Profecia do Talmude Aponta para a Vinda do Messias nesse Tempo

Há cerca de quase 2000 mil anos o Talmude registrou ( vide imagem acima ) uma antiga tradição atribuída ao profeta Elias em conversa com rabinos da seguinte forma …

Elias [ o profeta ] disse a Rav Yehuda, irmão de Rav Sala Ḥasida: O mundo existirá não menos que oitenta e cinco [ 85 ciclos de ] Jubileu. E durante o Jubileu final, o filho de Davi vai vir. [ Rav Yehuda ] disse a Elias: [ O Messias virá ] durante o começo do Jubileu ou durante o seu fim? [ Elias ] disse [ a Rav Yehuda ]: Eu não sei. [ Rav Yehuda perguntou: Será que este último ciclo Jubileu ] acabará [ antes do Messias vir ] ou [ será que ] não acabará [ antes de sua vinda ]? [ Elias ] disse-lhe: Eu não sei. Rav Ashi disse: Isto [ é o que ] Elias disse a ele: Até aquele tempo não antecipe a sua vinda; a partir desse [ tempo ] em diante antecipe [ a sua vinda ]. [ Elias não informou ao Rav Yehuda a data da vinda do Messias ].” ( Sanhedrin 97b )

A contagem do Jubileu é mais complicada do que imaginam alguns, pois seu ciclo não é de exatos 50 anos como muitos interpretam, visto que há detalhes nessa questão … para isso basta observar como é feita a contagem dos Jubileus no antigo Livro de Jubileus e afins e com isso a esmagadora maioria dos cristãos, e até mesmo dos judeus, desconhecem os meandros dessa contagem e eu não vou entrar nesse detalhe aqui, pois rapidamente esse post viraria um livro. Portanto eu vou me ater aos dados brutos em si para chegar ao ponto desejado.

Estamos atualmente no ano judaico denominado como 5779 ( já escrevi sobre o ano de 5779 e essa questão da contagem dos anos aqui neste artigo ) … é importante observar que, segundo alguns estudos, antes de Esdras uma contagem inicial de ciclos de Jubileu começou 54 anos depois de Yetziat Mitzrayim ( o Êxodo ), sendo que 36 ciclos de Jubileu foram contados desse tempo até a destruição de Jerusalém e do primeiro Templo e desde essa data até o ano 5776 são contados 49 ciclos de Jubileus … chegando aos 85 ciclos de Jubileus … sendo que o ano 5776 marca o início do ciclo de Jubileu 85 …

Ou seja, segundo a tradição atribuída a Elias e registrada no Sanhedrin 97b … o ano 5776 ( há cerca de 3 anos atrás ), marca o tempo de 85 ciclos Jubileus ditos então por Elias, alcançando assim a época mínima para a vinda do Senhor e de tudo o que o abarca … o que denota pelo texto do Sanhedrin que o tempo para a vinda do Messias está significativamente muito próximo ( no caso a segunda vinda para aqueles que entendem que Jesus, Yeshua, é o Cristo … o Messias ).

Enfim, os dados e sinais que mostram isso são muitos e muitos para aqueles que estão acordados … este que aqui eu postei é apenas mais um que se alinha aos inúmeros sinais que vemos confluindo para esses dias e esse tempo … Maranata!

Eis que, naqueles dias e naquele tempo, em que mudarei a sorte de Judá e de Jerusalém, congregarei todas as nações e as farei descer ao vale de Josafá; e ali entrarei em juízo contra elas por causa do Meu povo e da Minha herança, Israel, a quem elas espalharam por entre os povos, repartindo a Minha terra entre si.” (Joel 3:1,2)

O Deus que Se Oculta, a Fé e a Sua Relação com o Espaço-Tempo

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A palavra hebraica “עלמּ`olam, significa longa duração, eternidade, mundo físico.
 
Esta única palavra aparece na Bíblia, com variações, não menos que 437 vezes. Na língua hebraica, `olam ( עלמּ ) representa tanto a dimensão física quanto a dimensão do tempo – relacionando-se, especificamente, com sua propriedade “ilimitada”. Assim, `olam ( עלמּ ) significa, simplesmente, “mundo físico” ( tudo o que existe ), mas também fala de “tempo“, “eternidade” ( relacionado ao tempo sem limites ), ou o tempo decorrido desde o início dos tempos até a eternidade.
 
