As Empresas Estão Cortando Empregos e Recomprando de Volta Ações ao Mesmo Tempo

Meu Comentário: Definitivamente vivemos tempos difíceis e perversos. Tenho acompanhado o mercado mundial, em especial o americano, pois o mesmo tem apresentado uma quantidade enorme de “maquiagens” de números e estatísticas ultimamente, mas eles sempre podem surpreender ainda mais. Esse truque de algumas empresas americanas ao fazerem recompra de ações para maquiarem  que estão tendo ganhos já era perceptível nesse ano de 2015 de uns meses para cá e isso é mesmo efetivo, pois consegue “segurar” o preço da ação para que não caia tanto, mas é um movimento artificial, neste artigo de julho já havia explanado um pouco sobre o truque, aqui: http://dcvcorp.com.br/?p=1714

Só que agora a coisa ganhou requintes de crueldade, explico, como recomprar ações para manter o valor da ação artificialmente requer dinheiro e o dinheiro vem a acabar, qual é a nova “onda” percebida agora para maquiar os resultados e “segurar” o preço das ações???  Resposta: Demissões!!!! É isso mesmo que você leu, algumas empresas estão demitindo vários funcionários e usando o dinheiro “economizado” pelas demissões para poder fazer recompra de ações e assim evitarem de que os preços das ações despenque, como deveria pela regra normal do jogo, mas quando se utiliza desse tipo perverso de subterfúgio, então a coisa é muito mais cruel no fim das contas! Esse mundo está ficando nojento e o mercado americano com suas maquiagens, manipulações, fraudes e mentiras está me dando nojo, não tenho passado e traduzido tudo que venho acompanhando, mas o que estão fazendo para segurarem a economia é de causar ânsia pela baixeza utilizada e o governo e grandes bancos, assim como o FED, são coniventes! Como dizem alguns analistas financeiros e economistas, Wall Street virou uma grande cena de crime! Puro asco!

Segue abaixo o artigo traduzido que mostra um pouco disso que vem ocorrendo.

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A Hewlett-Packard, Target e Schlumberger anunciaram as maiores demissões este ano, enquanto recompra de volta grandes quantidades de ações.

 

 

Como você se sentiria se a empresa que acaba de lhe demitir dissesse que estava gastando milhões de dólares, ou até bilhões, para comprar de volta as suas próprias ações?

Pelo menos você não vai se sentir solitário.

Empresas dos EUA anunciaram 205.759 demissões durante o terceiro trimestre, a maior desde o terceiro trimestre de 2009, logo após a Grande Recessão, de acordo com dados fornecidos pela empresa de recolocação Challenger, Gray & Christmas Inc. Em setembro, o número de demissões anunciadas foi quase o dobro do que era no mesmo período do ano passado.

Nesta sexta-feira, o Departamento de Trabalho divulgou um relatório de empregos de setembro que “cheira mal”.

Ao mesmo tempo, a recompra de ações anunciados por empresas norte-americanas durante o terceiro trimestre permanece em torno dos níveis mais altos de pelo menos a última década, de acordo com o provedor de dados Dealogic Ltd. Em setembro, as empresas autorizadas a fazerem recompras totalizaram US$243,4 bilhões, mais de sete vezes a quantidade anunciada no mesmo mês, um ano atrás, disse Dealogic.

Alguém pode pensar que essas ações corporativas são mutuamente exclusivas, mas como o gráfico acima mostra, muitas empresas estão fazendo as duas coisas. De fato, algumas empresas têm ainda anunciado cortes de empregos e recompra de ações no mesmo comunicado.

A Hewlett-Packard Co. HPQ, + 2,84%, fez o maior anúncio de cortes de emprego neste ano, segundo a Challenger, em 15 de setembro, quando ela disse que estava demitindo até 30.000 pessoas. No mesmo comunicado, indicou que poderia gastar US$ 700 milhões em recompras de ações no ano fiscal de 2016. A HP não quis comentar.

