13) e em muitos, muitos outros textos das Escrituras.

Também pode-se perceber que o SENHOR, sendo Onisciente e sabendo que no tempo do fim desta era esses anos seriam perdidos e o calendário judaico teria a sua contagem de anos alterada, Ele prefigurou algumas profecias usando essa contagem atual como uma forma de mostrar aos judeus desse tempo o Seu controle sobre a história. Um exemplo talvez possa ser percebido na questão envolvendo uma leitura profética no livro de Ester no que tange a morte e o enforcamento dos 10 filhos de Hamã (vide Ester 9:7-9). Veja esse texto em hebraico na imagem a seguir …

Como você pode perceber olhando a lista de nomes acima, quatro letras (o Tav ת no primeiro nome, o Shin שׂ e o Tav ת no sétimo nome e o Zayin ז no décimo nome) aparecem menores do que as outras letras, e isso vem desde os manuscritos antigos. Começando no topo da passagem, eu destaquei três dessas quatro pequenas letras em vermelho. Como sabemos, no idioma hebraico as letras também podem representar números; sendo assim, Tav tem um valor numérico de 400, Shin um valor numérico de 300 e Zayin um valor numérico de 7. O Tav, Shin e Zayin, totalizados de cima para baixo, representam o número 707 … Usando o método judaico de anos para registro, o número 707 pode representar o ano 5707 no calendário judaico. O New World Hebrew Dictionary de Webster afirma: “Na prática … os milhares são ignorados e o ano judaico é referido citando, em símbolos numéricos judeus, a figura das centenas e abaixo” ( p. Xxiv, Introdução, O Calendário Judaico ).

Como mostrado acima, no dia 21 de Tishrei de 5707 ( no último dia da Festa de Tabernáculos daquele ano ) do atual calendário judaico, dia 16 de outubro de 1946 no calendário gregoriano, foi o ano em que os 10 criminosos de guerra nazistas foram enforcados pelo crime de tentar erradicar o povo judeu … o que muitos associam como um segundo cumprimento do texto de Ester acima citado. O significado da quarta letra minúscula, o Tav no sétimo nome, ainda é desconhecido. Talvez pudesse significar “o fim” dos filhos de Hamã, já que Tav é a letra final do alfabeto hebraico.

Outro exemplo poderia estar relacionado ao ano em que Israel voltou a ser nação, pois segundo alguns estudiosos da Torah ( Pentateuco ), a divisão em versículos da Torah pode estar relacionado a essa questão, visto que segundo a contagem da divisão hebraica de versículos da Torah, o versículo de número 5708 é este:

Ele os trará para a terra dos seus antepassados, e vocês tomarão posse dela. Ele fará com que vocês sejam mais prósperos e mais numerosos do que os seus antepassados.” (Deuteronômio 30:5)

Acontece que 5708 é o ano em que Israel voltou a ser nação ( o ano 5708 abrange desde setembro de 1947 até outubro de 1948 do calendário gregoriano ) após quase dois mil anos de dispersão, onde vieram judeus de todas as partes do mundo à terra de Israel, como já dizia o versículo anterior:

Mesmo que tenham sido levados para a terra mais distante debaixo do céu, de lá o Senhor, o seu Deus, os reunirá e os trará de volta.” (Deuteronômio 30:4)

Considerando que a divisão em versículos foi feita séculos antes ( por volta do século XVI ) … seria isso apenas uma mera coincidência ou obra de design?! Enfim, todos esses dados apenas servem para mostrar que o SENHOR tem o controle e a presciência da história, em todas as suas formas.

O fato é que um novo ciclo se inicia neste 10 de setembro de 2018 e eu desejo que seja para você um tempo de reflexão e de retorno ao SENHOR, visto que é um tempo também de possíveis mudanças e que convidam-nos a meditar e a refletir na Palavra do SENHOR e do quanto temos seguido aos Seus caminhos ou não, afinal esse novo mês possui três Festas significativas … Trombetas, Expiação e Tabernáculos … todas elas possuem grandes e profundos significados que aqueles que conhecem ao Seu Pai Celeste não devem de forma alguma ignorar.