Não deixa de ser curioso e até espantoso ver essa inter-relação entre a dimensão física e o tempo numa única palavra em hebraico há milhares de anos, pois somente recentemente a ciência, por meio da mente brilhante de Einstein, alcançou o entendimento dessa relação conjunta do espaço-tempo através da Teoria da Relatividade, a qual revolucionou a física fornecendo uma descrição unificada da gravidade como uma propriedade geométrica do espaço e do tempo, ou espaço-tempo. Mais uma vez uma descoberta da ciência moderna aponta para algo já descrito de forma cifrada nas Escrituras há muitos milênios.
 
A palavra `olam ( עלמּ ) é derivada da raiz “עלמּ`alam, que significa ocultar, esconder, ser escondido, ser ocultado, ser secreto. Na língua hebraica, essa raiz é origem de muitas palavras, todas com um senso comum: ser escondido, ocultado. Exemplos incluem “העלם” healem ( esquecimento, desaparecimento ), “תעלמה” ta`alummah ( mistério, segredo ), “להעלים” le-halim ( esconder ) e “להתעלם” le-hitalem ( ignorar, agir como se algo é inexistente ).
 
Olhando o sentido da palavra no seu significado mais concreto como era utilizado nos primórdios pelo povo hebreu, `olam ( עלמּ ) significa “além do horizonte“, apontando para algo distante e escondido, tanto fisico quanto temporal, por isso a relação de `olam ( עלמּ ) com sua raiz `alam ( עלמּ ).
 
Você pode então justificadamente perguntar: Qual é a conexão entre “mundo” e “ocultação”? A resposta está escondida no clamor do profeta Isaías a Deus …
 
Verdadeiramente, Tu és Deus que Se oculta ( Se esconde, misterioso ), ó Deus de Israel, ó Salvador.” (Isaías 45:15)
 
O tema do Deus oculto é repetido inúmeras vezes na Bíblia. Por exemplo, quando Moisés pede a Deus “Mostre-me a Tua glória” (Êxodo 33:18), a resposta que ele recebe é …
 
Não Me poderás ver a face, porquanto homem nenhum verá a Minha face e viverá. Disse mais o SENHOR: Eis aqui um lugar junto a Mim; e Tu estarás sobre a penha. Quando passar a Minha glória, Eu te porei numa fenda da penha e com a mão te cobrirei, até que Eu tenha passado. Depois, em tirando Eu a mão, Tu Me verás pelas costas; mas a Minha face não se verá.” (Êxodo 33:21-23).
 
A tradição judaica interpreta isso implicando que a presença de Deus pode ser evidenciada pelas coisas que já ocorreram no passado (“Tu Me verás pelas costas“), entretanto, a própria existência de Deus está escondida dos olhos. Isso é muitas vezes comparado com o fato de que se pode ver o corpo humano, em suas várias manifestações, mas não a alma e o espírito que reside dentro de cada um. Da mesma forma como no Tabernáculo de Moisés no deserto, onde o Pátio ( que simboliza o corpo ) poderia ser visto abertamente, mas o Lugar Santo ( que representa a alma) e o Lugar Santíssimo ( que representa o espírito ) ficavam escondidos pelas várias coberturas e os véus do Santuário. Por isso o autor de Hebreus escreve que o caminho ao SENHOR foi por meio da destruição do véu ( a cobertura que simboliza a carne … nesse caso a carne de Jesus que escondia a Sua natureza divina ) que esconde o Santuário …
 
Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que Ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela Sua carne” (Hebreus 10:20)
 
O sentido e o uso da palavra `olam ( עלמּ ) agora se torna claro: o mundo inteiro é uma manifestação do oculto de Deus. Deus está no mundo, mas o mundo inteiro é também um testemunho do Deus que Se esconde ( Isaías 45:15 ) e isso para que o homem sempre tenha que fazer uso da fé, porque …
 
… sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que se torna galardoador dos que O buscam.” (Hebreus 11:16)
 
O design na palavra hebraica para “mundo” e “eternidade” agora torna-se óbvio: em uma única palavra, `olam ( עלמּ ), está descrito toda a criação que envolve o mundo físico e o tempo, percebidos na física moderna pela relação espaço-tempo que rege o universo, mas que também fala do Criador de todas as coisas e que Se esconde, que Se oculta para que o homem possa fazer uso de seu poder de escolha e busque ou não ter um relacionamento com aquEle que o criou.
 
Recomendo que você busque ao SENHOR enquanto ainda pode, como está escrito …
 
Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-O enquanto está perto. Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que Se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar.” (Isaías 55:6,7)
 
O SENHOR está muito perto de você, não se deixe enganar pelo véu do espaço-tempo dessa criação, pois escondido atrás desse véu está o Criador, esperando para lhe encontrar e mudar a sua vida de uma forma como você nunca poderia imaginar e lhe mostrar o bom propósito que Ele tem para a sua vida.
 