Nesta quinta-feira, Bebe Stores Inc. BEBE, + 7,53%, disse em um comunicado que vai despedir mais de 50 empregados, ou cerca de 2% de sua força de trabalho, para economizar cerca de US$ 4,8 milhões em um ano. No parágrafo seguinte, a Bebe disse que autorizou um programa de recompra de ações de US$ 5 milhões, que a preços correntes representam cerca de 6% das ações em circulação. A loja de vestuário e acessórios varejista para mulheres não respondeu a um pedido de comentário.

 

 

A indústria procura dizer que, muitas vezes, o dinheiro usado para a recompra de ações vem de lucros acumulados poupados no passado, enquanto que as demissões refletem as preocupações sobre as perspectivas futuras para o crescimento. Quando os tempos são difíceis, no entanto, é uma história diferente.

“Sempre que uma empresa está demitindo funcionários, algo não está indo do jeito que queriam que fosse”, disse o Dr. Michael McDonald, professor da Escola de Negócios Dolan da Universidade Fairfield, em uma entrevista por telefone com o MarketWatch.

Quando uma empresa está comprando de volta suas ações e despedindo pessoas enquanto o preço das ações está caindo, isso poderia ser visto como um movimento “defensivo”, disse ele.

As ações da HP despencaram 35% neste ano até aqui e as ações da Bebe despencou 52%. Isso se compara a uma queda de 5,2% no índice S&P 500. SPX, + 1,43%

 

 

 

“É um esforço para evitar que o preço das ações caia muito. Se o preço das ações continuar caindo, ele corta a capacidade da empresa para levantar capital no futuro”, disse McDonald. “Os acionistas poderiam estar tendo um pouco de consolo de que eles estão tentando alguma coisa”.

Quando a HP fez o anúncio após o fechamento do mercado em 15 de setembro, a ação subiu 5% no dia seguinte, antes de cair nas próximas oito sessões. Depois do anúncio da Bebe na quinta-feira, a ação subiu e foi além de 7,5% nesta sexta-feira, para fechar acima da marca de US$ 1 pela primeira vez desde 24 de setembro.

 

Fonte: Companies are cutting jobs and buying back stock at the same time – MarketWatch

 

Administração Obama e a ONU Anunciam “Força Policial Global” de Luta Contra o “Extremismo”

As coisas estão caminhando rapidamente … vem mais coisa por aí, ninguém lança tal formação sem a perspectiva de que a mesma venha a ser usada …

Segue trecho do artigo:
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Ontem, Loretta Lynch anunciou perante as Nações Unidas que o gabinete do Procurador-Geral em colaboração com várias cidades norte-americanas, que formará uma iniciativa global de aplicação da lei, chamada de Rede de Cidades Fortes. Esta é a implementação das regras e leis da ONU em solo americano, ignorando o Congresso e que infrinjam a Constituição.

A ONU é uma organização mundial a favor da sharia e Obama tem insistido que a jihad não é exclusividade do Islã (o que, na verdade é). Assim caminha a ONU, impulsionada em grande parte pela aplicação da Sharia pela OIC (Organização de Cooperação Islâmica) e por Obama que é pró-islâ, usando a “força policial global” para esmagar as forças da jihad?

Eu suspeito que esta força policial global será utilizada para impor as leis de blasfêmia sob a sharia (lei islâmica).

Mais dados no artigo compartilhado …
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Os dados sobre isso podem ser vistos diretamente no site do Departamento de Justiça americano, aqui: http://www.justice.gov/…/launch-strong-cities-network-stren…

Atlas Shrugs, by Pamela Geller, Oct. 1, 2015: Yesterday, Loretta Lynch announced before the United Nations that the Attorney General’s office, in collaboration with…
COUNTERJIHADREPORT.COM

