Estado Islâmico Sequestra Navio Egípcio de Mísseis

O ex-chefe do Egito, da Inteligência Naval Geral, Yosri Kandil, chamou o ataque de “salto quântico para o terrorismo”.

 

por The Clarion Project,

 

Um navio de desembarque naval egípcio

 

Em um primeiro ataque do Estado islâmico contra o Egito, um navio de mísseis egípcio foi sequestrado depois de estar debaixo de disparos por quatro navios menores tripulados por terroristas do Estado Islâmico. O ataque ocorreu perto do extremo norte do Canal de Suez, cerca de 40 milhas náuticas ao norte do porto de Damietta, no alvorecer.

Depois de encenar um acidente de carro no canal e fazer parecer que o navio egípcio foi a causa, os combatentes do Estado Islâmico foram capazes de embarcar no navio egípcio e o comandar em mar aberto. O alvo do navio sequestrado – que estava transportando 200 militares egípcios para o norte do Sinai – era para serem os navios israelenses e as plataformas de gás localizadas mais ao norte.

De acordo com a mídia árabe, os terroristas também planejavam sequestrar o pessoal israelense e usá-los para negociar a libertação de prisioneiros palestinos.

Como o navio zarpou do Mar Mediterrâneo, ele foi convidado a identificar-se pela frota egípcia. Quando os terroristas não responderam ao seu pedido, as suspeitas das forças egípcias foram despertadas. Uma posterior utilização do sistema de rádio do navio para os egípcios identificou os terroristas como combatentes do Estado Islâmico.

Navios militares egípcios, assim como helicópteros da força aérea, foram enviados para perseguirem os terroristas. Com uma estreita cooperação entre as marinhas egípcias e israelenses, segundo um relatório da TV israelense, os terroristas foram “neutralizados”. A agência de notícias oficial do Egito, MENA, informou que, no curso dos disparos trocados com os terroristas, o navio foi incendiado.

Forças egípcias também atacaram os quatro menores barcos do Estado islâmico, prendendo 32 terroristas. Um relatório listou quatro combatentes do Estado islâmico como estando mortos. Oito militares egípcios da Marinha foram listados como desaparecidos no mar após a operação e cinco foram hospitalizados devido aos ferimentos.

Embora que o incidente ocorreu em 12 de novembro, essa nova informação foi trazida à luz ontem, quando foi revelado que os terroristas, ligados ao Estado Islâmico, tinham encenado o ataque.

O ex-chefe do Egito, da Inteligência Naval Geral, Yosri Kandil, chamou o ataque de “salto quântico para o terrorismo“.

Em novembro, foi relatado que o grupo jihadista, Ansar al-Bayt Maqdis, uma afiliada da al-Qaeda no Sinai, havia mudado sua lealdade da al-Qaeda para o Estado islâmico. Em um comunicado, o grupo comprometeu a sua fidelidade ao auto-nomeado “califa” do Estado islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi.

O grupo jihadista tem sido responsável por uma série de ataques mortais no Sinai contra militares egípcios desde que o presidente islâmico do Egito, Mohammed Morsi, foi forçado a sair do cargo pelos militares após os protestos em massa do povo egípcio.

De acordo com fontes militares egípcias, “As forças de segurança egípcias estão olhando para a possibilidade de que um país estrangeiro tenha dado assistência logística aos militantes do Estado Islâmico [no ataque]”.

 

* Artigo traduzido por mim, link original aqui: Islamic State Hijacks Egyptian Naval Missile Ship

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