Que Deus lhe abençoe e lhe ilumine!🙏❤️

Ano de 5779 e os Anos Perdidos do Calendário

Estamos na véspera de um novo ano, de um início de um novo ciclo, pois amanhã será dia 01 de Tishrei, Festa das Trombetas, do novo ano civil de 5779 … pelo calendário gregoriano desse ano de 2018, esse dia cai em 10 de setembro, mas devido às diferenças entre os calendários, essas datas mudam de ano a ano. O ano de 5779 é representado pelas letras Hei ( ה … milhar … 5 ),  Tav, Shimתשׂ centena … 700 ), Ayin ( ע … dezena … 70 ) e o Tet ( ט … unidade … 9 ), como você pode perceber pela imagem anterior, mas será que esta contagem está correta?! Segundo muitos estudiosos acreditam, há um erro nessa contagem e, na verdade, estaríamos na aurora da virada para o sétimo milênio, sendo por volta do ano 6000. O profeta Daniel, há milhares de anos, já havia predito que nos últimos dias os tempos seriam mudados e o calendário seria distorcido de alguma forma; também da mesma forma o livro dos Jubileus profetizava que no tempo do fim as pessoas em sua maioria estariam perdidas na contagem do tempo segundo o calendário do SENHOR.

Nós podemos perceber a concretização dessas profecias mais intensamente e veementemente pela adoção do calendário gregoriano que mudou completamente os tempos e perdeu a essência do calendário do SENHOR e dos Seus ciclos … enquanto isso, em menor monta, no atual calendário judaico também houve uma mudança referente aos “anos perdidos”, fato esse que não influencia na percepção dos ciclos do SENHOR, mas que impacta na percepção da época em que vivemos.

O calendário designado pelo SENHOR é o calendário conhecido como judaico, pois o SENHOR mesmo define e usa os meses e dias deste calendário para determinar os Seus “Tempos Determinados” ( Suas Festas ) na história, inclusive quando se refere aos dois inícios de ano que Ele mesmo determina, conhecidos hoje como calendário religioso e civil do calendário judaico que podem ser percebidos respectivamente nesses dois trechos das Escrituras …

Disse o SENHOR a Moisés e a Arão na terra do Egito: Este mês vos será o principal dos meses; será o primeiro mês do ano { mês de Nisan da época da Festa da Páscoa a Primícias }. Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês, cada um tomará para si um cordeiro, segundo a casa dos pais, um cordeiro para cada família.” (Êxodo 12:1-3)

Também guardarás a Festa das Semanas ( Pentecostes ), que é a das primícias da sega do trigo, e a Festa da Colheita ( Tabernáculos ) na virada do ano { mês de Tishrei da época das Festas de Trombetas a Tabernáculos }.” (Êxodo 34:22)

De onde então vem esse erro da contagem de anos do atual calendário judaico?! Essa é uma questão bastante discutida em vários setores, abrangendo tanto os meios acadêmicos quanto religiosos, mas caso deseje estudar uma abrangência mais detalhada e profunda, eu recomendo a aquisição do livro “Jewish History in Conflict: A Study of the Major Discrepancy between Rabbinic and Conventional Chronology” de Mitchell First ( veja aqui ), onde ele escreve …

… a cronologia dos Sábios [ judeus ] pode ser completamente explicada. O que aconteceu é que os Sábios [ judeus ] viram [ o que eles pensavam ] ser uma previsão no livro de Daniel [ 9:24-27 ] de que um certo período de tempo se estenderia por 490 anos. Os pontos inicial e final do período de 490 anos são ambíguos. Por várias razões, os Sábios [ judeus ] interpretaram os pontos de início e fim como a destruição do Primeiro Templo e a Destruição do Segundo Templo. Uma vez que eles adotaram esta interpretação … e acreditavam que a previsão deveria ter se tornado realidade, eles foram constrangidos por outros dados conhecidos a respeito do período de tempo desde a destruição até a reconstrução ( 70 anos ), e o comprimento total do império grego, e períodos Hasmoneano e romanos ( 386 anos ). Isso forçou-os a declarar a duração do período desde a reconstrução sob Dario até o início do governo grego, como mais curto do que deveria.

