O Selo de Ezequiel 9

Meditando hoje no contexto de Ezequiel 9, várias coisas me chamaram a atenção, mas neste post vou apenas observar o versículo 4, pois ele é muito interessante quando lido nos originais em hebraico. O versículo diz:

e lhe disse: Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal (תו “tav”) a testa dos homens que suspiram e gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela.” (Ezequiel 9:4)

O contexto do capítulo 9 de Ezequiel é sobre a sentença de morte pronunciada contra Jerusalém e executada assim que os justos são “selados” (marcados) contra a destruição. Os que são “selados” (marcados) constituem um remanescente salvo. Esse “selo” sobre os justos, nos remete aos servos de Deus que são selados na fronte em Apocalipse 7:3, 9:4 e 14:1.

A marca do texto de Ezequiel que era para ser colocada na testa dos justos é a letra hebraica “tav”; a parte curiosa sobre essa letra é que, à época de Ezequiel no século 6 a.C., o “tav” era representado como uma cruz (vide a imagem abaixo).

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O formato atual e moderno do “tav”, o qual lembra a marca do sangue nos umbrais das portas na décima praga do Egito (vide a imagem abaixo), veio apenas nos séculos seguintes.

new_tavSendo assim, os justos no texto de Ezequiel que foram selados para serem salvos da destruição, foram aqueles que receberam o sinal, o “tav”, no formato de uma cruz … isso te lembra algo?! 🙂

Glórias ao SENHOR! Pela cruz de Cristo fomos “selados”, “marcados com um sinal” que nos justifica e nos poupa da destruição futura!

 

 

O Jaspe, O Sardônio, A Esmeralda

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O esplendor do SENHOR …

Imediatamente, eu me achei em espírito, e eis armado no céu um trono, e, no trono, alguém sentado; e esse que se acha assentado é semelhante, no aspecto, a pedra de jaspe e de sardônio, e, ao redor do trono, há um arco-íris semelhante, no aspecto, a esmeralda.” (Apocalipse 4:2-3)

Nesse trecho o traço central é o “trono e o seu ocupante”, o texto diz que o esplendor do SENHOR é como o “jaspe” e o “sardônio”. Essas duas pedras mencionadas são, não por acaso, a última (jaspe) e a primeira (sardônio) pedra das doze pedras que cobriam a couraça do sumo sacerdote do Antigo Testamento (veja em Êxodo 28:17-20). 

A primeira pedra é para Rúben ( ראובנּ “R@’uwben” ), cujo nome significa “eis um filho” e a última pedra é para Benjamim ( בנימינּ “Binyamiyn” ), cujo nome significa “filho da minha mão direita”. As pedras são uma representação de Cristo, que é o “Primeiro e o Último” (Apocalipse 1:17). Em seu ministério na Terra, o SENHOR dirigiu-se a Ele como “Meu Filho amado” (Mateus 3:17) e no céu Ele é o Filho que “assentou-se à direita da Majestade nas alturas” (Hebreus 1:3). Sendo assim, o esplendor do SENHOR como sardônio e jaspe denotam ao Seu Filho … “Eis um filho … filho da minha mão direita“.

A menção à “esmeralda” ao redor do trono, implica, segundo a linha de raciocínio colocada anteriormente, à Judá ( יהודה Y@huwdah ), cujo significado é “louvado” … o significado fala por si … o meu Senhor é o único louvado e exaltado sobre todos, cujo nome está acima de todo nome! Definitivamente as Escrituras são majestosas na sua beleza, harmonia e perfeição … glórias ao SENHOR!


