Juízo de Deus no Tempo da Graça

… se sofrer como cristão, não se envergonhe disso; antes, glorifique a Deus por meio desse nome. Porque o tempo de começar o juízo pela casa de Deus é chegado; ora, se primeiro vem por nós, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus?” (1 Pedro 4:16,17)

Se Deus não executa juízo, um julgamento condenatório no chamado “período da graça” como afirmam alguns, estes então deveriam avisar a Pedro que seu entendimento e afirmação nas Escrituras está errado, visto que Pedro afirma que o juízo teve seu início desde o período da igreja primitiva e, como o tempo do verbo em questão “toρξασθαι” está no aoristo infinitivo, isso indica que o juízo é um processo que apenas começara naquele tempo e que só culminaria em seu ápice futuramente, com a Segunda Vinda de Cristo. Isso denota que este processo ainda está vigente, operando em múltiplos níveis, atos e ciclos ( como nos anos Shemitah, por exemplo ) segundo a vontade do SENHOR, num processo crescente que deve culminar no Dia do SENHOR, por isso que esse texto de Pedro parece inferir Ezequiel 9 e culmina dizendo …

E, se é com dificuldade que o justo é salvo, onde vai comparecer o ímpio, sim, o pecador? ( aqui uma citação de Provérbios 11:31 entendida no contexto como ainda vigente e ocorrendo ) Por isso mesmo, aqueles que sofrem de acordo com a vontade de Deus devem confiar sua vida ao seu fiel Criador e praticar o bem.” (1 Pedro 4:18,19)
 

Em vista dessa assertiva de Pedro, podemos inferir que sim, o processo de juízo e/ou julgamento condenatório de Deus já opera em algum nível, incluindo e começando pela igreja ( a “casa de Deus”, uma referência ao Templo composto por “pedras vivas” ) e consequentemente abarcando aos ímpios no decorrer do processo. Essa assertiva de Pedro acaba por concordar com Paulo, quando este escreve …

quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.” (1 Coríntios 11:32)

Exceto alguém queira ousada e arrogantemente dizer que Pedro errou em sua interpretação dos fatos; visto que para Pedro a perseguição ainda nos primórdios da igreja, durante o seu tempo, era um claro indicativo desse processo; do juízo de Deus que já estava em andamento. Se assim o era no primeiro século, por que não o seria nos períodos posteriores também o mesmo ser executado segundo a vontade do SENHOR?! Ainda mais porque o fim desse processo é esperado apenas com os eventos que abrangem a volta do SENHOR.

Este texto de Pedro é apenas mais um exemplo de execução de juízo ocorrendo durante o “período da graça”, e ainda mais sobre a casa de Deus, a exemplo do que também é observado no que tange o caso de Ananias e Safira, porém o Novo Testamento também mostra execução de juízo sobre ímpios da mesma forma, como também está escrito …

Em dia designado, Herodes, vestido de trajo real, assentado no trono, dirigiu-lhes a palavra; e o povo clamava: É voz de um deus, e não de homem! No mesmo instante, um anjo do Senhor o feriu, por ele não haver dado glória a Deus; e, comido de vermes, expirou.” (Atos 12:21-23)

Tudo isso apenas denota que muitos nos tempos atuais, por não entenderem como Deus opera e ainda interage entre os homens, acabam fazendo afirmações que não coadunam com os relatos e textos das Escrituras, tal como afirmar que após a cruz não há juízo, exceto para o Dia para isso reservado que envolve os eventos da volta do SENHOR, porém estes não entendem nem a disciplina que Deus executa sobre os Seus filhos ( vide Hebreus 12:5-13 ) e nem o juízo de Deus que abrange a casa de Deus e os ímpios ( que não obedecem ao evangelho de Deus ) como bem já ressaltava o apóstolo Pedro inspirado pelo Espírito Santo …; e isto nesse tempo do evangelho, das boas-novas que começou com a morte e ressurreição de nosso SENHOR.

Alguns, ao invés de conhecerem a Deus e Suas ações de forma abrangente e já revelada nos textos, acabam por delimitar Deus por apenas um de Seus muitos atributos e com isso incorrem em enganos e distorções e, infelizmente não o fazem apenas para si mesmos, mas disseminam esses mesmos erros e distorções entre os seus seguidores.

Não é por acaso que vivemos tempos complicados, afinal esta era caminha para seu desfecho e ainda hoje esse texto permanece atual …

O Meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento.” (Oséias 4:6a)

Que o SENHOR lhe ilumine e abençoe ricamente! 🙏❤️

Quando Estamos no Deserto

O deserto é um lugar de desolação e aridez, onde não há referências que nos possam dar uma direção certa, pois a paisagem se mostra sempre de um mesmo “vazio” de vida por todos os lados … a palavra “Deserto” em Português vem do Latim DESERTUS, que significa “lugar arruinado, árido”, literalmente “algo abandonado” e vem da palavra DESERTARE, ligado a DESERERE, “abandonar, esquecer, deixar de lado” … sendo assim o deserto é um lugar de esquecimento, de abandono, de fome e sede; associado tradicionalmente a habitação de animais perigosos e peçonhentos … lugar de demônios e de morte.