Dessa forma o livro de Mitchell afirma que, de acordo com o Seder Olam Rabbah ( o livro da “Longa Ordem do Mundo” ), uma cronologia judaica do século II dC, o trabalho que forma a base de quase toda a cronologia rabínica atual, o período desde a derrota dos babilônios pelos medo-persas até o início do domínio grego, abrangeu 52 anos e abarcou os reinos de três reis persas. Porém, de acordo com a cronologia que é universalmente aceita pelos historiadores de hoje ( a cronologia convencional ), esse período de domínio persa sobre a terra de Israel abrangeu 207 anos ( de 539 a 332 aC ) e durante esse período reinaram treze reis persas. Veja a seguir uma imagem comparativa entre essas duas cronologias …

Além dos erros anteriormente mencionados, os Sábios judeus daquele tempo estavam determinados em buscar mudar a história para que Jesus não fosse considerado como o Messias de Israel e assim encaixar as falsas pretenções messiânicas de Bar Kokhbah como um messias dos pobres. Este foi o seu maior erro de todos, pois há muitas provas históricas dos 207 anos de duração do império Medo-Persa. Ambas as fontes Grego e Romano, dão amplos detalhes. Segundo alguns cronologistas bíblicos, além dos 155 anos deliberadamente cortados por Yose ben Halafta, também o Seder Olam Rabbah errou em outros detalhes menores, o que acrescenta ainda mais alguns anos perdidos nessa conta, podendo chegar, segundo alguns estudiosos afirmam, a um total de quase 240 anos perdidos.

Com base em tudo isso, então quantos anos foram efetivamente perdidos?! É certo que o número passa de mais de 160 anos, o que nos colocaria além de 5939 e, segundo alguns, poderia ser já por volta de 6019, mas teríamos como saber isso com maior precisão?! Eu particularmente acredito que, segundo a cronologia do Tempo Determinadoמועד mow`ed ) pelo SENHOR, a cruz marca a época da virada do quarto para o quinto dia ( o detalhamento disso pode ser visto neste meu outro artigo aqui ), ou seja, a cruz marcaria a virada para o ano 4000 dentro do Tempo Determinado pelo SENHOR ( em grego, καιρος kairos ), que é diferente do tempo do homem ( em grego, χρονος chronos ) devido ao que eu chamo de Tempo Não Calculado pelo SENHOR, cuja essência do conceito pode ser percebida num comparativo cronologico detalhado entre as diferenças percebidas no texto de 1 Reis 6:1 quando comparado com Atos 13:16-22 ( talvez eu escreva um artigo mais detalhado sobre essa diferença entre os dois tempos, kairos e chronos, em um artigo posterior ).

Assumindo que a crucificação ocorreu por volta do ano 30 dC, isso nos dá bem pouco tempo para estarmos à época do ano 6000 segundo a cronologia do Tempo Determinado pelo SENHOR. O que denota que o retorno do Senhor não está distante, visto que muitas vezes Ele dá indícios de que viria em um tempo por volta de 2 dias, 2 vigílias ou 2000 anos ( vide Salmo 90:4 ) … vemos isso em muitas e muitas formas … nos dois denários da parábola do bom Samaritano (Lucas 10:35), nos dois dias que passa com os Samaritanos (João 4:43), na segunda vigília da parábola do servo vigilante (Lucas 12:38), nos cerca de 2000 porcos que foram possuídos e lançados ao abismo (Marcos 5:13) e em muitos, muitos outros textos das Escrituras.

Também pode-se perceber que o SENHOR, sendo Onisciente e sabendo que no tempo do fim desta era esses anos seriam perdidos e o calendário judaico teria a sua contagem de anos alterada, Ele prefigurou algumas profecias usando essa contagem atual como uma forma de mostrar aos judeus desse tempo o Seu controle sobre a história. Um exemplo talvez possa ser percebido na questão envolvendo uma leitura profética no livro de Ester no que tange a morte e o enforcamento dos 10 filhos de Hamã (vide Ester 9:7-9). Veja esse texto em hebraico na imagem a seguir …

Como você pode perceber olhando a lista de nomes acima, quatro letras (o Tav ת no primeiro nome, o Shin שׂ e o Tav ת no sétimo nome e o Zayin ז no décimo nome) aparecem menores do que as outras letras, e isso vem desde os manuscritos antigos. Começando no topo da passagem, eu destaquei três dessas quatro pequenas letras em vermelho. Como sabemos, no idioma hebraico as letras também podem representar números; sendo assim, Tav tem um valor numérico de 400, Shin um valor numérico de 300 e Zayin um valor numérico de 7. O Tav, Shin e Zayin, totalizados de cima para baixo, representam o número 707 … Usando o método judaico de anos para registro, o número 707 pode representar o ano 5707 no calendário judaico. O New World Hebrew Dictionary de Webster afirma: “Na prática … os milhares são ignorados e o ano judaico é referido citando, em símbolos numéricos judeus, a figura das centenas e abaixo” ( p. Xxiv, Introdução, O Calendário Judaico ).