Bendito és Tu, SENHOR, Deus de Israel, nosso Pai, de eternidade em eternidade. Teu, SENHOR, é o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade; porque Teu é tudo quanto há nos céus e na terra; Teu, SENHOR, é o reino, e Tu Te exaltaste por chefe sobre todos. Riquezas e glória vêm de Ti, Tu dominas sobre tudo, na Tua mão há força e poder; contigo está o engrandecer e a tudo dar força.” (1 Crônicas 29:10-12)

Não desconsidere a Palavra de Deus, foi este o grande erro de Salomão …

Mesmo o homem considerado um grande sábio, pode tornar-se um completo tolo a partir do momento em que começa a desconsiderar o que dizem as Escrituras, veja o caso de Salomão por exemplo. O SENHOR já havia alertado previamente sobre o comportamento apropriado para reis, caso Israel viesse a decidir ter um, onde diz:

Porém este [rei] não multiplicará para si cavalos, nem fará voltar o povo ao Egito, para multiplicar cavalos; pois o SENHOR vos disse: Nunca mais voltareis por este caminho. Tampouco para si multiplicará mulheres, para que o seu coração se não desvie; nem multiplicará muito para si prata ou ouro.” (Deuteronômio 17:16-17)

Mesmo com essa evidente e notória advertência, conhecida na época pelo próprio Salomão e muitos dos seus conselheiros, Salomão decidiu ignorar a recomendação do SENHOR, como fica evidente nestes textos:

Os cavalos de Salomão vinham do Egito e da Cilícia; e comerciantes do rei os recebiam da Cilícia por certo preço.” (1 Reis 10:28)

Salomão possuía quatro mil estábulos para cavalos e carros e doze mil cavalos, dos quais mantinha uma parte nas guarnições de algumas cidades e a outra perto dele, em Jerusalém.” (2 Crônicas 9:25)

Ora, além da filha de Faraó, amou Salomão muitas mulheres estrangeiras: moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e hetéias, mulheres das nações de que havia o SENHOR dito aos filhos de Israel: Não caseis com elas, nem casem elas convosco, pois vos perverteriam o coração, para seguirdes os seus deuses. A estas se apegou Salomão pelo amor. Tinha setecentas mulheres, princesas e trezentas concubinas; e suas mulheres lhe perverteram o coração. Sendo já velho, suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses; e o seu coração não era de todo fiel para com o SENHOR, seu Deus, como fora o de Davi, seu pai.” (1 Reis 11:1-4)

O resultado para Salomão, o homem que já foi considerado o mais sábio em toda a Terra em sua época, foi ser reprovado pelo único a quem se deve buscar aprovação, o SENHOR, como está escrito:

Pelo que o SENHOR se indignou contra Salomão, pois desviara o seu coração do SENHOR, Deus de Israel, que duas vezes lhe aparecera. E acerca disso lhe tinha ordenado que não seguisse a outros deuses. Ele, porém, não guardou o que o SENHOR lhe ordenara. Por isso, disse o SENHOR a Salomão: Visto que assim procedeste e não guardaste a minha aliança, nem os meus estatutos que te mandei, tirarei de ti este reino e o darei a teu servo.” (1 Reis 11:9-11)

Este exemplo de como Salomão ignorou as recomendações do SENHOR, fizeram do homem mais sábio em um grande tolo, visto que, no decorrer de sua vida, ao ir contra a lei do SENHOR, acabou por perder a única coisa que interessa, por isso não é de admirar que no fim de sua vida, Salomão tenha chegado a essa conclusão:

De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem. Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más.” (Eclesiastes 12:13-14)

Recomendo que siga esse conselho de Salomão, pois ele conheceu as consequências de sua tolice ainda em vida quando experimentou o dissabor de ter o SENHOR como adversário e isso o quebrantou como se percebe nessa conclusão no livro de Eclesiastes.