Fonte: Dionei Vieira – As coisas estão caminhando rapidamente … Segue…

Resumo da Semana por Greg Hunter

Como ocorre quase toda sexta-feira, publico abaixo o resumo da semana feito por Greg Hunter que aborda alguns dos principais eventos segundo o seu ponto-de-vista. Essa semana está cheia. Segue abaixo um resumo do vídeo de quase 20 minutos e naturalmente o vídeo tem mais detalhes:
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O Oriente Médio está em uma espiral em direção ao caos e à guerra a um ritmo alarmante. Isso passou de uma guerra de palavras entre o presidente Obama e o presidente Putin na ONU nesta segunda-feira para os russos efetivamente bombardeando alvos na Síria apenas alguns dias mais tarde. Os russos dizem que estão lutando contra o terrorismo, e os EUA dizem que a Rússia está sustentando o governo sírio, e que está bombardeando os chamados rebeldes “moderados” apoiados pela CIA. A Rússia enviou o maior submarino armado nuclear do mundo para a costa da Síria. Ele supostamente detém cerca de 200 ogivas nucleares e os seus mísseis têm alcance de mais de cerca de 10.000 Kms. Parece que os russos estão nisso para uma longa temporada e estão preparando 150 mil soldados para o serviço militar russo. Ash Carter, o secretário de Defesa dos EUA, diz que o plano russo está “fadado ao fracasso”. Eu tenho dito há anos que os russos não iriam permitir que Assad fosse removido do poder. Ele tem uma porta estratégica na costa da Síria em Tartus, e os russos gastaram bilhões de dólares para reequipar os navios e submarinos nucleares armados. Obama parece um bufão e falha no palco da política externa. Putin parece que está tomando conta e não há muito que o presidente Obama possa fazer sobre isso.

Enquanto isso, o Irã já enviou centenas de tropas para a Síria. O objetivo sempre foi o de sustentar o governo Assad, e os iranianos (xiitas) estão indo atrás de muçulmanos sunitas e de grupos terroristas na Síria e no Iraque. Esta vai ser uma rodada muito sangrenta para o Oriente Médio. Isto vai enviar as perspectivas de guerra para o modo hiper-drive enquanto sunitas de toda a região se reunirão para irem lutar contra a Rússia e o Irã.

Como se fosse o caos suficiente no Oriente Médio, o líder palestino Mahmoud Abbas diz ao presidente que ele deixará de acatar qualquer um dos acordos de paz com Israel. Abbas está culpando Israel, que ele chama de uma “força de ocupação”, pela repartição. Isso só pode significar o aumento da tensão e da luta em Israel. Parece que toda essa região vai derreter-se em uma guerra. Não há nenhum processo final ou a paz à vista.

O escândalo dos e-mails de Hillary Clinton continua a piorar a cada semana. Nas últimas notícias, hackers russos atacaram o servidor de e-mail privado de Hillary que ela usou quando era a secretária de Estado. Minha pergunta é quantos outros países ou hackers tentaram invadir este servidor? Acho que é difícil acreditar que qualquer um que quisesse acessar não iria parar até que conseguisse. Isto era um segredo durante anos para o público americano, mas que provavelmente não era um segredo para os hackers. Também está vindo à tona que mais e mais e-mails aparentemente continham informações classificadas como confidenciais. A gama de possíveis crimes para a Sra. Clinton e sua equipe são impressionantes. Obstrução da justiça, perjúrio, e mau uso de informações confidenciais são apenas alguns exemplos que vêm à mente.

O Planned Parenthood mantém defendendo-se dizendo que os vídeos secretos horríveis em que fazem negócio com partes do bebê está “enganosamente editado”. Eles negam que tenham feito algo de errado em um depoimento no Congresso na semana passada. A grande mídia continua repetindo esta afirmação, que eu acho ser uma provável mentira. Doze destes vídeos secretos marcados como “conteúdo completo” estão disponíveis para consulta no Centro de Progresso Médico, um canal do YouTube. Esse é o grupo que fez o inquérito sobre as práticas de venda de partes do corpo dos bebês da Planned Parenthood. Eu também olhei as versões editadas e não vi a chamada “edição enganosa”. Os meios de comunicação, tais como jornal USA Today, tem o dever de investigar estas declarações do Planned Parenthood. Eles devem forçar a Planned Parenthood para mostrar nde está o engano. O que está nos vídeos que eu vi, editados ou não, são médicos do topo da organização da Planned Parenthood em discussões sobre a venda de partes do corpo do bebê. Eles querem usar um termo higienizado como “tecido” quando, na verdade, são partes, tais como os olhos, os rins, cérebros, corações e pulmões. Tenha vergonha USA Today por agir como um trapo liberal e não vetar as declarações que aparecem patentemente falsas quando você olha para os vídeos. Liguei para o USA Today por um comentário de dois dias em uma fila e não obtive resposta.