Quando você estiver no “deserto” de sua vida, onde você sente-se só, árido, desolado e perdido … sem referências ou caminhos para sair dele … saiba que uma das formas mais eficazes de você se guiar num deserto, e assim sair dele, é olhando para o céu. Os marcos e referências num deserto não estão em seu relevo, pois muitas vezes tudo parece igual, então nessas horas saber “ler” os caminhos apontados nos céus é de onde virá a direção certa! … tendo isso em mente, saiba que o céu revelou-se ao homem por meio da Palavra de Deus, portanto quando estiver passando por um deserto em sua vida, recomendo que você leia as Escrituras; nela você terá a direção certa para sair desse ambiente árido de deserto … a Palavra de Deus irá lhe proporcionar o alimento e a água necessários para que você consiga passar por essa dura ( e por vezes longa ) jornada no deserto em direção a um local de descanso, um lugar verdejante e irrigado por correntes de águas limpas e refrescantes, onde tudo aponta para a vida … e vida abundante!

Não por acaso, a palavra hebraica para deserto é מדבר “midbar” que vem da raiz דבר “dabar” que significa “palavra, fala, conversa” … isso nos aponta que o SENHOR permite muitas vezes estarmos passando por um “deserto” em nossas vidas … sozinhos e desorientados … para que possamos ouvir a Palavra do SENHOR, conversar com Ele, então iremos entender que tudo de que precisamos realmente é de Sua Palavra, nada além disso! Por meio da Palavra teremos a provisão e direção necessárias. Foi no deserto que Moisés falou com o SENHOR face-a-face, dessa forma é no deserto que devemos buscar a Face do SENHOR, ouvir a Sua Palavra e então falar-lhe face-a-face por meio de Cristo, pois Jesus é o verbo de Deus, a Palavra encarnada … Ele é o caminho da salvação, a verdade que nos liberta e a vida … vida eterna … vida abundante! … “Quem tem ouvidos [ para ouvir ], ouça!” (Mateus 13:9)

Que o SENHOR resplandeça a Sua Face sobre ti e lhe proporcione Sua Shalom ( paz, completude, bem-estar, segurança, saúde, prosperidade ) que excede a todo entendimento! 🙏❤️

Assim diz o SENHOR: ‘O povo que escapou da morte achou graça no deserto’. Quando Israel buscava descanso, o SENHOR lhe apareceu no passado, dizendo: ‘Com amor eterno Eu te amei; por isso, com bondade te atraí … Há esperança para o teu futuro’, declara o SENHOR.” (Jeremias 31:2,3,17a)

Corações Gelados do Tempo do Fim desta Era

É triste de se observar e comprovar que a época em que vivemos reafirma, a cada dia que passa, que a situação do coração de muitos no fim desta era está alinhando-se com a descrição dada por Paulo para Timóteo … e isso há cerca de 2000 anos.

Paulo citou 19 características que podem ser mais e mais percebidas quando se observa o nosso dia-a-dia, os seus eventos e as notícias que se avolumam, tanto de maneira local quanto global …

Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos [ καιρος kairos ] terríveis [ χαλεπος chalepos … difíceis, perigosos, ferozes ], pois os homens serão:
– egoístas,
– avarentos,
– presunçosos,
– arrogantes,
– blasfemadores,
– desobedientes aos pais,
– ingratos,
– irreverentes,
– desafeiçoados,
– implacáveis,
– caluniadores,
– sem domínio de si,
– cruéis,
– inimigos do bem,
– traidores,
– atrevidos,
– soberbos,
– mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus,
– tendo aparência de piedade, mas negando o seu poder.” (2 Timóteo 3:1-5)

É notável se observar como o amor é mal dirigido em muitos aspectos e em outros inexistente … amantes de si mesmos ( egoístas, presunçosos, soberbos, arrogantes ), amantes do dinheiro ( avarentos ), mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus … sem amor aos pais ( desobedientes aos pais, ingratos ), sem amor ao próximo ( desafeiçoados, cruéis, implacáveis, traidores, atrevidos, ingratos, caluniadores ) … sem amor a Deus, pois são inimigos do bem e negam a piedade … vemos um egocentrismo sem Deus se tornando a “norma” dia-a-dia, um niilismo crescente …

Embora o apóstolo Paulo estivesse sendo profético ( isto é, falando do fim dos dias desta era, por isso o uso do termo grego “καιροςkairos ), ele ligou também essas 19 características ao caráter de falsos mestres presentes na igreja, e advertiu Timóteo de que Satanás pode se “disfarçar” como sendo um “anjo de luz”. Portanto, não devemos ter nada a ver com aqueles que pervertem a mensagem do evangelho ( 2 Timóteo 3:5b, “Foge também destes” ). Esses falsos mestres terão o seu fim, assim como ocorreu com “Janes e Jambres” ( Paulo aqui cita um midrash sobre a identidade de dois dos magos egípcios que se opuseram a Moisés e cujas varas foram engolidas pela vara de Arão em Êxodo 7:11,12 ).

