Meu Comentário: Definitivamente vivemos tempos difíceis e perversos. Tenho acompanhado o mercado mundial, em especial o americano, pois o mesmo tem apresentado uma quantidade enorme de “maquiagens” de números e estatísticas ultimamente, mas eles sempre podem surpreender ainda mais. Esse truque de algumas empresas americanas ao fazerem recompra de ações para maquiarem que estão tendo ganhos já era perceptível nesse ano de 2015 de uns meses para cá e isso é mesmo efetivo, pois consegue “segurar” o preço da ação para que não caia tanto, mas é um movimento artificial, neste artigo de julho já havia explanado um pouco sobre o truque, aqui: http://dcvcorp.com.br/?p=1714
Só que agora a coisa ganhou requintes de crueldade, explico, como recomprar ações para manter o valor da ação artificialmente requer dinheiro e o dinheiro vem a acabar, qual é a nova “onda” percebida agora para maquiar os resultados e “segurar” o preço das ações??? Resposta: Demissões!!!! É isso mesmo que você leu, algumas empresas estão demitindo vários funcionários e usando o dinheiro “economizado” pelas demissões para poder fazer recompra de ações e assim evitarem de que os preços das ações despenque, como deveria pela regra normal do jogo, mas quando se utiliza desse tipo perverso de subterfúgio, então a coisa é muito mais cruel no fim das contas! Esse mundo está ficando nojento e o mercado americano com suas maquiagens, manipulações, fraudes e mentiras está me dando nojo, não tenho passado e traduzido tudo que venho acompanhando, mas o que estão fazendo para segurarem a economia é de causar ânsia pela baixeza utilizada e o governo e grandes bancos, assim como o FED, são coniventes! Como dizem alguns analistas financeiros e economistas, Wall Street virou uma grande cena de crime! Puro asco!
Segue abaixo o artigo traduzido que mostra um pouco disso que vem ocorrendo.
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A Hewlett-Packard, Target e Schlumberger anunciaram as maiores demissões este ano, enquanto recompra de volta grandes quantidades de ações.
Como você se sentiria se a empresa que acaba de lhe demitir dissesse que estava gastando milhões de dólares, ou até bilhões, para comprar de volta as suas próprias ações?
Pelo menos você não vai se sentir solitário.
Empresas dos EUA anunciaram 205.759 demissões durante o terceiro trimestre, a maior desde o terceiro trimestre de 2009, logo após a Grande Recessão, de acordo com dados fornecidos pela empresa de recolocação Challenger, Gray & Christmas Inc. Em setembro, o número de demissões anunciadas foi quase o dobro do que era no mesmo período do ano passado.
Nesta sexta-feira, o Departamento de Trabalho divulgou um relatório de empregos de setembro que “cheira mal”.
Ao mesmo tempo, a recompra de ações anunciados por empresas norte-americanas durante o terceiro trimestre permanece em torno dos níveis mais altos de pelo menos a última década, de acordo com o provedor de dados Dealogic Ltd. Em setembro, as empresas autorizadas a fazerem recompras totalizaram US$243,4 bilhões, mais de sete vezes a quantidade anunciada no mesmo mês, um ano atrás, disse Dealogic.
Alguém pode pensar que essas ações corporativas são mutuamente exclusivas, mas como o gráfico acima mostra, muitas empresas estão fazendo as duas coisas. De fato, algumas empresas têm ainda anunciado cortes de empregos e recompra de ações no mesmo comunicado.
A Hewlett-Packard Co. HPQ, + 2,84%, fez o maior anúncio de cortes de emprego neste ano, segundo a Challenger, em 15 de setembro, quando ela disse que estava demitindo até 30.000 pessoas. No mesmo comunicado, indicou que poderia gastar US$ 700 milhões em recompras de ações no ano fiscal de 2016. A HP não quis comentar.
Nesta quinta-feira, Bebe Stores Inc. BEBE, + 7,53%, disse em um comunicado que vai despedir mais de 50 empregados, ou cerca de 2% de sua força de trabalho, para economizar cerca de US$ 4,8 milhões em um ano. No parágrafo seguinte, a Bebe disse que autorizou um programa de recompra de ações de US$ 5 milhões, que a preços correntes representam cerca de 6% das ações em circulação. A loja de vestuário e acessórios varejista para mulheres não respondeu a um pedido de comentário.
A indústria procura dizer que, muitas vezes, o dinheiro usado para a recompra de ações vem de lucros acumulados poupados no passado, enquanto que as demissões refletem as preocupações sobre as perspectivas futuras para o crescimento. Quando os tempos são difíceis, no entanto, é uma história diferente.
“Sempre que uma empresa está demitindo funcionários, algo não está indo do jeito que queriam que fosse”, disse o Dr. Michael McDonald, professor da Escola de Negócios Dolan da Universidade Fairfield, em uma entrevista por telefone com o MarketWatch.
Quando uma empresa está comprando de volta suas ações e despedindo pessoas enquanto o preço das ações está caindo, isso poderia ser visto como um movimento “defensivo”, disse ele.
As ações da HP despencaram 35% neste ano até aqui e as ações da Bebe despencou 52%. Isso se compara a uma queda de 5,2% no índice S&P 500. SPX, + 1,43%
“É um esforço para evitar que o preço das ações caia muito. Se o preço das ações continuar caindo, ele corta a capacidade da empresa para levantar capital no futuro”, disse McDonald. “Os acionistas poderiam estar tendo um pouco de consolo de que eles estão tentando alguma coisa”.
Quando a HP fez o anúncio após o fechamento do mercado em 15 de setembro, a ação subiu 5% no dia seguinte, antes de cair nas próximas oito sessões. Depois do anúncio da Bebe na quinta-feira, a ação subiu e foi além de 7,5% nesta sexta-feira, para fechar acima da marca de US$ 1 pela primeira vez desde 24 de setembro.