The Russians say they are fighting terrorism, and…
YOUTUBE.COM

Fonte: Dionei Vieira – Como ocorre quase toda sexta-feira, publico abaixo…

Setembro – Para os que dizem que nada aconteceu … 

Um monte de gente esperava que algo grande viesse a acontecer em setembro e acham que, em última análise, nada aconteceu. Mas, sem dúvida, algumas coisas muito importantes aconteceram em setembro. Estamos testemunhando o colapso financeiro mundial mais significativo desde o final de 2008.

Todos os maiores mercados de ações do mundo estão caindo simultaneamente e, até agora, a quantidade de riqueza que tem sido dizimada em todo o mundo é superior a 5 trilhões de dólares [ 11 trilhões de dólares nos últimos 90 dias ]. Além das ações, os títulos de alto risco também estão caindo. recentemente o Bank of America disse que isso é como um “trem desgovernado em movimento lento que parece estar se acelerando” ( veja a declaração do banco aqui: http://www.zerohedge.com/…/bofa-issues-dramatic-junk-bond-m… ).

Graças à queda dos preços de commodities, muitos dos maiores comerciantes de commodities do planeta estão agora implodindo. A Glencore entrou numa espiral de morte. Nesta terça-feira, o preço das ações do maior operador de commodities na Ásia, o Grupo Noble, caiu como uma pedra e a gigante de comércio de commodities, a Trafigura, parece estar em pior forma do que a Glencore ou o Grupo Noble. O colapso total de qualquer um deles poderia facilmente ser um evento maior do que a implosão do Lehman Brothers em 2008.

Então, eu sinceramente não entendo a multidão de pessoas que diz que “nada está acontecendo”. É preciso muita ignorância em um nível quase inacreditável para tentar afirmar que “nada está acontecendo” no mundo financeiro no momento. E isso não é o fim do problema … é apenas o começo!

Mais detalhes neste artigo: http://theeconomiccollapseblog.com/…/this-is-for-the-nothin…

Fonte: Dionei Vieira – Um monte de gente esperava que algo grande viesse…

O Bilionário Investidor Carl Icahn Alerta: “PERIGO A FRENTE!”

Segundo declaração do bilionário investidor Carl Icahn, este é o destino para onde caminha a “festa” dos Títulos de Risco, Títulos de Alto Rendimento, ETFs e outros motivados pelas baixas taxas dos EUA …

Ao final ele declara que esse destino será tão ruim que fará as pessoas sentirem saudades dos tempos das crises passadas …

Infelizmente não dá para discordar, pois não há movimentos para nenhuma segunda via.

As declarações podem ser vistas no vídeo, por volta dos 12 minutos em diante, que foi disponibilizado em seu site oficial, aqui: http://carlicahn.com/

Fonte: Dionei Vieira – Fotos da Linha do Tempo

Mark Zuckerberg fala que o Facebook irá censurar posts anti-migração

Cada vez mais as coisas complicam e vemos que, de todas as formas, se busca concluir uma agenda global extremamente perigosa para o futuro das nações mundiais e sempre favorecendo tanto as forças globais islâmicas quanto de esquerda. Vivemos tempos muito difíceis e isso tende a ficar cada vez mais complicado e perigoso, principalmente para quem defende valores que vão contra essa agenda que está sendo realizada.

Segue o artigo traduzido:
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O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, foi pego discutindo a censura de mensagens anti-migrantes na reunião das Nações Unidas no último sábado ao falar com a chanceler alemã Angela Merkel.