Existem muitos entendimentos sobre o que significam as letras que formam o ano novo de 5779 ( vide a primeira imagem deste artigo ), mas posso resumir que é um tempo de se ver e considerar o que ocorre pelo mundo ( visto o significado da letra Ayin ), principalmente em observar as ações do inimigo de nossas almas em suas ações contra nós e de buscar no SENHOR o refúgio e o caminho correto para vencer e atingir os Seus bons propósitos nesse tempo. Deixo com você o texto de Provérbios 15:30 pelas suas letras em comum com as letras que formam o ano de 5779

O olhar de amigo alegra ao coração; as boas-novas fortalecem até os ossos.” (Provérbios 15:30)

Que seja para você um ano de boas-novas que lhe fortaleçam os ossos e um novo ciclo em que o SENHOR lhe seja favorável em tudo o que faça e lhe abençoe grandemente!!! 🙏❤

A Lei e os 430 anos

Números nas Escrituras sempre apontam para algum significado superior além do seu próprio valor, pois nada em seus textos é obra do acaso, em tudo há um design … e cada letra, palavra e frase esconde muito mais do que está na superfície. Na verdade, sempre que eu leio um texto das Escrituras, nunca deixo de esquecer a valiosa recomendação do apóstolo Pedro …

sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular interpretação” (2 Pedro 1:20)

Isso significa que nunca um texto nas Escrituras aponta para uma única mensagem, mas sim para o fato de que o SENHOR esconde em cada texto uma variedade múltipla de informações … basta se estar disposto a “garimpar” com afinco para se encontrar as muitas “pedras preciosas” escondidas dentro de um texto. Até mesmo quando se estuda genealogia, algo que parece não trazer tanta riqueza de informação, há na verdade sempre algo além do que informa o texto, pois cada nome nas Escrituras possui um significado e isso nos “fala” sempre mais do que o que está aparente ( você pode ver isso no artigo que escrevi sobre as mensagens escondidas nas genealogias, aqui ).

Observando tudo isso, não é irrelevante o fato de as Escrituras mencionarem muitas vezes o número 430, o que denota mais uma vez que isso tem muitas outras ramificações quando estudado com mais detalhes … aqui neste artigo eu vou abordar apenas alguns poucos deles.

Sobre o Êxodo do Egito, o qual imediatamente precedeu a recepção da Lei de Deus, a Torah, nos fornece um exemplo apropriado da precisão inerente das obras do SENHOR e o seu vínculo ao número 430, como está escrito …

Ora, o tempo que os filhos de Israel habitaram no Egito foi de quatrocentos e trinta anos. Aconteceu que, ao cabo dos quatrocentos e trinta anos, nesse mesmo dia, todas as hostes do SENHOR saíram da terra do Egito.” (Êxodo 12:40,41)

Observe o grau de exatidão expresso neste verso. Deus especifica que o Êxodo começou após a passagem de exatos quatrocentos e trinta anos … período esse que remete ao tempo da aliança feita entre o SENHOR e Abraão e a sua descendência ( vide Gênesis 12 e 15 ), onde também aparece o significativo número 400 ( número este de que também fiz um estudo sobre o seu amplo e misterioso significado, veja aqui ). Ao cabo desse tempo determinado, Moisés então levou os israelitas ao Monte Sinai, onde o SENHOR fez uma aliança com eles e deu-lhes a Torah, a Sua Lei.

E digo isto: uma aliança já anteriormente confirmada por Deus, a leiνομος “nomos” ), que veio quatrocentos e trinta anos depois, não a pode ab-rogar, de forma que venha a desfazer a promessa.” (Gálatas 3:17)

Muitos séculos depois, no livro de Gálatas, o apóstolo Paulo usou esses fatos quando explicou que a aliança, a Lei, que se passara quatrocentos e trinta anos depois, não destruiu a promessa original de justiça, por intermédio da fé, que foi dada a Abraão. A palavra escrita em grego neste verso, traduzida como Lei, é νομος ( “nomos” ), a forma nominativa da palavra padrão para Lei usada em todo o grego do Novo Testamento. Não deixa de ser curioso quando se observa o valor dessa palavra no grego:

Leiνομος, “nomos” ), soma das letras -> 50 + 70 + 40 + 70 + 200 = 430

Esta é mais uma evidência indelével de que a mão oculta de Deus guiou o desenvolvimento da história, das Escrituras e consequentemente do alfabeto grego como meio também de revelação ( vide artigo anterior que fala sobre o design dos alfabetos grego e hebraico, aqui ). Os mais céticos podem até alegar que isso é apenas uma “coincidência”, mas o fato é que existe uma gama muito ampla de casos similares de “coincidências” como estas que são ricamente documentadas e mostram estatisticamente que isso não é obra do acaso, mas sim evidência de um design superior em toda a história e formação das Escrituras … eu mesmo escrevi sobre isso em artigos anteriores, mas recomendo também aos que apreciam investigar o tema mais à fundo que leia o vasto trabalho do meu amigo e irmão Moacir Junior, com quem tenho aprendido muito e que tem uma gama de dezenas de milhares de páginas, com evidências dos mais variados tipos, que atestam esse design nas Escrituras. Sobre essa questão do design no grego e no hebraico eu recomendo o artigo que ele publicou em seu estudo “O Código Gênesis – parte 34”, que pode ser acessado aqui.

