Operando sob ordens de Obama e Hillary Clinton em missão secreta
A missão especial dos Estados Unidos em Benghazi e o anexo da CIA nas proximidades eram utilizados em parte para coordenar os embarques de armas para os rebeldes jihadistas que combatem o regime sírio, com o embaixador Christopher Stevens desempenhando um papel central, é o que documenta um novo livro explosivo lançado hoje.
As atividades, que incluíram um esforço independente de coleta de armas multimilionário e sem precedentes das milícias líbias que não queriam desistir de suas armas, pode ter desencadeado o ataque de 11 de setembro de 2012, é o que acusa o novo livro.
As descobertas e mais, são revelados no novo trabalho do apresentador de rádio e repórter do site WND, Aaron Klein, “A História REAL de Benghazi: O que a Casa Branca e Hillary não querem que você saiba”.
Klein afirma que o esquema de armas para os rebeldes que operou em Benghazi “pode constituir o Velozes e Furiosos (Fast and Furious, referência ao escândalo de operação dos EUA de compra de armas no México por supostos traficantes) do Oriente Médio, o Irã-Contras da administração Obama”.
A questão-chave é que, até o final de abril de 2013, a Casa Branca havia negado repetidamente que estava envolvida em ajudar a armar os rebeldes sírios.
No entanto, o livro “A História REAL de Benghazi” cita evidências da transferência de armas ao longo do verão de 2012, que culmina com um grande carregamento da Líbia para a Turquia apenas alguns dias antes do ataque de 11 setembro.
O livro encontra membros da Brigada dos Mártires de 17 de Fevereiro, uma milícia ligada à organização terrorista Ansar al-Sharia, que pode ter sido usada como uma intermediária para auxiliar nas transferências de armas para os rebeldes sírios.
De forma perplexa, membros armados da Brigada dos Mártires foram contratados pelo Departamento de Estado para fornecer “segurança” interna na missão especial dos EUA.
Stevens, um “traficante de armas”?
De acordo com informações citadas por Klein, Stevens serviu menos como um diplomata e mais como um traficante de armas e coordenador de inteligência para assistência à chamada Primavera Árabe, com particular ênfase para os rebeldes sírios.
Como foi amplamente divulgado, Stevens chegou originalmente na Líbia durante a revolução a bordo de um navio de carga grego transportando equipamentos e veículos. Sua tarefa original na Líbia era servir como o principal interlocutor entre o governo Obama e os rebeldes baseados em Benghazi. Stevens nunca abandonou esse papel, mesmo depois de se tornar embaixador, de acordo com Klein.
Na verdade, o New York Times informou, em dezembro de 2012, que o próprio Stevens facilitou um pedido ao Departamento de Estado para a venda de armas requerido por um Marc Turi, a quem o New York Times descreve como um “mercador de armas americano que tinha procurado fornecer armas para a Líbia”.
O New York Times informou que o primeiro pedido de Turi foi rejeitado em março de 2011, mas foi aprovado dois meses depois, mais tarde afirmou: “apenas que ele planejava enviar armas no valor de mais de US$ 200 milhões para o Qatar”. O Qatar foi parceiro da Turquia na ajuda aos rebeldes sírios.
Klein observa que o New York Times não questionou por que um embaixador americano ajudaria a facilitar pedidos do governo para traficantes de armas. Nem o New York Times se deu ao trabalho de investigar a possível ligação dessas atividades com o ataque de Benghazi.
Continua Klein: “Afinal de contas, não é preciso ser Sherlock Holmes para adivinhar uma possível ligação com os ataques de Benghazi em meio aos relatos de Stevens em apoio ao pedido de um traficante de armas, enquanto que agentes de inteligência americanos, escondidos em ‘locais secretos’, foram ajudando os governos árabes a comprarem armas para serem enviadas para os rebeldes do Oriente Médio, incluindo alguns dos mesmos grupos ligados ao ataque de 11 de setembro de 2012”.