Note que Paulo em 2 Timóteo 3:1 afirma que o tempo antes do fim desta era seria perigoso ( χαλεπός em grego ). Em todo o Novo Testamento, o único outro lugar onde encontramos esta palavra grega está em Mateus 8:28, onde se descreve a feroz atividade demoníaca. De fato, a palavra “perigoso” provavelmente vem de um verbo grego ( χαλάω chalao ) que significa “baixar de um lugar alto para outro inferior”, criando assim uma espécie de “abismo” ou “fenda espiritual”, o que sugere novamente que a atividade de Satanás seria aumentada sobre a terra. Portanto, nos “Últimos Dias” desta era ( no tempo determinado … “καιρος” kairos ), uma onda de feroz atividade demoníaca aparecerá na Terra que ameaçará e aterrorizará a muitos. Se estamos vivenciando essa época, ou se estamos próximos a ela, então isso explica muito do que vemos ocorrendo ao redor do mundo …

Enfim, é tempo de se evangelizar mais do que outrora, de se proclamar a salvação através de Cristo, do Seu grande e desmedido amor por nós … tempo de se trabalhar enquanto é dia, pois a noite se aproxima …

Espírito de Poder, Amor e Moderação para Enfrentar Tempos Difíceis

As Escrituras afirmam que o tempo antes do “fim desta era” seria “difícil“,”perigoso“,”feroz” ( χαλεπος chalepos ), cheio de depravação humana, com pessoas egoístas, cruéis, inimigas do bem, como está escrito …

Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis ( perigosos, ferozes … χαλεπος chalepos ), pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder.” (2 Timóteo 3:1-5).

À luz desta guerra espiritual furiosa ao nosso redor, é vital que seja enfatizado: “É importante não se perder a cabeça … nos dias atuais, essa expressão serve tanto figuradamente como literalmente”. Na verdade, a mente é a “porta de entrada” para o seu coração e, portanto, é essencial que você proteja o seu pensamento, e assim ao seu coração, imergindo-se na verdade …

Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida.” (Provérbios 4:23)

O medo é, muitas vezes, o resultado de se acreditar na mentira de que Deus não está no controle ou de que Ele é incapaz, ou de que Ele não está disposto a ajudá-lo … “Não perder a cabeça” significa estar fundamentado no que é real e verdadeiro e, portanto, isso significa que você deve entender qual é a sua identidade e provisão como filho de Deus …

Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação.” (2 Timóteo 1:7)

Espírito de poder ( δυναμις dunamis ), amor ( αγαπη agape ) e de moderação ( σωφρονισμος sophronismos ) … o termo em grego traduzido aqui como “moderação” significa literalmente uma “mente equilibrada“, uma “mente curada da fragmentação” … que possui disciplina e autocontrole … nesse versículo anterior o apóstolo Paulo reforça que nós devemos nos sentir “seguros” no sentido de que estamos sob os cuidado do Espírito de Deus …

E o Deus da esperança vos encha de todo o gozo e paz no vosso crer, para que sejais ricos de esperança no poder do Espírito Santo.” (Romanos 15:13)

sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo.” (1 Pedro 1:5)

Em tempos como os atuais, o último tempo, devemos lançar mão desse poder que nos está disponível através do Espírito do SENHOR, mas com amor e autocontrole ( disciplina e equilíbrio ) … dessa forma seremos capazes de vencer as dificuldades e os perigos desse tempo, estando cheios daquilo que o mundo está vazio … cheios do Espírito do SENHOR que nos dá paz mesmo diante das tempestades e do mais ferrenho caos …

Que o SENHOR lhe abençoe, ilumine e lhe proporcione a Sua maravilhosa paz que excede a todo o entendimento! 🙏❤

Como Deus Promoveu o Retorno dos Judeus à Israel

Aos que gostam de história e de observar as digitais do SENHOR movimentando-a, seguem algumas informações:

A partir do século 18, o SENHOR começou a enriquecer muitos judeus para promover o seu retorno; em 1750, a Rússia decretou tolerância aos judeus; em 1753, a Inglaterra naturalizou os judeus residentes como cidadãos; o que também ocorreu em 1780 na Áustria e em 1788 na França; em 1806 a Rússia chamou os judeus de volta, banidos por Pedro, o Grande; também em 1806 a Itália emancipou os judeus e a Prússia, em 1813, reconheceu os seus direitos.

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Em 1838 e 39, o The Times, de Londres, publicou as idéias do Lord Shaftes Bury sobre o retorno de Israel à sua terra, apelando para a Rainha Vitória para interceder a favor de suas teses.

Em 1860, a Aliança Hebraica foi fundada para promover a liberdade dos judeus em todos os países e colonizar a terra prometida. Assim, vemos os gentios, mais uma vez, de uma maneira indireta, patrocinando o retorno de Israel.