Como mostrado acima, no dia 21 de Tishrei de 5707 ( no último dia da Festa de Tabernáculos daquele ano ) do atual calendário judaico, dia 16 de outubro de 1946 no calendário gregoriano, foi o ano em que os 10 criminosos de guerra nazistas foram enforcados pelo crime de tentar erradicar o povo judeu … o que muitos associam como um segundo cumprimento do texto de Ester acima citado. O significado da quarta letra minúscula, o Tav no sétimo nome, ainda é desconhecido. Talvez pudesse significar “o fim” dos filhos de Hamã, já que Tav é a letra final do alfabeto hebraico.

Outro exemplo poderia estar relacionado ao ano em que Israel voltou a ser nação, pois segundo alguns estudiosos da Torah ( Pentateuco ), a divisão em versículos da Torah pode estar relacionado a essa questão, visto que segundo a contagem da divisão hebraica de versículos da Torah, o versículo de número 5708 é este:

Ele os trará para a terra dos seus antepassados, e vocês tomarão posse dela. Ele fará com que vocês sejam mais prósperos e mais numerosos do que os seus antepassados.” (Deuteronômio 30:5)

Acontece que 5708 é o ano em que Israel voltou a ser nação ( o ano 5708 abrange desde setembro de 1947 até outubro de 1948 do calendário gregoriano ) após quase dois mil anos de dispersão, onde vieram judeus de todas as partes do mundo à terra de Israel, como já dizia o versículo anterior:

Mesmo que tenham sido levados para a terra mais distante debaixo do céu, de lá o Senhor, o seu Deus, os reunirá e os trará de volta.” (Deuteronômio 30:4)

Considerando que a divisão em versículos foi feita séculos antes ( por volta do século XVI ) … seria isso apenas uma mera coincidência ou obra de design?! Enfim, todos esses dados apenas servem para mostrar que o SENHOR tem o controle e a presciência da história, em todas as suas formas.

O fato é que um novo ciclo se inicia neste 10 de setembro de 2018 e eu desejo que seja para você um tempo de reflexão e de retorno ao SENHOR, visto que é um tempo também de possíveis mudanças e que convidam-nos a meditar e a refletir na Palavra do SENHOR e do quanto temos seguido aos Seus caminhos ou não, afinal esse novo mês possui três Festas significativas … Trombetas, Expiação e Tabernáculos … todas elas possuem grandes e profundos significados que aqueles que conhecem ao Seu Pai Celeste não devem de forma alguma ignorar.

Existem muitos entendimentos sobre o que significam as letras que formam o ano novo de 5779 ( vide a primeira imagem deste artigo ), mas posso resumir que é um tempo de se ver e considerar o que ocorre pelo mundo ( visto o significado da letra Ayin ), principalmente em observar as ações do inimigo de nossas almas em suas ações contra nós e de buscar no SENHOR o refúgio e o caminho correto para vencer e atingir os Seus bons propósitos nesse tempo. Deixo com você o texto de Provérbios 15:30 pelas suas letras em comum com as letras que formam o ano de 5779

O olhar de amigo alegra ao coração; as boas-novas fortalecem até os ossos.” (Provérbios 15:30)

Que seja para você um ano de boas-novas que lhe fortaleçam os ossos e um novo ciclo em que o SENHOR lhe seja favorável em tudo o que faça e lhe abençoe grandemente!!! 🙏❤

O Significado “Escondido” dos 400 Anos de Gênesis 15:13

Quando observamos determinados textos nas Escrituras, é comum passar despercebido certos significados mais profundos que a passagem “esconde” … veja essa passagem por exemplo:

então, lhe foi dito: Sabe, com certeza, que a tua posteridade será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos” (Gênesis 15:13)

Essa passagem é famosa aos que conhecem as Escrituras, pois refere-se à Aliança feita entre o SENHOR e Abraão ( nesse tempo ainda conhecido apenas como Abrão ) e que abrangia toda a sua enorme descendência prometida, a qual nesse tempo existia apenas no campo da fé, visto que Abraão ainda não tinha recebido o filho da promessa.