Portanto, seja mais sábio do que foi Salomão, e siga ao SENHOR sem se desviar do Seu caminho nem para a direita e nem para a esquerda. Nós temos hoje a felicidade de poder contar com o Espírito do SENHOR para nos conduzir em tudo o que fizermos, como está escrito:

Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro de vós o Meu Espírito e farei que andeis nos Meus estatutos, guardeis os Meus juízos e os observeis.” (Ezequiel 36:26-27)

A Bacia de Bronze do Tabernáculo

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No deserto, na entrada do Tabernáculo, foi construído uma “pia de bronze”; o lugar onde os sacerdotes se lavavam e se preparavam antes de entrarem na Presença Divina:

Farás também uma bacia de bronze com o seu suporte de bronze, para lavar. Pô-la-ás entre a tenda da congregação e o altar e deitarás água nela. Nela, Arão e seus filhos lavarão as mãos e os pés. Quando entrarem na tenda da congregação, lavar-se-ão com água, para que não morram; ou quando se chegarem ao altar para ministrar, para acender a oferta queimada ao SENHOR.” (Êxodo 30:18-20)

A Escritura nos diz que esta bacia foi feita a partir dos espelhos das mulheres que os ofereceram para ajudar a construir o santuário:

Fez também a bacia de bronze, com o seu suporte de bronze, dos espelhos das mulheres que se reuniam para ministrar à porta da tenda da congregação.” (Êxodo 38:8)

Entendendo isso espiritualmente, os espelhos foram transformados de um lugar onde se encontrava a própria aparência para um lugar onde se encontrava a Deus. Em vez de usarem os espelhos para focar em suas faces superficiais, agora esses espelhos refletem a luz do amor de Deus, com a antiga autoimagem agora “sacrificada” ou rendida para alcançar um “novo eu” mais profundo:

Assim que, nós, daqui por diante, a ninguém conhecemos segundo a carne; e, se antes conhecemos Cristo segundo a carne, já agora não O conhecemos deste modo. E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” (2 Coríntios 5:16-17)

Este é o “novo eu”, purificado pela Palavra de Deus, refletindo o brilho da Sua presença, como diz Efésios 5:26: “ para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra”.

E apresentando agora esse “novo eu” ( הָאָדָם הֶחָדָשׁ ), criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade, como diz Efésios 4:24: “… e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade”.

O espelho “sacrificado” representa a mudança para encarar a realidade, para ver-se como Deus nos vê … pois, por causa de Jesus, temos acesso ao interior do coração de Deus:

Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.” (Hebreus 4:16)

Sendo assim, entenda agora como e quem você é em Cristo: “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na Sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.” (2 Coríntios 3:18).

A Cura Na Orla de Suas Vestes

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Por que a mulher do fluxo de sangue, assim como muitos outros que tocavam a orla das vestes de Jesus eram curados? E por que eles acreditavam que se somente tocassem nas extremidades das vestes de Jesus eles seriam curados?

Veja os relatos abaixo:

Então, estando [ Jesus ] já no outro lado, chegaram a terra, em Genesaré. Reconhecendo-O os homens daquela terra, mandaram avisar a toda a circunvizinhança e trouxeram-lhE todos os enfermos; e lhE rogavam que ao menos pudessem tocar na orla da Sua veste. E TODOS os que tocaram ficaram sãos.” (Mateus 14:34-36)

Onde quer que Ele [ Jesus ] entrasse nas aldeias, cidades ou campos, punham os enfermos nas praças, rogando-lhE que os deixasse tocar ao menos na orla da Sua veste; e quantos a tocavam saíam curados.” (Marcos 6:56)

Certa mulher que, havia doze anos, vinha sofrendo de uma hemorragia, e a quem ninguém tinha podido curar [ e que gastara com os médicos todos os seus haveres ], veio por trás dEle e lhE tocou na orla da veste, e logo se lhe estancou a hemorragia.” (Lucas 8:43-44)

A explicação é muito simples e requer observar o que as profecias diziam a respeito do Messias, no caso, basta ler este texto de Malaquias …

Mas para vós outros que temeis o Meu nome nascerá o sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas; saireis e saltareis como bezerros soltos da estrebaria.” (Malaquias 4:2)