De repente … em 1867 a Turquia permite o retorno dos judeus. Na mesma ocasião espalhou-se a notícia em Londres de que um industrial judeu, Sir Moses Montifiore, colocou uma fábrica de tecidos em Jerusalém, juntamente com um moinho de trigo e uma vila de casas, indo à falência logo após.

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Em 1878, houve o primeiro encontro de Conferências Proféticas em Nova Iorque, na Igreja de Santa Trindade, com a presença de 49 pastores presbiterianos, 23 batistas e os restantes entre episcopais, luteranos e metodistas, ao todo eram 122. Houve um compromisso solene entre eles de ensinar a Segunda Vinda de Cristo e a restauração de Israel. A expectação do retorno do Senhor e de Israel aumentaram nos arraiais evangélicos.

Em 1879, um judeu crente, Adolfo Saphir, presbiteriano, realizava uma série de conferências sobre o tema: Israel e a Bíblia, em Londres. Mais tarde fundou uma entidade de Evangelismo aos judeus – Testemunho Hebreu-Cristão para Israel. Em 1889, John Wilkinson publicou um livro chamado “Israel, minha Glória”, um clássico mundial. Wilkinson também foi fundador de uma Missão de evangelismo aos judeus em 1876, em Londres, cujos resultados se fizeram sentir na França, Europa oriental, norte da África e até no Brasil, com a presença de Salomão Ginsburg, convertido pelo trabalho missionário desta entidade.

Entre 1860 a 1899, o evangelista Moody ganhou centenas de almas ao difundir em seus temas, nos sermões evangelísticos, a volta de Cristo e o retorno de Israel.

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Em 5 de março de 1891, o metodista Blackstone, missionário aos judeus, publicou um manifesto juntamente com mais 550 assinaturas de clérigos, homens de negócios e editores; o manifesto apelava ao secretário de Estado do presidente Harrison dos EUA, pedindo a interferência do presidente junto às nações para que desse de volta a Palestina para os judeus. Blackstone viajou para Israel e relatou com detalhes minuciosos a condições favoráveis para tornar a florescer a nação de Israel.

Em 1908, Blackstone escreveu um livro chamado: “Jesus está voltando” que foi traduzido para o português, cujos exemplares são raros; ali o autor defende a restauração literal de Israel conforme as Escrituras.

Em 1897, Teodoro Herlz realiza o 1º Congresso Sionista, onde profere a famosa profecia de que os judeus voltariam a ter a sua terra num prazo de até 50 anos (1 jubileu), o que veio a se comprovar em novembro de 1947.

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Em 1917, Allemby conquista a Palestina dos Otomanos, entrando em Jerusalém, puxando o seu cavalo para não ser confundido com o Messias; Allemby, o general Inglês, se tornou o marco de retorno de Israel.

Em 2 de novembro de 1917, o governo Britânico reconhecia a necessidade do estabelecimento do Estado de Israel através da Declaração de Balfour.

Em 1920, o Reverendo Alfredo Borges Teixeira, da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil, movido por grande expectação quanto à Segunda Vinda de Cristo e ao retorno de Israel, publicou um clássico da literatura evangélica brasileira: “Maranata, o Senhor vem”; republicado 50 anos mais tarde (1970).

Em 1933, Samuel Schor, um judeu crente, publicou nos EUA um livro com o título: “A Eternidade da Nação e a Volta do Rei”, já falando de Israel como uma nação restaurada.

De repente … o nazismo, a II Guerra Mundial e o seu término e … em 29 de Novembro de 1947 foi aprovado um Plano de Partilha da Palestina pela Assembleia Geral das Nações Unidas, através da sua Resolução 181. Em 14 de maio de 1948, na ONU, Israel é proclamado como Estado independente.

Enfim, é muito interessante ver os movimentos progressivos ao se observar os eventos antecedentes que culminaram nos momentos históricos de 1947 e 1948, com relação à nação de Israel, sem esquecer todas as “ondas de imigração” (Aliyoth) de retorno dos judeus à sua terra antes desse tempo, conhecidas como “Aliyah”:

  • 1ª Aliyah (1882-1903) : 25.000 judeus vindos da Rússia; 1.000 judeus vindos do Iêmen.
  • 2ª Aliyah (1904-1914): 40.000 judeus, principalmente da Rússia, mas também da Polônia.
  • 3ª Aliyah (1919-1923): 35.000, principalmente da Rússia (53%), mas também da Lituânia e Romênia (36%). Os demais vieram do Leste Europeu, com exceção de 800 imigrantes provenientes da Europa Ocidental.
  • 4ª Aliyah (1924-1931): 80.000 da Polônia (50%) e da União Soviética, Lituânia e Romênia (50%).
  • 5ª Aliyah (1932-1938): sob o governo de Hitler, 250.000 judeus, principalmente fugitivos de Alemanha, Polônia e Europa Central.
  • 6ª Aliyah (1934-1947): os chamados imigrantes “ilegais”, antes, durante e após a II Guerra Mundial, apesar das barreiras britânicas.

