Meu Comentário: Apenas para lembrar aos incautos de que a constituição iraniana e a natureza de seu regime baseiam-se nos seguintes aspectos: princípios e regras islâmicas, Velayat-e Faqih: regra do guardião religioso (Supremo Líder), a revolução iraniana continua ‘em ambos os lados, dentro e fora do país’, prepara o caminho em direção a uma única comunidade (Imãnado ou Califado). O problema nuclear relacionado ao Irã é muito maior e mais perigoso do que a mídia em geral informa, o nível de conhecimento que alcançaram até aqui foi muito superior ao que se esperava, pois os especialistas afirmam que o tempo para se conseguir alcançar a tecnologia para enriquecer o urânio até 5% é inferior ao tempo necessário para fazer o enriquecimento de 5% para mais de 90%, ou seja, o Irã já passou pela fase mais problemática e está caminhando a passos largos para a segunda fase que lhe permite alcançar o poderio nuclear … é só uma questão de tempo como enfatizado no artigo a seguir. Em uma época de tamanha instabilidade no Oriente Médio e com as relações entre os EUA e Israel enfraquecidas, um país Islâmico como o Irã pode passar a ser uma ameaça ainda maior para a região e a panela de pressão do Oriente Médio pode vir a explodir se nada for feito preventivamente. A ONU e, principalmente, os EUA estão, de certa forma, coniventes com a situação, pode-se dizer que o são até de uma maneira criminosa. Além do problema nuclear, é importante lembrar que o Irã possui pelo menos uma sofisticada instalação já conhecida para a criação de armas biológicas (antrax, ebola, etc), sem falar em sua parceria com a Coréia do Norte em projetos, tal como a de uma bomba EMP (Bomba de Pulso Eletromagnético). Você pode imaginar o tamanho do estrago se o Irã decidir “compartilhar” seus conhecimentos e armamentos com outros grupos de Jihad islâmicos???
Um míssil iraniano superfície-superfície. (Foto: © Reuters) |
Dr. Olli Heinonen, um veterano com 27 anos de serviços na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), declarou que o tempo para o Irã conseguir construir uma arma nuclear é muito mais cedo do que se pensava anteriormente.
Heinonen põe a estimativa mais conservadora em apenas um ano de distância.
Falando ao Sunday Times de Londres, Heinonen – que é um ex-vice-diretor-geral da AIEA – disse que o Irã poderia ter até 5.000 dispositivos de enriquecimento avançados (centrífugas IR-2m) que são, cada uma delas, até cinco vezes mais eficazes do que os modelos mais velhos IR-1.
Usando apenas 1.000 dos mais recentes dispositivos avançados, com material não enriquecido, o urânio natural, uma arma nuclear poderia ser feita pelo regime em um ano. No entanto, se o Irã fosse usar seu estoque de 3,5 por cento de urânio enriquecido nessas mesmas 1.000 centrífugas avançadas, uma arma poderia ser feita em seis meses.
Além disso, se o urânio enriquecido for colocado em 5.000 centrífugas avançadas, o Irã poderia ter bastante material para armas em pouco mais de um mês.
Heinonen é atualmente um membro sênior na Harvard Kennedy School do Centro Belfer do Governo para Ciência e Assuntos Internacionais e pesquisador sênior convidado da Henry Jackson Society, em Londres.
Em um relatório publicado recentemente pela Henry Jackson Society, Heinonen ressaltou que o Irã não tem necessidade das centrífugas avançadas se as suas necessidades de urânio enriquecido são apenas para seu programa de reator nuclear.
“Deve-se afirmar categoricamente que a limitação do programa de centrifugadoras do Irã para ficar entre 2.000 e 4.000 centrífugas IR-1 é consistente com as necessidades reais do Irã para o urânio enriquecido por muitos anos. Até 2.000 centrífugas IR-1 forneceria ao Irã o urânio enriquecido suficiente para as suas necessidades dos reatores de pesquisa existentes e previstos”.
A questão da “verificação eficaz deve ser uma base não-negociável” de qualquer acordo com o Irã, argumentou Heinoen.
“É importante ter neste esquema de verificação de um acordo em que a AIEA também possa verificar todas as centrífugas … quando eu digo todas, quero dizer todas as coisas que foram fabricadas lá – seja num depósito, seja num armazém, ou que esteja instalado em qualquer outro lugar”, disse ele.
Entretanto, como observa Heinonen, “O Irã, no entanto, no curso de suas relações com a AIEA se recusou a admitir acesso fácil nesta área, mesmo em condições com garantias menos exigentes”.
O processo de verificação da AIEA inclui o acesso a materiais nucleares, instalações, equipamentos e ao pessoal do Irã. Heinonen diz que a AIEA tem o processo de verificação adequado no local no âmbito do seu acordo de salvaguardas (CSA) e no Protocolo Adicional (PA), que, se não forem utilizados totalmente, seria “significativo”.
No entanto, o Irã se recusou a ratificar o CSA, dizendo que a PA é suficiente. Heinonen diz que ratificar a PA é um passo bem-vindo, “mas não é suficiente para o que é necessário em um acordo abrangente. O acordo de longo prazo deve estabelecer uma série de outras disposições de verificação, ou um Protocolo Adicional Extra”.
Outra parte importante de qualquer acordo deve incluir uma forma adequada para verificar que o Irã não está adquirindo ilegalmente materiais sensíveis para os seus programas nucleares.
Olli Heinonen |
Heinonen adverte: “Se não for parado, o Irã poderia secretamente adquirir os meios necessários para as instalações nucleares ou atividades secretas. Isso requer a manutenção das sanções nacionais e do conselho de Segurança da ONU sobre bens sensíveis em termos de proliferação para o longo prazo”.
Embora o prazo para fazer um acordo final com o Irã sobre o seu programa nuclear esteja definido para daqui a menos de duas semanas, as reuniões preliminares em Omã esta semana renderam pouco progresso.
Ambos, as potências mundiais e o Irã, indicaram que as negociações provavelmente serão estendidas além do prazo de 24 de Novembro.
* Artigo traduzido por mim, link original aqui: Iran Nuclear Break-Out Time Much Sooner Than Assessed