Essa tradução, assim como outras, dificulta o entendimento para quem não conhece o hebraico, portanto, observe:

  • O termo “salvação” vem de מרפא ( marpe’ ) que significa: saúde, recuperação, cura, salvação. A raiz dessa palavra é רפא ( rapha’ ) que refere-se a: curar, tornar saudável; referindo-se a Deus como a fonte da cura ( cabe aqui lembrar que um dos nomes de Deus, quando transliterado para o Português, é “Jeová-Rafah”, o Deus que cura, “O Senhor que sara”, como está escrito em Êxodo 15:26 ).
  • O termo “asas” vem de כנפּ ( kanaph ) que significa: asa, extremidade, beira, alado, borda, canto, veste, extremidade, orla, canto (da veste). Veja outro texto profético relacionado a esse mesmo termo, mas com outra tradução escolhida para o Português em Zacarias 8:23, “Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Naquele dia, sucederá que pegarão dez homens, de todas as línguas das nações, pegarão, sim, na orla da vesteכנפּ kanaph ) de um judeu e lhe dirão: Iremos convosco, porque temos ouvido que Deus está convosco“.
  • O termo “justiça” vem de צדקה ( ts@daqah ) que significa: justiça, retidão, retidão (no governo) referindo-se ao juiz, governante, rei, referindo-se à lei, referindo-se ao rei davídico, o Messias.

Portanto, as pessoas da época que conheciam as profecias sobre o Messias tão aguardado, sabiam que a extremidade de suas vestes trazia cura para os enfermos, pois conhecendo o significado dos termos colocados acima podemos ler o versículo de Malaquias dessa forma:

Mas para vós outros que temeis o Meu nome nascerá o sol da justiça [ o Messias ], trazendo curasaúde, salvação ] nas extremidades, nas orlas de Suas vestes; saireis e saltareis como bezerros soltos da estrebaria.” (Malaquias 4:2)

Jesus, como testemunhado nos evangelhos citados acima, estava cumprindo a profecia de Malaquias como era esperado que o Messias o fizesse. A fé, a crença dessas pessoas de que Jesus era o Messias esperado que viria (nasceria), funcionava como uma chave que conectava o cumprimento da profecia de Malaquias com aquele que o buscava, acreditando ser Ele o Messias que traria cura na orla de Suas vestes.

Observando esse mesmo texto em sua origem hebraica ( מרפא “marpe’”, cura, salvação ) e após relatado no grego ( σωζω “sozo”, salvar, curar ), o termo em grego está ligando o texto de Malaquias com o que está relatado nos evangelhos, é por isso que algumas traduções no Português usam a resposta de Jesus à mulher: “Filha, a tua fé te SALVOUσωζω “sozo” ); vai-te em paz” (Lucas 8:48 ARA),  e outras usam “Filha, a sua fé a CUROUσωζω “sozo” )! Vá em paz”(Lucas 8:48 NVI).

A extremidade das vestes de Jesus, como a de todo israelita que cumpria os mandamentos, apontava para os mandamentos do SENHOR, a Sua palavra, como está escrito …

Fala aos filhos de Israel e dize-lhes que nos cantos ( כנפּ kanaph ) das suas vestes façam franjas ( ציצת tsiytsith ) pelas suas gerações; e as franjas ( ציצת tsiytsith ) em cada canto ( כנפּ kanaph ), presas por um cordão azul. E as franjas ( ציצת tsiytsith ) estarão ali para que, vendo-as, vos lembreis de todos os mandamentos do SENHOR e os cumprais; não seguireis os desejos do vosso coração, nem os dos vossos olhos, após os quais andais adulterando, para que vos lembreis de todos os Meus mandamentos, e os cumprais, e santos sereis a vosso Deus.” (Números 15:38-40)

Que o SENHOR lhe abençoe e que você encontre cura e salvação no Senhor!!! ❤️

Como Deus Promoveu o Retorno dos Judeus à Israel

Aos que gostam de história e de observar as digitais do SENHOR movimentando-a, seguem algumas informações:

A partir do século 18, o SENHOR começou a enriquecer muitos judeus para promover o seu retorno; em 1750, a Rússia decretou tolerância aos judeus; em 1753, a Inglaterra naturalizou os judeus residentes como cidadãos; o que também ocorreu em 1780 na Áustria e em 1788 na França; em 1806 a Rússia chamou os judeus de volta, banidos por Pedro, o Grande; também em 1806 a Itália emancipou os judeus e a Prússia, em 1813, reconheceu os seus direitos.

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Em 1838 e 39, o The Times, de Londres, publicou as idéias do Lord Shaftes Bury sobre o retorno de Israel à sua terra, apelando para a Rainha Vitória para interceder a favor de suas teses.

Em 1860, a Aliança Hebraica foi fundada para promover a liberdade dos judeus em todos os países e colonizar a terra prometida. Assim, vemos os gentios, mais uma vez, de uma maneira indireta, patrocinando o retorno de Israel.

De repente … em 1867 a Turquia permite o retorno dos judeus. Na mesma ocasião espalhou-se a notícia em Londres de que um industrial judeu, Sir Moses Montifiore, colocou uma fábrica de tecidos em Jerusalém, juntamente com um moinho de trigo e uma vila de casas, indo à falência logo após.

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Em 1878, houve o primeiro encontro de Conferências Proféticas em Nova Iorque, na Igreja de Santa Trindade, com a presença de 49 pastores presbiterianos, 23 batistas e os restantes entre episcopais, luteranos e metodistas, ao todo eram 122. Houve um compromisso solene entre eles de ensinar a Segunda Vinda de Cristo e a restauração de Israel. A expectação do retorno do Senhor e de Israel aumentaram nos arraiais evangélicos.

Em 1879, um judeu crente, Adolfo Saphir, presbiteriano, realizava uma série de conferências sobre o tema: Israel e a Bíblia, em Londres. Mais tarde fundou uma entidade de Evangelismo aos judeus – Testemunho Hebreu-Cristão para Israel. Em 1889, John Wilkinson publicou um livro chamado “Israel, minha Glória”, um clássico mundial. Wilkinson também foi fundador de uma Missão de evangelismo aos judeus em 1876, em Londres, cujos resultados se fizeram sentir na França, Europa oriental, norte da África e até no Brasil, com a presença de Salomão Ginsburg, convertido pelo trabalho missionário desta entidade.

Entre 1860 a 1899, o evangelista Moody ganhou centenas de almas ao difundir em seus temas, nos sermões evangelísticos, a volta de Cristo e o retorno de Israel.

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Em 5 de março de 1891, o metodista Blackstone, missionário aos judeus, publicou um manifesto juntamente com mais 550 assinaturas de clérigos, homens de negócios e editores; o manifesto apelava ao secretário de Estado do presidente Harrison dos EUA, pedindo a interferência do presidente junto às nações para que desse de volta a Palestina para os judeus. Blackstone viajou para Israel e relatou com detalhes minuciosos a condições favoráveis para tornar a florescer a nação de Israel.

Em 1908, Blackstone escreveu um livro chamado: “Jesus está voltando” que foi traduzido para o português, cujos exemplares são raros; ali o autor defende a restauração literal de Israel conforme as Escrituras.

Em 1897, Teodoro Herlz realiza o 1º Congresso Sionista, onde profere a famosa profecia de que os judeus voltariam a ter a sua terra num prazo de até 50 anos (1 jubileu), o que veio a se comprovar em novembro de 1947.

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Em 1917, Allemby conquista a Palestina dos Otomanos, entrando em Jerusalém, puxando o seu cavalo para não ser confundido com o Messias; Allemby, o general Inglês, se tornou o marco de retorno de Israel.