Nefesh

Fontepublicado originalmente aqui

Alemanha: Crimes Cometidos por Migrantes Disparam


por Soeren Kern

  • O verdadeiro número de crimes cometidos por migrantes em 2015 na Alemanha pode ultrapassar os 400.000.
  • O relatório não inclui dados dos crimes cometidos em Reno, Norte da Westphalia, o estado mais populoso da Alemanha e também o estado com o maior número de migrantes. Colônia é a maior cidade do Reno, Norte da Westphalia, onde na Passagem do Ano Novo centenas de mulheres alemãs foram violentadas por migrantes.
  • “Por anos a fio a política praticada foi a de deixar a população alemã no escuro no que tange a verdadeira situação da criminalidade… Os cidadãos estão sendo feitos de bobos. Em vez de dizer a verdade, as autoridades do governo estão fugindo da sua responsabilidade, jogando a culpa nos cidadãos e na polícia”. — André Schulz, diretor da Associação dos Peritos Criminais da Alemanha.
  • 10% dos migrantes que estão fugindo do caos que assola o Iraque e a Síria conseguiram chegar à Europa até agora: “oito a dez milhões de migrantes ainda estão a caminho”. — Gerd Müller, Ministro do Desenvolvimento.

De acordo com um relatório confidencial da polícia, que foi vazado para o jornal alemão Bild,migrantes cometeram 208.344 crimes em 2015. Essa cifra representa um salto de 80% em relação a 2014, se traduzindo em cerca de 570 crimes cometidos por migrantes a cada dia, ou seja, 23 crimes por hora, entre janeiro e dezembro de 2015.

No entanto, o verdadeiro número de crimes cometidos por migrantes é muito maior porque o relatório elaborado pelo Departamento Federal de Polícia Criminal (Bundeskriminalamt, BKA) abrange somente crimes esclarecidos (aufgeklärten Straftaten). De acordo com a Statista, a agência de estatística alemã, em média apenas cerca da metade de todos os crimes cometidos na Alemanha, em um dado ano, é solucionado (Aufklärungsquote). A implicação disso é que o verdadeiro número de crimes cometidos por migrantes em 2015 pode ultrapassar os 400.000.

Além disso, o relatório “Crime no Contexto da Imigração” (Kriminalität im Kontext von Zuwanderung), utiliza apenas dados de 13 dos 16 estados da federação alemã.

O relatório não inclui dados dos crimes cometidos em Reno, Norte da Westphalia, o estado mais populoso da Alemanha e também o estado com o maior número de migrantes. Colônia é a maior cidade do Reno, Norte da Westphalia, onde na Passagem do Ano Novo centenas de mulheres alemãs foram violentadas por migrantes. Ainda não está claro, a razão desses crimes não fazerem parte do relatório.

No relatório também não constam dados dos crimes cometidos em Hamburgo, a segunda maior cidade da Alemanha, e Bremen, a segunda cidade mais populosa do Norte da Alemanha.

E não para por aí, muitos crimes simplesmente não são denunciados ou são deliberadamente ignorados: líderes políticos em toda a Alemanha deram ordens à polícia para fazer vista grossa em face dos crimes cometidos por migrantes, aparentemente para evitar alimentar sentimentos anti-imigração.

De acordo com o relatório, a maioria dos crimes foi cometido por migrantes oriundos da: Síria (24%), Albânia (17%), Kosovo (14%), Sérvia (11%), Afeganistão (11%), Iraque (9%), Eritréia (4%), Macedônia (4%), Paquistão (4%) e Nigéria (2%).

A maioria dos crimes cometidos pelos migrantes envolvia roubo (Diebstahl): 85.035 incidentes em 2015, aproximadamente o dobro de 2014 (44.793). Em seguida vieram os crimes contra a propriedade e falsificação (Vermögens- und Fälschungsdelikte): 52.167 incidentes em 2015.

Além disso, em 2015 migrantes se envolveram em 36.010 casos registrados de agressão, lesão corporal e roubo (Rohheitsdelikte: Körperverletzung, Raub, räuberische Erpressung), em termos gerais o dobro dos casos registrados em 2014 (18.678). Também em 2015, houve 28.712 incidentes registrados de evasão de pagamento de passagens no sistema de transporte público (Beförderungserschleichung).

Também houve 1.688 abusos sexuais registrados, cometidos contra mulheres e crianças, incluindo 458 estupros ou atos de coerção sexual (Vergewaltigungen oder sexuelle Nötigungshandlungen).

Segundo o relatório, migrantes foram acusados de 240 tentativas de assassinato (Totschlagsversuch, em 2015, comparados a 127 em 2014. Em dois terços dos casos, os criminosos e as vítimas eram da mesma nacionalidade. Houve 28 assassinatos: migrantes assassinaram 27 migrantes, bem como um alemão.