Esta é mais uma demonstração de que fazer determinados cálculos é uma amostra de sabedoria e entendimento quando se observam as Escrituras em sua enorme abrangência de revelação; como também atesta a própria Escritura no seguinte texto …

Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número ( αριθμος “arithmos” ) da besta, pois é número ( αριθμος “arithmos” ) de homem. Ora, esse número ( αριθμος “arithmos” ) é seiscentos e sessenta e seis.” (Apocalipse 13:8)

Como explicação extra, a frase grega traduzida em algumas versões bíblicas como “o número de um homem” não tem nenhum artigo definido no grego, portanto a tradução mais precisa é “o número de homem”. Isto é coerente com o significado do número seis como revelado pela criação do homem no sexto dia e a proibição contra o assassinato premeditado que está no sexto mandamento. O número seis é o número do homem.

Voltando ao ponto principal, a palavra que João usou neste verso, traduzido como número, é αριθμος ( “arithmos” ), a forma nominativa da palavra grega padrão usada em todo o Novo Testamento. Esta é a raiz da palavra “aritmética”. Assim, temos uma segunda identidade:

Númeroαριθμος, “arithmos” ), soma das letras -> 1 + 100 + 10 + 9 + 40 + 70 + 200 = 430

Vemos então que “Lei” e “Número” têm a mesma “assinatura” de valor quando calculados de acordo com a estrutura alfanumérica intrínseca do alfabeto grego. Ambos são membros da categoria numérica definida pelo número 430 … e essa não é a única relação, pois quatrocentos e trinta anos fala também do tempo de amadurecimento e completude da descendência de Abraão para enfim tornar-se uma nação apta a receber a Lei do SENHOR e a sua própria terra, como já prefigurava um misterioso texto no meio da genealogia de Gênesis 11 …

… depois que gerou a Pelegue ( פלג Peleg … divisão ), viveu Héberעבר `Eber … “a região dalém de” … עברי Hebreu = “pessoa dalém de” ) quatrocentos e trinta anos; e gerou filhos e filhas.” (Gênesis 11:17)

Nesse pequeno trecho da genealogia de Sem, vemos uma frase que simboliza o que ocorreria no futuro, no tempo de Abraão, onde a terra havia sido divida entre os Filhos de Deus em face do episódio da Torre de Babel ( vide também Deuteronômio 32:7-9 ), onde Jacó ( menção ao povo de Israel ) seria a porção do SENHOR entre as nações. Esse versículo da genealogia de Sem prefigurava que a nação dos hebreus ( mesma raiz de Heber como visto acima ), teria alcançado a sua maturidade e completude em filhos e filhas para receber a Lei e a terra após os quatrocentos e trinta anos depois da divisão que ocorreu no tempo em que Abraão foi chamado por Deus … fato esse que é detalhado justamente no capítulo seguinte, em Gênesis 12.

Não deixa de ser significativo que a soma dos algarismos do valor 430 é 7 ( 4 + 3 + 0 ), pois 7 é o número da perfeição divina e fala também de completude … o que mais uma vez também remete à completude do tempo determinado para que a descendência de Abraão alcançasse o número de filhos e filhas necessários para se tornar uma nação madura e completa, dentro do tempo “perfeito” definido pelo SENHOR … e mais uma vez vemos aqui uma evidência de design divino … para entender melhor isso que eu quero demonstrar, veja os textos a seguir …

Portanto, sede vós perfeitosτέλειοι, “teleioi” ) como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mateus 5:48)

Irmãos, não sejais meninos no juízo; na malícia, sim, sede crianças; quanto ao juízo, sede homens amadurecidosτέλειοι, “teleioi” ).” (1 Coríntios 14:20)

Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos ( τέλειοι, “teleioi” ) e íntegros, em nada deficientes.” (Tiago 1:4)

Perceba que o termo usado para “perfeitos”, “maduros” ( ou “completos” ) em grego é τέλειοι, “teleioi”, o qual curiosamente tem o valor de … 430

Completos, Perfeitos, Maduros ( τέλειοι, “teleioi” ), soma das letras -> 300 + 5 + 30 + 5 + 10 + 70 + 10 = 430

Vemos uma curiosa identidade que une a mensagem bíblica explícita por meio dos valores numéricos intrínsecos do alfabeto grego em conjunção com fatos e tempos determinados nos textos em hebraico das Escrituras. Com isso testemunhamos a natureza eterna de Deus, o nosso Criador, codificando e unindo não apenas as histórias, mas até mesmo os idiomas em que as mesmas foram escritas. O que evidência ainda mais a amplitude da revelação e da riqueza da Palavra do SENHOR, aumentando o nosso entendimento quando lemos que …

Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” (2 Timóteo 3:16,17)

A glória de Deus é encobrir as coisas, mas a glória dos reis é esquadrinhá-las.” (Provérbios 25:2)

Ao SENHOR seja toda a Honra e toda a Glória!

Que o SENHOR lhe ilumine e abençoe ricamente!🙏❤