Klein aponta que Stevens realizou a sua reunião final com um diplomata da Turquia, que foi um dos principais apoiadores dos rebeldes sírios.
Armas para jihadistas
A declaração de Klein sobre os oficiais de inteligência dos EUA ajudando nos embarques de armas a partir de “locais secretos” é uma referência ao maior canal de armas para rebeldes e que está completamente documentado no livro.
A história começou antes do estabelecimento da missão dos EUA em Benghazi, quando os Estados Unidos e a OTAN apoiaram transportes aéreos árabes para ajuda aos rebeldes, que acabaram derrubando Muamar Kadafi da Líbia.
As aventuras da “Primavera Árabe” do governo Obama giraram para o oeste, relata Klein, quando a CIA começou a ajudar os governos árabes e a Turquia a obterem e embarcarem armas para os rebeldes que lutam contra o regime de Bashar al-Assad, na Síria.
O New York Times relatou, em 25 de março de 2013, que a ajuda secreta aos rebeldes sírios começaram em pequena escala e continuaram de forma intermitente durante o outono de 2012, expandindo em um fluxo constante e muito mais pesado no final daquele ano, incluindo uma grande aquisição da Croácia.
No entanto, Klein cita fontes dizendo que os transportes aéreos realmente começaram vários meses antes do outono de 2012, incluindo um enorme carregamento de armas de Benghazi para os rebeldes sírios, em agosto de 2012, dias antes do ataque de Benghazi. Esse massivo carregamento de armas partiu do porto de Benghazi e chegou no início de setembro, no porto turco de Iskenderun, 56 quilômetros a partir da fronteira com a Síria, supostamente para entrega de ajuda humanitária.
O New York Times, por sua vez, informou que, a partir de escritórios em “locais secretos”, agentes de inteligência americanos “ajudaram os governos árabes a comprarem armas … e examinavam grupos e comandantes rebeldes para determinar quem devia receber as armas à medida em que elas chegavam.
Intermediários jihadistas
A natureza exata do envolvimento dos EUA com a Brigada de 17 de Fevereiro, que fazia a segurança da missão especial dos EUA, pode ter sido acidentalmente exposta quando um antigo traficante de armas da Líbia com a Brigada disse à Reuters, em uma entrevista em pessoa, que ele tinha ajudado no embarque de armas de Benghazi para os rebeldes que lutavam na Síria.
Klein observou que ninguém parece ter ligado os pontos para o que o traficante de armas disse das atividades que ocorriam no interior do complexo de Benghazi e se a Brigada servia como uma intermediária no carregamento de armas.
Na entrevista à Reuters, publicada em 18 de junho de 2013, o senhor da guerra da Líbia, Abdul Basit Haroun, declarou que ele está por trás de alguns dos maiores carregamentos de armas da Líbia para a Síria. A maioria das armas foram enviadas para a Turquia, disse ele, onde eram, por sua vez, contrabandeadas para a vizinha Síria.
Ismail Salabi, um comandante da Brigada de 17 de Fevereiro, disse à Reuters que Haroun era um membro da Brigada, até que ele saiu para formar um grupo próprio.
Haroun disse à Reuters que sua operação de contrabando de armas foi executada com um associado, que o ajudou a coordenar cerca de uma dúzia de pessoas em cidades líbias na coleta de armas para a Síria.
Coletando armas
Além de armar os rebeldes sírios, Klein documenta que a partir da missão dos Estados Unidos e do anexo da CIA, os agentes americanos operaram um esforço multimilionário em dólares americanos, sem precedentes, para garantir que armas anti-aéreas chegassem na Líbia após a queda do regime de Kadafi.
Este esforço de coleta de armas pode percorrer um longo caminho para explicar o motivo por detrás do ataque de Benghazi. As várias organizações jihadistas que saquearam as reservas MANPAD (Sistema de Defesa Aérea Portátil) de Gaddafi e os grupos rebeldes que receberam armas durante a campanha da OTAN na Líbia, obviamente que se sentiram ameaçados por um esforço americano para tentar recuperar as armas.