Para completar, o relatório atesta que 266 indivíduos foram considerados suspeitos de serem jihadistas se passando por migrantes, foi constatado que 80 deles não eram jihadistas e 186 casos ainda estão sendo investigados. A infiltração de jihadistas no país, de acordo com o relatório, é “uma tendência crescente”.

O relatório deixa muito mais perguntas do que respostas. Continua sem resposta, por exemplo, como a polícia alemã define o termo “migrante” (Zuwanderer) ao compilar as estatísticas da criminalidade. O termo se refere somente aos migrantes que ingressaram na Alemanha em 2015 ou a todos aqueles com background de migrantes?

Se o relatório se refere apenas aos migrantes que ingressaram recentemente, a Alemanha acolheu um tanto acima de um milhão de migrantes da África, Ásia e Oriente Médio em 2015, isso implicaria que no mínimo 20% dos migrantes que ingressaram na Alemanha em 2015 são criminosos. Por outro lado, se o número de crimes cometidos pelos migrantes for, na realidade, o dobro do que consta no relatório, então no mínimo 40% dos migrantes recém chegados são criminosos. No entanto o relatório garante: “a vasta maioria dos candidatos a asilo não está envolvida em atividades criminosas”.

Fora isso, por razões até agora não esclarecidas, o relatório não inclui crimes cometidos por norte-africanos, embora se saiba há muito tempo, serem eles os responsáveis pelo crescimento dos crimes nas cidades de toda a Alemanha.

Policiais em Bremen, Alemanha, detendo quatro jovens criminosos do Norte da África que estavam aterrorizando lojistas locais. (imagem: captura de tela de vídeo da ARD)

Em Hamburgo, a polícia disse estar impotente diante da disparada no número de crimes cometidos por jovens migrantes norte-africanos. Hamburgo já abriga mais de 1.000 dos assim chamados migrantes menores desacompanhados (minderjährige unbegleitete Flüchtlinge, MUFL), cuja maioria mora nas ruas e, ao que tudo indica, pratica todos os tipos de crimes.

Um relatório confidencial, vazado para o jornal Die Welt, revela que a polícia de Hamburgo efetivamente capitulou diante dos migrantes adolescentes que os superam de longe em número e os subjugam. O documento diz o seguinte:

“Até a questão mais sem importância pode rapidamente se transformar em confusão e distúrbio. Os jovens se reúnem em grupos para se defenderem mutuamente e também para se enfrentarem…”

“Ao lidarem com pessoas fora de seu meio, os jovens se comportam de forma grosseira, mostrando total falta de respeito pelos valores e normas locais. Os jovens se reúnem principalmente na região central da cidade, onde eles podem ser vistos praticamente todos os dias. Na maioria das vezes, durante o dia, eles rondam no bairro de São George, ao cair da noite porém, eles começam a entrar em ação em Binnenalster, Flora e Sternschanzenpark e São Pauli (todas localizadas na região central de Hamburgo). Eles normalmente aparecem em grupos, já foram observados cerca de 30 jovens nas noites de finais de semana em São Pauli. O comportamento desses jovens em relação à polícia pode ser descrito como de extrema delinquência, caracterizado como agressivo, desrespeitoso e prepotente. Eles estão sinalizando que não se importam com as providências da polícia…”

“Esses jovens logo se comportam de maneira ostensiva, principalmente como batedores de carteiras e roubos nas ruas. Eles também arrombam casas e veículos, mas esses crimes em muitos casos são reportados como transgressões ou vandalismo porque os jovens estão apenas procurando um lugar para dormir. Furtos de alimentos em lojas já é coisa do dia a dia. Quando são detidos, eles resistem e agridem os policiais. Esses jovens não respeitam as instituições do estado”.

O jornal relata que as autoridades alemãs relutam em deportar os jovens para os seus países de origem porque eles são menores de idade. Como consequência, à medida que mais e mais menores desacompanhados chegam em Hamburgo a cada dia que passa, os crimes não só persistem como continuam a crescer.

Enquanto isso, na tentativa de salvar a indústria do turismo da cidade, a polícia de Hamburgo começou a tomar severas medidas repressivas contra batedores de carteiras e bolsas. Mais de 20.000 bolsas, cerca de 55 por dia, são roubadas na cidade a cada ano. Segundo Norman Großmann, diretor do gabinete do inspetor da polícia federal de Hamburgo, 90% das bolsas são roubadas por jovens do sexo masculino com idades entre 20 e 30 anos oriundos do norte da África e dos Bálcãs.

Em Stuttgart a polícia está travando uma batalha perdida contra gangues de migrantes do Norte da África que se dedicam à fina arte de bater carteiras.

Em Dresden, migrantes da Argélia, Marrocos e Tunísia tomaram o controle, de fato, da icônica Wiener Platz, uma grande praça pública em frente a estação central de trens. Lá (na Wiener Platz) eles vendem drogas e batem as carteiras dos transeuntes, normalmente ficam impunes. As batidas policiais na região da praça se transformaram em um jogo de “whack a mole”, ou seja: um número infindável de migrantes sempre substituindo aqueles que foram detidos.