De acordo com a CNBC ( aqui: http://www.cnbc.com/2015/09/27/angela-merkel-caught-on-hot-mic-pressing-facebook-ceo-over-anti-immigrant-posts.html ), os dois foram pegos por um microfone aberto depois de Merkel confrontar Zuckerberg sobre as mensagens de mídia social críticas sobre “a onda de refugiados sírios que entram na Alemanha”.

Depois de ser perguntado sobre os esforços do Facebook para restringir esse discurso, Zuckerberg declarou: “Precisamos fazer algum trabalho”, confirmando que ele já tinha começado a estudar formas de dificultar comentários em oposição à postura de imigração de Merkel.

“Você está trabalhando nisso?”, Perguntou Merkel. “Sim”, respondeu Zuckerberg antes de seu microfone ser cortado.

Em resposta à revelação chocante, os meios de comunicação, tais como o Bloomberg saltaram imediatamente para a defesa da gigante de tecnologia, insinuando que qualquer crítica da resposta do governo alemão para a crise dos migrantes seria “racista” e “xenófobo”.

Só na semana passada, um artigo da Infowars de Kit Daniels examinando os comentários controversos do Papa sobre a imigração em massa foi puxado e impedido pelo Facebook sem explicação.

Desde que a crise dos migrantes começou, as agências de notícias em todo o mundo têm procurado encobertar fatos cruciais, especificamente da responsabilidade da OTAN em desestabilizar a Síria, e saiu de seu caminho para ignorar abertamente quaisquer histórias que destacam os atos criminosos de migrantes.

A tendência de Zuckerberg para censurar esse discurso considerado politicamente incorreto não é surpreendente dada a sua reunião no final do ano passado com Lu Wei, o czar do sistema autoritário de censura na Internet da China.

Facebook CEO tells German chancellor “we need to do some work.”
INFOWARS.COM

Fonte: Dionei Vieira – Cada vez mais as coisas complicam e vemos que, de…

Os 28 bancos que controlam o dinheiro do mundo

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Livro aponta: oligarquia financeira subjugou bancos centrais, transferiu a Estados dívidas tóxicas e está prestes a provocar crise global ainda mais grave

François Morin, entrevistado por Vittorio De Filippis | Tradução: Inês Castilho

A transferência, para os Estados, das dívidas privadas tóxicas de 28 grandes bancos “sistêmicos”, durante a última crise financeira, explica as políticas de austeridade praticas na Europa.

Francesas, europeias ou norte-americanas, todas as autoridades bancárias asseguram: se o mundo viver uma nova crise financeira, comparável à de 2007-08, nem os Estados, nem os contribuintes vão pagar as consequências. É possível acreditar?

O economista François Morin, professor emérito da Universidade de Toulouse e membro do conselho do Banco Central francês, tem uma resposta categórica: não. Em L’Hydre Mondial [A Hidra mundial], um livro publicado em maio, e no qual ele menciona dados inéditos, Morin mostra como 28 bancos de porte mundial constituem um oligopólio totalmente distanciado do interesse público.

Para colocar os cidadãos a salvo de desastres financeiros futuros, o autor considera que é necessário destruir estes bancos, que ele compara a uma hidra, e resgatar a moeda para a esfera pública. Eis sua entrevista:

Como um punhado de bancos tomou a forma de uma hidra mundial?
Desde 2012, descobriu-se também que esses bancos muito grandes se entenderam entre si de forma fraudulenta a partir de meados dos anos 2000. A partir desse momento, esse oligopólio transformou-se numa hidra devastadora para a economia mundial.O processo é perfeitamente claro. Depois da liberalização da esfera financeira iniciada nos anos 1970 (taxas de câmbio e de juros definidas pelo mercado e não mais pelos Estados, e liberalização de movimento do capital), os mercados monetários e financeiros tornaram-se globais em meados dos anos 1990. Os maiores bancos tiveram então de adaptar a sua dimensão a esse novo espaço de intercâmbio, por meio de fusões e reestruturações. Reuniram-se as condições para o surgimento de um oligopólio em escala global. O processo assumiu rapidamente escala internacional e tornou-se gigantesco: o balanço total dos 28 bancos do oligopólio (50,341 trilhões de dólares) é superior, em 2012, à dívida pública global (48,957 trilhões de dólares)!