Em 2 de novembro de 1917, o governo Britânico reconhecia a necessidade do estabelecimento do Estado de Israel através da Declaração de Balfour.

Em 1920, o Reverendo Alfredo Borges Teixeira, da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil, movido por grande expectação quanto à Segunda Vinda de Cristo e ao retorno de Israel, publicou um clássico da literatura evangélica brasileira: “Maranata, o Senhor vem”; republicado 50 anos mais tarde (1970).

Em 1933, Samuel Schor, um judeu crente, publicou nos EUA um livro com o título: “A Eternidade da Nação e a Volta do Rei”, já falando de Israel como uma nação restaurada.

De repente … o nazismo, a II Guerra Mundial e o seu término e … em 29 de Novembro de 1947 foi aprovado um Plano de Partilha da Palestina pela Assembleia Geral das Nações Unidas, através da sua Resolução 181. Em 14 de maio de 1948, na ONU, Israel é proclamado como Estado independente.

Enfim, é muito interessante ver os movimentos progressivos ao se observar os eventos antecedentes que culminaram nos momentos históricos de 1947 e 1948, com relação à nação de Israel, sem esquecer todas as “ondas de imigração” (Aliyoth) de retorno dos judeus à sua terra antes desse tempo, conhecidas como “Aliyah”:

  • 1ª Aliyah (1882-1903) : 25.000 judeus vindos da Rússia; 1.000 judeus vindos do Iêmen.
  • 2ª Aliyah (1904-1914): 40.000 judeus, principalmente da Rússia, mas também da Polônia.
  • 3ª Aliyah (1919-1923): 35.000, principalmente da Rússia (53%), mas também da Lituânia e Romênia (36%). Os demais vieram do Leste Europeu, com exceção de 800 imigrantes provenientes da Europa Ocidental.
  • 4ª Aliyah (1924-1931): 80.000 da Polônia (50%) e da União Soviética, Lituânia e Romênia (50%).
  • 5ª Aliyah (1932-1938): sob o governo de Hitler, 250.000 judeus, principalmente fugitivos de Alemanha, Polônia e Europa Central.
  • 6ª Aliyah (1934-1947): os chamados imigrantes “ilegais”, antes, durante e após a II Guerra Mundial, apesar das barreiras britânicas.

Nefesh

Fontepublicado originalmente aqui

Os Passos do Messias Podem ser Ouvidos …

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O nosso mundo parece, em muitas maneiras e formas, estar buscando inclinar-se em direção a um colapso … muitos de nós estão preocupados, e alguns até assustados. A corrupção e a decadência estão ao nosso redor e, em muitos aspectos, o mundo parece sem sentido ou direção …. Não podemos confiar em nossos políticos e líderes mundiais. Banqueiros e grandes corporações estão se posicionando contra os valores judaico-cristãos, outrora colunas da sociedade ocidental. O mundo atual vive em contínuo risco de entrar nas vias de fato de um grande conflito entre forças globais, parece que nos últimos anos os líderes mundiais pisam em gelo fino, fugindo o máximo que podem para evitar conflitos, mas sem conseguir se desvencilhar das situações que continuamente os levam à eles. Parece não haver nenhum líder genuíno em quem podemos confiar; apesar de toda tecnologia, cada dia é mais difícil de se obter boas informações para se tomar decisões de qualidade; vivemos no limiar de se estar fora de controle … e toda essa insegurança gera em muitos um stress estafante, depressivo. Muitos cristãos “dormem” em meio a tudo o que vem ocorrendo e vários “pensadores cristãos” encontram-se alienados … ensimesmados …. a voz profética, em muitos ambientes, parece que foi reprimida e fechada em guetos … e como reiteram as Escrituras: “sem profecia o povo perece” (Pv 29:18); ficam confusos, perplexos e sentem-se ameaçados … como que às cordas num ringue. Ainda assim, isso é exatamente o que o “sistema mundial” quer que você se sinta: “confuso, perplexo e ameaçado”, porque, desta forma, eles podem promover os seus planos de engenharia social e de controle, sem riscos de séria dissidência …