As autoridades alemãs estão sendo acusadas, repetidas vezes, de informar parcialmente o verdadeiro nível da questão criminosa no país. Por exemplo, de acordo com o chefe da Associação dos Peritos Criminais (Bund Deutscher Kriminalbeamter, BDK), André Schulz, pode chegar a 90% o número de crimes sexuais cometidos na Alemanha em 2014 que não aparecem nas estatísticas oficiais. Ele ressalta:

“Por anos a fio a política praticada foi a de deixar a população alemã no escuro no que tange a verdadeira situação da criminalidade… Os cidadãos estão sendo feitos de bobos. Em vez de dizer a verdade, as autoridades do governo estão fugindo da sua responsabilidade, jogando a culpa nos cidadãos e na polícia”.

Em um aparente esforço para acalmar as tensões políticas, o Gabinete Federal para a Migração e Refugiados da Alemanha (Bundesamt für Migration und Flüchtlinge, BAMF) emitiu um comunicado em 16 de fevereiro ressaltando que estava esperando a chegada de apenas500.000 novos migrantes no país em 2016. Em dezembro de 2015, contudo, Frank-Jürgen Weise, diretor da BAMF assinalou ao jornal Bild que “esse número “500.000” só está sendo usado para fins de planejamento de recursos, porque nesse momento não temos condições de afirmar quantas pessoas virão em 2016″.

Em 1º de janeiro o FMI – Fundo Monetário Internacional estimava que 1,3 milhões de candidatos a asilo entrarão na União Européia anualmente em 2016 e 2017.

Em uma entrevista concedida em 9 de janeiro ao jornal Bild, o Ministro do Desenvolvimento Gerd Müller alertou que os maiores fluxos de refugiados ainda estão por vir. Ele ressaltou que apenas 10% dos migrantes que estão fugindo do caos que assola o Iraque e a Síria conseguiram chegar à Europa até agora: “oito a dez milhões de migrantes ainda estão a caminho”.

Aumentando a incerteza: em 18 de fevereiro, altos funcionários das agências de segurança da Áustria, Croácia, Macedônia, Sérvia e Eslovênia, todos pertencentes a assim chamada Rota dos Bálcãs, que centenas de milhares de migrantes estão usando para entrar na União Européia, concordaram em coordenar o transporte comum de migrantes da fronteira da Macedônia/Grécia até a Áustria, de onde serão enviados para a Alemanha.

Fonte: Alemanha: Crimes Cometidos por Migrantes Disparam

Árabes de Israel: Uma História de Traição

por Khaled Abu Toameh

 

  • Nas duas décadas passadas, líderes e representantes eleitos da comunidade árabe-israelense se empenharam, com mais ardor, em favor dos palestinos da Cisjordânia e Faixa de Gaza do que em favor de seus eleitores israelenses.
  • Esses parlamentares concorreram em eleições com a promessa de trabalharem para melhorar as condições de vida dos árabes-israelenses e conquistar plena igualdade em todos os setores da sociedade. Entretanto, eles dedicam tempo e energia preciosos em prol de palestinos que não são cidadãos de Israel. Competem entre si para alcançar a projeção de provocador mais odiento contra seu próprio país.
  • Essas provocações tornam mais difíceis aos formandos universitários árabes a encontrarem empregos tanto no setor privado quanto no setor público israelenses.
  • Os maiores prejudicados são os cidadãos árabes de Israel, que foram lembrados mais uma vez, que seus representantes eleitos se interessam muito mais pelos palestinos não-israelenses do que por eles.

O alvoroço em torno de um encontro recente de três membros árabes-israelenses do Knesset (parlamento) com famílias dos palestinos que perpetraram ataques contra israelenses não constitui apenas a traição de seu país, Israel. Constitui também a traição de seus próprios eleitores: 1,5 milhões de cidadãos árabes de Israel.

Os membros do Knesset Haneen Zoabi, Basel Ghattas e Jamal Zahalka conseguiram atingir vários objetivos de uma só vez com esse encontro polêmico. Com toda certeza provocaram a ira de muitos judeus israelenses. Provavelmente também desrespeitaram o juramento que fizeram ao tomarem posse no parlamento: “Eu prometo obedecer ao Estado de Israel e suas leis e também prometo cumprir honestamente minhas obrigações no Knesset”.

Uma coisa porém eles, sem dúvida, levaram a termo, trabalhar contra os interesses dos árabes-israelenses.

Zoabi, Ghattas e Zahalka se encontraram com famílias palestinas que não são cidadãs israelenses e que portanto não votam em candidatos para o Knesset. Assim sendo, nenhuma dessas famílias votou nos três membros do Knesset ou no partido Lista Árabe Unida, do qual esses parlamentarem são membros. É óbvio que, como acontece em um governo democrático, qualquer membro do Knesset é livre para se encontrar com qualquer palestino da Cisjordânia, Faixa de Gaza ou Jerusalém.