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Em que esses bancos são sistêmicos?

Estes 28 bancos foram declarados, acertadamente, “sistêmicos” pela reunião do G20 de Cannes, em 2011. A análise das causas da crise financeira da crise iniciada em 2007-2008 não podia deixar pairar qualquer dúvida sobre a responsabilidade desses bancos no desencadeamento do processo. Estão em causa os produtos financeiros “derivativos”, que espalharam-se na época e ainda continuam a ser difundidos em todo o mundo. Lembremo-nos de que estes derivativos são produtos que visam oferecer garantias a seus possuidores, em caso de dificuldades econômicas – e alguns deles têm caráter muito especulativo. Sua conversão em dinheiro pode tornar-se catastrófica, em caso de uma crise. No entanto, apenas 14 bancos com importância sistêmica “fabricam” estes produtos, cujo valor imaginário (o montante dos valores segurados) chega a 710 trilhões de dólares — ou seja, mais de 10 vezes o PIB mundial!

E você afirma que eles praticam acordos fraudulentos?

Múltiplas análises demonstraram que esses bancos ocupam posições dominantes sobre vários grandes mercados (de câmbio, de títulos de dívida e de produtos derivados). É característico de um oligopólio. Mas desde 2012, as autoridades judiciais dos Estados Unidos, britânicas e a Comissão Europeia aumentaram investigações e multas que demostram que muitos desses bancos – sobretudo onze entre eles (Bank of America, BNP-Paribas, Barclays, Citigroup, Crédit Suisse, Deutsche Bank, Goldman Sachs, HSBC, JP Morgan Chase, Royal Bank of Scotland, UBS) – montaram sistematicamente “acordos organizado em bandas”. A imposição de multas de muitos bilhões de dólares, contra a manipulação do mercado de câmbio ou da Libor [taxa de referência para juros interbancários, estabelecida em Londres], demonstra que esta prática existe.

O mundo está sentado sobre uma montanha de bombas-relógio financeiras montadas unicamente por este punhado de bancos?

Há várias evidências de muitas bolhas financeiras que podem estourar a qualquer momento. As bolha do mercado de ações só pode ser explicada pelas enormes injeções de liquidez, por parte dos bancos centrais. Mas, acima de tudo, há a bolha da dívida pública que atingiu todas as grandes economias. As dívidas privadas tóxicas do oligopólio bancário foram maciçamente transferidas para os Estados, na última crise financeira. Este superendividamento público, devido exclusivamente à crise e a esses bancos, explica as políticas de “rigor” e “austeridade” praticadas em cada vez mais países. Este superendividamento é a ameaça principal, como se vê na Grécia.

Regulação de derivativos – inclusive de crédito –, luta contra o “sistema bancário da sombra”, reforço dos fundos próprios, separação entre bancos de depósito e de investimento… não se pode dizer que nada foi feito para estabelecer algum controle sobre os bancos.

Vamos olhar mais de perto. O “sistema bancário sombra”, ou seja, o sistema financeiro não regulamentado, não pare de crescer – notadamente através do oligopólio bancário – para escapar das normas de supervisão e, em primeiro lugar, para negociar com derivativos. O reforço de capital próprio dos maiores bancos foi ridiculamente baixo. E em nenhuma legislação em vigor há uma verdadeira separação “patrimonial” das atividades bancárias. Em suma, o lobby bancário, muito organizado em escala internacional, tem sido eficaz, e o oligopólio pode continuar na mesma lógica financeira deletéria que praticava antes da crise.

Como os Estados tornaram-se reféns do oligopólio sistêmico que são os bancos?