São muitos os aspectos interessantes nessa passagem, mas aqui vou abordar apenas um ponto que não está tão perceptível no texto, mas que merece uma menção. Como pode perceber pela imagem compartilhada neste artigo, a moderna letra “Tav” ( ת ) em hebraico, que também significa marca/sinal … no tempo de Abraão ( cerca de 2000 anos antes de Cristo ), era representada pelo símbolo de uma cruz ( ), porém o que muitos também desconhecem é que, assim como todas as letras em hebraico, ela representa um valor … e o seu valor é de 400.

A libertação do povo da escravidão do Egito veio apenas após exatos 400 anos e isso aponta para a beleza e harmonia das Escrituras e do plano do SENHOR como um todo, pois fomos libertos do pecado ( simbolicamente do Egito ) por meio da cruz de Cristo, ( a letra tav “ת“, o símbolo da ,️ de 400 ). É isso o que o texto de Gênesis 15:13 já prefigurava … a libertação da aflição por meio da cruz … esse é um dos sentidos que o SENHOR “escondeu” no texto, já naquele tempo quando Moisés escrevia os textos do livro de Gênesis, pois tudo aponta para Cristo e o Seu sacrifício perfeito e libertador na cruz que nos tornou Filhos de Deus … como está escrito:

porque, por Ele [ Cristo ], ambos temos acesso ao Pai em um Espírito. Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus” (Efésios 2:18,19)

Cristo é o tema central das Escrituras … a cruz é cumprimento da promessa do SENHOR … é o maior símbolo de amor e libertação, pois a morte de Cristo na cruz é vida eterna para os que nEle creem ( João 3:16 )!

Um adendo interessante ao texto citado de Gênesis … não deixa de ser curioso o fato de que os textos proféticos bíblicos utilizem anos de 360 dias ( vide os 1260 dias de Daniel que abrangem 3 anos e meio ), pois quando se observa isso e multiplicamos os 400 anos vezes 360 dias, temos: 144.000 … o número “símbolo” das tribos “seladas” no livro de Apocalipse, no capítulo 7 … mais uma vez Gênesis 15:13 aponta para aqueles “filhos de Abraão”, os quais hoje abrangem tantos judeus quanto gentios, que são “libertos” e “selados” para o SENHOR, por meio de Cristo, e que vão herdar a “terra prometida”.

Convenhamos … a Bíblia não é linda e cheia de belezas em cada texto?! … ainda mais quando conhecemos os fundamentos nos idiomas em que ela foi escrita, pois o SENHOR se utiliza das mais diversas formas para revelar e confirmar os Seus bons propósitos para com aqueles que O amam!!!

Que o SENHOR lhe ilumine e abençoe grandemente! 🙏❤

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*** Um adendo ao artigo … vale refletir nisto, 400 também é o valor das seguintes palavras:

Hebraico:

Esposa: נשים (‘ishshah) Gên 4:19
Anos: שנים (shaneh) Gên 5:6
Céus: השמימה (shamayim) Gên 15:5
Colheita: קציר (qatsiyr) Gên 30:14
Paz: לשלם (shalowm) Gên 37:4
Livro: מספרך (cepher) Êxo 32:32
Habitar: לשכן (shakan) Núm 9:22
Fôlego: הנשמה (neshamah) Jos 10:40
Juiz: השופט (shaphat) Jui 2:18
Salvação: ישעך (yesha`) 2Sa 22:36
Leão: מכפירים (kephiyr) Sal 35:17
Traspassar: ומדקרים (daqar) Jer 51:4
Domínio: ושלטנה (sholtan) Dan 4:3 [ Aramaico ]
Sétimo: ובשביעי (shebiy`iy) Zac 7:5

Grego:

Vinho: οινος (oinos) Mat 9:17
Vinagre: οξος (oxos) Mat 27:34
Ramo: κληματα (klema) Joã 15:5
Santo: οσιον (hosios) Ato 2:27

Expressões:

“Julgue ele com justiça o Teu povo” (Salmo 72:2a)
[ Yadin Amkah B’Tsedek ] יָדִ֣ין עַמְּךָ֣ בְצֶ֑דֶק
 
“Eu falo com justiça” (Isaías 45:19)
[ Davar Tsedek ] דֹּבֵ֣ר צֶ֔דֶק
 
“santos e amados” (Colossenses 3:12)
[ Hagioi kai Hegapemenoi ] ἅγιοι καὶ ἠγαπημένοι
 