Em março de 2013, o senador Lindsey Graham, R-S.C., ligado a Stevens neste esforço, disse à Fox News que Stevens estava na cidade líbia para impedir que os depósitos de armas caíssem nas mãos de terroristas.
Anteriormente, uma fonte disse à Fox News que Stevens estava em Benghazi na mesma noite do ataque “para negociar uma transferência de armas em um esforço para manter mísseis SA-7 fora das mãos de extremistas baseados na Líbia”.
Em agosto de 2013, a CNN informou que há uma “especulação” no Capitólio de que agências norte-americanas que operam em Benghazi “estavam secretamente ajudando a mover mísseis de terra-ar para fora da Líbia, através da Turquia, e pelas mãos de rebeldes sírios”.
No livro “A História REAL de Benghazi”, Klein expõe completamente a extensão do esforço de coleta de armas, que teve lugar em Benghazi, onde um dos principais especialistas dos Estados Unidos estava instalado.
Klein relaciona a, então, Secretária de Estado, Hillary Clinton, com o compromisso de fornecer 40 milhões dólares para ajudar aos esforços da Líbia em proteger e recuperar seus estoques de armas. Desse financiamento, 3 milhões de dólares foram para organizações não-governamentais não especificadas que se especializam na destruição de armas convencionais e segurança de armazenagem.
As ONGs e uma equipe dos EUA coordenaram todos os esforços com o Conselho Nacional de Transição da Líbia, ou TNC. A equipe americana foi liderada por Mark Adams, um especialista do Departamento de Estado para Força Tarefa de MANPADS (Sistema de Defesa Aérea Portátil).
Klein cita Andrew J. Shapiro, secretário-assistente de Estado para o Escritório de Assuntos Políticos e Militares, que admitiu que os rebeldes, apoiados pelo Ocidente, não queriam desistir das armas, particularmente dos Sistemas de Defesa Aérea Portáteis, ou MANPADS , que eram o foco dos esforços da coleta de armas.
Inovações no caso de Benghazi
O livro repleto de fontes de Klein traz novidades sobre questões importantes relacionados com o ataque de Benghazi.
Uma amostra do que a editora diz que está contido no livro:
• Tudo está coberto de atividades secretas, que transpiram de dentro da instalação condenada, com novos detalhes chocantes sobre a retenção de proteção crítica na missão especial dos EUA.
• O papel pessoal de Hillary Clinton no escândalo de Benghazi.
• Informação que levanta novas questões sobre o que realmente aconteceu com o embaixador Chris Stevens naquela noite.
• Responde, pela primeira vez, por que o Departamento de Estado contratou membros armados da Al-Qaeda ligados a Brigada dos Mártires de 17 de fevereiro para “proteger” as instalações.
• Novos motivos são revelados para o não envio de apoio aéreo ou de Forças Especiais durante o ataque, enquanto extensivamente examinavam os grupos jihadistas por trás do ataque.
• Como Benghazi tem implicações que vão além do ataque de 11 de setembro de 2012 e pode ter criado as principais ameaças à segurança nacional que enfrentamos agora, alimentando conflitos de Mali para a Síria, para Gaza e outros lugares.
Traduzido por mim do artigo do WND: Finally revealed: What ambassador in Benghazi was really doing
Fonte: www.juliosevero.com
Perplexidade, é o que o mundo “ignorante” sente neste momento, realmente o mundo jaz no maligno.
Parabéns por essa obra.
Comentário ótimo para rebater o que o livro 13 horas: os soldados secretos de benghazi queria dizer pois eles citam que estavam lá para fazer com que o arsenal de kaddafi não caísse em mãos erradas,o que gera uma contralversia em relação ao livro de klein