Entretanto, apesar de tudo isso e de todo esse cenário, está claro pelas Escrituras que “no amor de Deus, o perfeito amor, não há nenhum medo” (1 João 4:18,19), especialmente porque sabemos que não há nenhum poder real além do SENHOR (isto é, Ele é o único verdadeiro poder no universo, apesar das ameaças que a humanidade rotineiramente coloca uns sobre os outros) …. O SENHOR, o Deus de Israel, está no controle de todas as coisas. Na verdade, Jesus (Yeshua) é chamado de “o Soberano dos reis da terra” (Apocalipse 1:5) – e isso significa que, no fim, todos vão responder e estar sujeitos a Ele. O SENHOR Deus Todo-Poderoso reina, e nós não necessitamos de ficar sujeitos ao medo do homem ou de seus dispositivos. Invoque o nome do SENHOR e caminhe com fé!

Nesse artigo eu vou abordar algumas curiosidades observadas na tradição escatológica do judaísmo ortodoxo ( o qual não reconhece Jesus como o Messias ), que é o período de tempo imediatamente antes da chegada do Messias e que é, às vezes, chamado ikvot meshicha (עִקְּבוֹת מְשִׁיחַ), o momento em que os “passos do Messias” podem ser ouvidos. Este é o tempo designado por Deus para a redenção messiânica final e o encerramento da época atual, segundo o judaísmo ortodoxo. Para os cristãos, isto refere-se ao tempo pouco antes da segunda vinda de Jesus para julgar as nações e estabelecer o Seu reino em Jerusalém. Aqui está como a Mishná, a tradição oral judaica, descreve esse tempo:

Com os passos do Messias a soberba deve aumentar e a escassez chegar à sua medida . . . A sabedoria dos escribas se tornará insípida e os que evitam o pecado serão considerados desprezíveis, e a verdade em nenhuma parte será encontrada. Crianças devem envergonhar os anciãos, e os anciãos se levantarão diante dos filhos, pois “o filho desonra o pai, a filha se levanta contra a sua mãe, a nora contra a sogra: os inimigos do homem são os homens da sua própria casa”. A face desta geração é como a face de um cão, um filho não vai sentir vergonha diante de seu pai. (Sotah 9:15b).

De acordo com fontes judaicas ortodoxas tradicionais (Pesachim 54b; Midrash Tehilim 9:2), ninguém sabe o momento em que o Messias aparecerá – embora existam algumas “dicas”. Deus criou o mundo em seis dias, onde cada um dos quais representa mil anos. O sétimo dia é o início do grande sábado de descanso messiânico e, portanto, essa era não pode durar para além de 6.000 anos, interpretação essa que vem muito antes dos tempos de Cristo nas escolas rabínicas antigas … alguns estudiosos rabinos atribuem essa interpretação como vindo desde os tempos da escola do profeta Elias … outros, de antes, dos tempos de Enoque. De acordo com o calendário judaico tradicional estamos vivendo perto do fim do sexto milênio, o “Erev Shabbat” do mundo. Estamos nos aproximando, em outras palavras, do profetizado Fim dos Dias desta era e do aparecimento do Messias (para nós cristãos, da segunda vinda de Cristo)!