Depois dos anos 1970, os Estados perderam toda a soberania monetária. Eles são responsáveis. A moeda agora é criada pelos bancos, na proporção de cerca de 90%, e pelos bancos centrais (em muitos países, independentes dos Estados) para os restantes 10%. Além disso, a gestão da moeda, através de seus dois preços fundamentais (as taxas de câmbio e taxas de juros) está inteiramente nas mãos do oligopólio bancário, que tem todas as condições para manipulá-los. Assim, os grandes bancos têm nas mãos as condições monetárias para o financiamento dos investimentos, mas sobretudo do para o financiamento dos déficits públicos. Os Estados não são apenas disciplinados pelos mercados, mas sobretudo reféns da hidra mundial.

Há portanto uma relação quase destrutiva desses bancos com relação aos Estados

Essa relação é, de fato, devastadora. Nossas democracias esvaziam-se progressivamente, em razão da redução (ou da ausência) de margem de manobra para a ação pública. Além disso, o oligopólio bancário deseja instrumentalizar os poderes dos Estados, para evitar eventuais regulações financeiras, ou limitar o peso das multas às quais deve fazer face quando é pego com a boca na botija. Quer evitar especialmente processos de repercussão pública.

Mas os bancos não permitem aos Estados financiar os déficits orçamentários?

Não devemos esperar que os bancos privados defendam interesses sociais! Os bancos veem primeiro os seus lucros, que eles podem realizar por meio de suas atividades financeiras particulares, ou de suas atividades especulativas. Seus gestores olham para os Estados como para qualquer outro ator econômico endividado. Medem os riscos e a rentabilidade de um investimento financeiro. As dívidas do Estado são vistas por eles como um ativo financeiro, tal como qualquer outro – que se compra ou se vende, e sobre o qual é igualmente permitido especular.

Na mitologia grega, Hércules é o encarregado deve matar a hidra. E em nosso mundo: onde está o Hércules capaz de matar a hidra bancária mundial?

Sobre isso, não há dúvidas. Nosso Hércules de amanhã será um ator coletivo, uma futura comunidade internacional, de legitimidade democrática incontestável, libertada de seus dogmas neoliberais, e suficientemente consciente de seus interesses de longo prazo para organizar o financiamento da atividade econômica mundial. Dito de outra forma, um ser ainda imaginário! Um primeiro passo seria dado, contudo, se um novo Bretton Woods fosse convocado para criar uma moeda comum em escala internacional, e não apenas no contexto das soberanias monetárias nacionais restauradas.

Você aposta na inteligência política?

Sim, certamente! Mas, sobretudo, aposto na inteligência dos cidadãos do nosso planeta. As redes sociais podem ser instrumentos formidáveis para criar esta inteligência política, de que temos extrema necessidade hoje.

Estariamos caminhando para um desastre de escala sem precedentes?

Ele está diante de nós. Todas as condições estão maduras para um novo terremoto financeiro ocorrer, quando os Estados estão exangues. Ele será ainda mais grave do que o precedente. Ninguém pode desejá-lo, porque seus efeitos econômicos e financeiros serão desastrosos e suas consequências políticas e sociais podem ser dramáticas. Podemos vê-los na Grécia. Urgência democrática e lucidez política tornaram-se indispensáveis e urgentes.

Os bancos estão todos podres? As finanças, necessariamente perversas?

Quando um oligopólio superpoderoso administra o dinheiro como um bem privado, não podemos ser surpreendidos pela lógica financeira que resulta daí. Os bancos buscam metas de lucro, com a tentação recorrente, entre os maiores, de fazer acordos oligopolistas. A hidra bancária nasceu há cerca de dez anos, e já tomou conta de todo o planeta. O confronto de poderes, entre bancos avassaladores e poderes políticos enfraquecidos, parece agora inevitável. Um resultado positivo desta luta – a priori desigual – só pode ocorrer por meio mobilização de cidadãos que estejam plenamente conscientes do que está em jogo.

Fonte: Os 28 bancos que controlam o dinheiro do mundo