Vale a pena frisar que não são todos os membros árabes do Knesset que estão envolvidos em retóricas incendiárias e ações polêmicas contra Israel. No entanto, há boas razões para se acreditar que alguns membros árabes do Knesset incorrem deliberadamente em determinadas ações e retóricas com o único propósito de enfurecer, não apenas o establishment israelense, mas também o povo judeu.

Esse encontro foi o último de uma série de atitudes de membros árabes do Knesset que causaram enorme dano às relações entre árabes e israelenses dentro de Israel. Tais atitudes tiveram um efeito expressivo: dano colossal aos esforços dos cidadãos árabes em prol da plena igualdade.

Nas duas décadas passadas, líderes e representantes da comunidade árabe se empenharam, com mais ardor, em favor dos palestinos da Cisjordânia e Faixa de Gaza do que em favor de seus eleitores israelenses.

Esses parlamentares concorreram em eleições com a promessa de trabalharem para melhorar as condições de vida dos eleitores árabes-israelenses e conquistar plena igualdade em todos os setores da sociedade. Entretanto, eles dedicam tempo e energia preciosos em prol de palestinos que não são cidadãos de Israel. Seu tempo disponível é gasto em competições para alcançar a projeção de provocador mais odiento contra seu próprio país.

Em vez de atuarem contra os interesses dos palestinos, fazendo de conta que são membros de um parlamento palestino e não do Knesset, eles poderiam atuar em cenários alternativos. Esses membros árabes do Knesset poderiam servir de ponte entre Israel e os palestinos que vivem sob a jurisdição do Hamas na Faixa de Gaza e da Autoridade Palestina na Cisjordânia.

Decisões como a de embarcar em um navio da flotilha de “ajuda” em direção à Faixa de Gaza, que mais representou furar os olhos de Israel do que ajudar os palestinos, movem a população israelense contra a população árabe-israelense, que por sua vez passa a ser vista como “quinta coluna” e “inimiga interna”.

Essas provocações tornam mais difíceis aos formandos universitários árabes a encontrarem empregos tanto no setor privado quanto no setor público israelenses. As ações e a retórica desses membros do Knesset garantiram a continuidade do hiato entre árabes e judeus dentro de Israel.

Graças a certos membros árabes do Knesset, muitos judeus não veem mais nenhuma diferença entre o cidadão árabe leal a Israel, e o palestino radical da Faixa de Gaza ou da Cisjordânia que procura destruir Israel.

É claro que membros árabes do Knesset têm o direito de criticar as políticas e as ações do governo israelense. Tais críticas devem ser proferidas do pódio do Knesset e não de Ramala, Gaza ou a bordo de um navio repleto de ativistas e inimigos de Israel.

Só para deixar claro: isso não é uma reivindicação para proibir membros árabes do Knesset de se encontrarem com seus irmãos palestinos da Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém. Melhor dizendo, é um chamamento aos membros do Knesset para que avaliem cuidadosamente seus objetivos e o tom em que são proferidos.

O recente encontro em pauta teve início com um minuto de silêncio em homenagem a determinados mortos, ou seja: os algozes palestinos que assassinaram e feriram várias pessoas. Judeus israelenses provavelmente terão sensações especiais em relação a esse tipo de abertura do encontro.

Membros árabes-israelenses do Knesset Jamal Zahalka, Haneen Zoabi e Basel Ghattas (no centro da mesa, diante da câmera) em um encontro recente com familiares de terroristas que atacaram e assassinaram israelenses. O encontro teve início com um minuto de silêncio em homenagem aos algozes mortos. (imagem: Palestinian Media Watch)

As coisas podiam ser bem diferentes. Os membros árabes do Knesset poderiam ter usado o encontro para emitir um chamamento pedindo o fim da atual onda de esfaqueamentos, atropelamentos e tiroteios que começou em outubro de 2015. Eles bem que poderiam ter exigido que líderes, facções e veículos de mídia palestinos parassem com a lavagem cerebral de garotas e rapazes que os exortam a matarem judeus, qualquer judeu.

As famílias palestinas que se encontraram com os três membros árabes do Knesset não têm nada a perder. Nem as outras famílias de palestinos que vivem na Cisjordânia e Faixa de Gaza. Para eles, esses membros do Knesset estão provavelmente fazendo mais, representando-os, do que a Autoridade Palestina ou o Hamas.

Os maiores prejudicados são os cidadãos árabes de Israel, que foram lembrados mais uma vez, que seus representantes eleitos se interessam muito mais pelos palestinos não-israelenses do que por eles.

Até agora, somente as vozes de meia dúzia de gatos pingados árabes tiveram a coragem de criticar seus representantes no Knesset. Entrementes, são exatamente esses cidadãos que devem punir esses inúteis membros do Knesset e não o governo israelense ou uma comissão parlamentar ou um tribunal. Com toda certeza o poder está em suas mãos.

Se a maioria dos árabes-israelenses continuar indecisa, permitindo que seus líderes façam o que bem entenderem, os membros árabes do Knesset não os conduzirão a lugar algum.

Fonte: Árabes de Israel: Uma História de Traição