“alturas do céu” (Jó 22:12)
[ Gavah Shamayim ] גֹּ֣בַהּ שָׁמָ֑יִם
 
“Benigno e misericordioso é o SENHOR” (Salmo 145:8)
[ Hanun V’Rahum YHVH ] חַנּ֣וּן וְרַח֣וּם יְהוָ֑ה

Variantes Textuais de Deuteronômio 32:8 … Filhos de Deus

A descoberta dos Pergaminhos do Mar Morto vieram a nos mostrar que os textos bíblicos do Antigo Testamento que temos são muito fiéis ao que se conhecia anteriormente. Mas há algumas variantes textuais que são interessantes de se notar, ainda mais quando comparados a versão da Septuaginta … como exemplo, veja este trecho abaixo, baseado no texto Massorético (vide imagem anterior), que é rico em significado …

Lembra-te dos dias da antiguidade, atenta para os anos de gerações e gerações; pergunta a teu pai, e ele te informará, aos teus anciãos, e eles to dirão. Quando o Altíssimo distribuía as heranças às nações, quando separava os filhos dos homens uns dos outros, fixou os limites dos povos, segundo o número dos FILHOS DE ISRAEL.” (Deuteronômio 32:7,8)

O texto Massorético é datado de entre o século 7 e 10 depois de Cristo, mas há variantes textuais importantes e mais antigas encontradas na Septuaginta ( do terceiro século antes de Cristo ) e nos Pergaminhos do Mar Morto ( do primeiro e segundo séculos antes de Cristo ). Esse texto de Deuteronômio pode ser encontrado no pergaminho 4Q37 ( vide imagem anterior ) e o texto fica então assim …

Lembra-te dos dias da antiguidade, atenta para os anos de gerações e gerações; pergunta a teu pai, e ele te informará, aos teus anciãos, e eles to dirão. Quando o Altíssimo distribuía as heranças às nações, quando separava os filhos dos homens uns dos outros, fixou os limites dos povos, segundo o número dos [ ANJOS ] FILHOS DE DEUS.” (Deuteronômio 32:7,8)

A Septuaginta em sua tradução ( vide imagem anterior ), ao invés de usar o termo filhos, traduz para o grego como “αγγέλων” ( anjos ), a exemplo também do que se vê no livro de Jó 1:6. Algumas versões mais atuais da Bíblia trazem em suas traduções a base do que foi encontrado nos Pergaminhos do Mar Morto e usam então o termo “filhos de Deus” ao invés de “filhos de Israel” ( vide a imagem abaixo que é da versão ESV – English Standard Version ).

O termo “filhos de Deus” é mais coerente do que “filhos de Israel“, visto que essa divisão ocorreu antes de Abraão ser chamado e, consequentemente, antes da nação de Israel florescer … o fato de surgir a variação “filhos de Israel” deve-se também ao fato de que Israel também é chamado de “filho de Deus” muitas vezes nos textos bíblicos, visto ser a nação escolhida por Deus. Mesmo o próprio texto de Deuteronômio 32, riquíssimo em dados e significados, dá várias indicações dessa filiação em alguns dos textos, como estes …

Porque a porção do SENHOR é o Seu povo; Jacó é a parte da Sua herança.” (Deuteronômio 32:9)

Olvidaste a Rocha que te gerou; e te esqueceste do Deus que te deu o ser. Viu isto o SENHOR e os desprezou, por causa da provocação de seus filhos e suas filhas” (Deuteronômio 32:18,19)

Tenho feito há um bom tempo, muitos estudos e pesquisas comparando os Pergaminhos do Mar Morto, da Septuaginta e dos textos Massoréticos … e se percebe claramente como alguns desses textos mais antigos ( Septuaginta e Pegaminhos do Mar Morto ) influenciaram os escritores do Novo Testamento e isso é muito interessante, pois trás luz a certos entendimentos, interpretações e o porquê do uso de alguns termos nos textos do Novo Testamento. Essa variante, por exemplo, é interessante quando se analisam questões relacionadas a “assembléia dos deuses” como visto no Salmo 82 e em muitos outros textos. Enfim, este é um tema muito rico em vários aspectos e abrange muito significado, mas ficará para outros posts e artigos devido a sua grande abrangência.

Beleza e Curiosidades da Bíblia – Verdade

Em um tempo onde muitos buscam relativizar a verdade, retirando de sua essência os imprescindíveis absolutos, criando assim sofismas sobre sofismas … mentiras com aparência de verdades … é preciso então se resgatar a essência do sentido da verdade por si só, a qual em sentido último mais profundo aponta para o Criador e SENHOR de todas as coisas.

