Bancos de Alimentos Lutam nos EUA para Atender a Demanda Surpreendente

Nos EUA, houve um aumento surpreendente na demanda de alimentos junto as organizações de assistência social do tipo “Bancos de Alimentos”. Segundo o artigo abaixo, pelo menos 46 MILHÕES DE PESSOAS já ficaram em FILAS A ESPERA DE ALIMENTOS, isso em 2014. E os números, ao contrário dos índices do governo sobre o desemprego, ao invés de caírem, estão a aumentar, o que denota uma incongruência entre ambos.

Este ano, está sendo projetado que os bancos de alimentos nos Estados Unidos vão distribuir um conjunto recorde de 1,8 bilhões de quilos de alimentos. Durante a última década, esse número mais do que duplicou. E esse número seria ainda maior se os bancos de alimentos tivessem mais alimentos para dar. Pois a demanda tornou-se tão esmagadora que alguns bancos de alimentos têm realmente reduzido a quantidade de comida que cada família recebe.

Como já divulguei em posts anteriores, os dados de desemprego divulgados pelo governo não “casam” com a realidade e com outras estatísticas, como lerá abaixo, mesmo em locais onde se divulga que os índices de desemprego caíram, os problemas relacionados que também deveriam ter caído, não o fizeram. Isso apenas evidencia que os números e a fórmula usada, serve apenas para maquiar a realidade que assola o âmago de uma economia em problemas, mas que “vende” uma recuperação que é falsa … inexistente. Se numa dita “recuperação” a situação já está assim, imagine quando essa mesma economia vier a desabar … por acaso o gráfico abaixo que representa os número de pessoas beneficiadas pelos bancos de alimentos de várias localidades se parece com o de uma economia em “recuperação” e com desemprego em queda?

 

Food Stamp Recipients - Economic Policy Journal

 

Segue um trecho do artigo (veja o gráfico depois nos comentários):
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O porta-voz da organização “Alimentando a América”, Ross Fraser, disse que um estudo recente da sua organização estima que 46 milhões de pessoas procuraram assistência alimentar pelo menos uma vez em 2014.

Lisa Hamler-Fugitt, diretora-executiva da Associação de Ohio dos Bancos Alimentares, que trabalha em instituições de caridade alimentares desde a década de 1980, disse que quando as crises econômicas anteriores terminavam, a demanda de alimentos diminuía, mas não desta vez.

“As pessoas continuam vindo cada vez mais cedo, eles estão em pé na fila, esperando que consigam chegar antes de a comida acabar”, disse Hamler-Fugitt.

No Iowa, dois anos de aumentos de 20 por cento na demanda forçou o Conselho Religioso da Rede Food Pantry da área de Des Moines, em 01 de agosto, em reduzir o alimento dado em suas 12 despensas de uma oferta de quatro dias, para três.

A diretora-executiva do conselho, a Rev. Sarai Schnucker Rice, disse que a baixa taxa de desemprego no Iowa, de 3,7 por cento, não tem feito a diferença.

“A economia realmente não está ficando melhor para as pessoas de baixa renda”, disse Rice.

Isso inclui Peggy Bragg, 56 anos, de Des Moines, que tem estado fora do mercado de trabalho por meses [ nota minha, Dionei: para você ter uma noção, pela fórmula usada, a Peggy não aparece no índice de desemprego, pois ela fica de fora da estatística oficial ]. Bragg, que vive com sua filha, diz que a despensa preenche a lacuna por quatro ou cinco dias por mês, quando não há dinheiro para comprar comida.

“Eu sei pelo que as pessoas passam”, disse ela. “Você tem que escolher entre comida e contas”.

Em Fort Smith, Arkansas, os brindes mensais de comida a um parque local pelo Banco Alimentar River Valley Regional, atendem a cerca de 1.000 famílias.

“Quando as pessoas estão dispostos a ficar sob 37 graus Celsius durante horas, isso lhe diz alguma coisa”, disse Ken Kupchick, diretor de marketing do banco de alimentos.

A demanda está crescendo, mesmo em áreas com economias em expansão, como Austin, no Texas.

Hank Perrett, presidente e diretor executivo da Capital Area Food Bank of Texas, disse que o afluxo de novos moradores tem sido parte do problema, empurrando para cima os preços da habitação. Os empregos de baixa qualificação muitas vezes pagam US$ 10 por hora ou menos.

“É impossível viver desse jeito, em Austin, no Texas”, disse Perrett, cujo grupo dobrou o tamanho de sua operação para atender a grande demanda.

 

Food banks across the country are seeing a rising demand for free groceries despite the growing economy, leading some charities to reduce the amount of…
ABCNEWS.GO.COM|POR ABC NEWS

Fonte: Dionei Vieira – Nos EUA, houve um aumento surpreendente na demanda…

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