A idéia hebraica de “verdade” ( emet: אֱמֶת ) é mais rica do que a descrição factual ou a sua “correspondência” entre linguagem e realidade, uma vez que ela contém implicações morais e possibilidades: o que é verdadeiro, também é certo, bom, confiável ( honesto ), bonito e sagrado. A palavra hebraica vem de um verbo raíz ( aman: אמנּ ), que significa “confirmar”, “ser fiel” ou “permanecer firme“, e a sua forma substantiva ( ou seja, emuná: אֱמוּנָה, “fidelidade” ou “confiabilidade” ) expressa a vontade de viver com o que for ratificado, o “amém” da decisão; onde o termo “amém”, no grego “αμην“, tem a sua raíz no hebraico אמנּ ( ‘amen ), que significa “em verdade”, “verdadeiramente” ou “assim seja“.

Observando a constituição da palavra verdade ( emet: אֱמֶת ) em hebraico ( vide imagem anterior ), você tem as letras Alef ( א ), Mem ( מ ) e Tav ( ת ). A letra Alef representa o SENHOR Deus, isso pode ser inferido por uma série de indicativos, mas vou colocar apenas um para não me estender, pois o formato da letra Alef, é compreendido por muitos rabinos como um composto da letra Vav ( ו ) no meio, com dois Yud’s ( י ), um na parte de cima e outro na parte de baixo formando então o ” א ” e, somando-se os valores do Vav e dos dois Yuds ( 6 + 10 + 10 ), temos 26 … que é o valor do tetragrama do nome de Deus ( יהוה ). Sendo assim, na palavra emet ( אמת ), se você retirar o Alef, que representa Deus, sobra ( מת ) … esta é uma palavra para “morto” ( מת ) … ou seja, quando você remove Deus da verdade ( אמת ), o resultado é morte ( מת ).

Portanto, o conceito hebraico de verdade é existencial … está intrinsicamente ligado ao SENHOR, o Autor e Criador da vida: a verdade que não é vivida não é realmente verdade. Falar a verdade ( dibbur emet ) e abominar a desonestidade são atos considerados fundamentais para a vida moral, como diz o SENHOR: “Falai a verdade ( דַּבְּרוּ אֱמֶת ) uns aos outros; fazei justiça verdadeira e perfeita em seus portões” (Zacarias 8:16). Jesus diz repetidamente, “Amém, amém ( em verdade, em verdade ) Eu digo a vocês …“, para sublinhar a confiabilidade e a certeza da verdade de Deus (Mateus 5:18, 26, etc.) e, na verdade, Ele mesmo é chamado de “o Amém, a testemunha fiel e verdadeira” (Apocalipse 3:14).

Quando se olha o hebraico na sua forma mais antiga, através de pictogramas ( vide imagem anterior ), vemos que verdade é formado por um Alef, representado por uma cabeça de boi ( simbolizando o mais forte, força, poder, liderança ), por um Mem representado por águas ( simbolizando caos, nações, sangue ) e por um Tav, representado por uma cruz ( simbolizando marca, sinal ). Quando pegamos o significado de cada letra, como já vimos anteriormente, podemos inferir que a verdade no seu sentido mais profundo da simbologia é: “Deus ( o mais forte ) derramando o Seu sangue numa cruz“.

Que o SENHOR lhe abençoe e que lhe inunde com Sua verdade!🙏❤

As Cinzas da Novilha Vermelha

As cinzas da novilha vermelha representavam a morte e o sacrifício de algo extremamente raro, valioso e precioso. As cinzas eram misturadas com “água viva” ( מַיִם חַיִּים ), ou seja, “água corrente” para revelar a verdade de que, embora o fim de toda carne é pó e cinza, o Espírito dá a limpeza que purifica e a vida. Na verdade, as letras da palavra “cinzas“, em hebraico אֵפֶר, podem ser rearranjadas para soletrar tanto “cura” ( רַפֵא ) quanto “beleza, ornamento, coroa” ( פְאֵר ).
 
O autor do livro de Hebreus argumenta, a partir do menor para o maior, que: “Se o sangue de bodes e de touros e a cinza de uma novilha, aspergidos sobre os contaminados, os santificam, quanto à purificação da carne, muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito Eterno, a Si mesmo Se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!” (Hebreus 9:13,14).
 
Na verdade, por causa do sacrifício de Cristo nos é dado “… beleza ( coroa ) em vez de cinzas; óleo de alegria, em vez de pranto; veste de louvor, em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem carvalhos de justiça, plantados pelo SENHOR para a Sua glória” (Isaías 61:3).