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De acordo com os sábios judeus até o ano 6.000 o Messias tem que chegar, podendo chegar antes. Isso está de acordo também com os ensinamentos de Jesus e de Suas testemunhas apostólicas (Mateus 24:36-44; 1 Tessalonicenses 5:1-3; 2Pedro 3:10; Apocalipse 3:3). A condição do mundo durante o “acharit Hayamim” (o “fim dos dias”) será grosseiramente má (2 Pedro 3:3; 2 Tessalonicenses 2:3-4, 2 Timóteo 3:1-5). Segundo o entendimento escatológico do judaísmo Ortodoxo, o mundo vai sofrer várias formas de tribulação, chamado “chevlei Mashiach” – as “dores de parto do Messias” (Sanhedrin 98a; Ketubot, Bereshit Rabá 42:4, Mateus 24:8). Às vezes, as dores de parto se dizem que são para durar uma geração, com os últimos 7 anos como sendo o mais intenso período de tribulação – o “tempo da angústia de Jacó” (Jeremias 30:7). A primeira onda de problemas vieram de Edom (isto é, de “Roma/Europa”), na forma do Holocausto; a segunda onda é proveniente de Ismael (isto é, os países árabes) na forma do conflito árabe-israelense. Isso está de acordo com os ensinamentos de Jesus no Sermão do Monte (Mateus 24-25). Para os sábios judeus, alguns dos “sinais” deste período incluem o surgimento de vários falsos profetas, numerosas guerras e “rumores de guerras” (incluindo a ascensão de Magog), fome, terremotos, a apostasia em todo o mundo a partir da fé, perseguição e uma espécie globalizada de impiedade que é revelada no egoísmo desenfreado, avidez, ousadia (audácia), falta de vergonha e uma falta geral de gratidão. O maior sinal, no entanto, é que Israel existirá mais uma vez como uma nação soberana, apesar do exílio profetizado entre as nações (Deuteronômio 4:27-31; Jeremias 30:1-3).

De acordo com alguns dos sábios entre os judeus ortodoxos, o trabalho de Pirkei D’Rabbi Eliezer, do século 9, prediz que pouco antes da vinda do Messias, “Ismael” (leia-se, islâmicos) vai crescer e emergir em poder para aterrorizar o mundo. De acordo com o Yalkut Shimoni (uma compilação comentada de livros da Bíblia Hebraica, escrita por volta do século 13 aproximadamente), o rei da Pérsia (Irã) vai “ter uma arma que vai aterrorizar o mundo”. A vinda do “Messias do Mal” (nome de código Armilus) em seguida iria aparecer no palco do mundo para oferecer um tratado de paz para Israel e o Oriente Médio”, mas que, “quando disserem: ‘paz e segurança’ (aliança confirmada), em seguida, sobrevirá repentina destruição sobre eles, como as dores de parto que vem sobre uma mulher grávida (o tempo da angústia de Jacó), e eles não vão escapar” (veja 1 Tessalonicenses 5:3).

Armilus (em hebraico ארמילוס) (também escrito Armilos e Armilius) é uma figura anti-messias na escatologia judaica medieval, comparável à interpretações medievais do Anticristo cristão e do Dajjal islâmico, que vai conquistar Jerusalém e perseguir os judeus até a sua derrota final nas mãos de Deus ou do verdadeiro Messias. Sua inevitável destruição simboliza a vitória final do bem sobre o mal na era messiânica. O Sefer (livro) Zorobabel é provavelmente do século 7. Armilus é imaginado talvez como sendo um criptograma para Heráclio e pensa-se que os eventos descritos no Sefer (livro) Zorobabel coincidem com a revolta judaica contra Heráclio. O Midrash Vayosha do século 11, que descreve Armilus, foi publicado em Constantinopla em 1519.

De acordo com a Enciclopédia Judaica, Armilus é “um rei que irá surgir no final do tempo contra o Messias, e será conquistado por ele depois de ter trazido muita angústia sobre Israel”. Ele é mencionado no Midrash Vayosha, Sefer (livro) Zorobabel e outros textos. Ele é um adversário semelhante a Gog e Magog. No Sefer (livro) Zorobabel ele toma o lugar de Magog e derrota o Messias “ben Joseph” (filho de José). A origem desta figura, que dizem ser a prole de Satanás e uma virgem, ou de Satanás e uma estátua (ou “pedra”), é considerado como questionável pela Enciclopédia Judaica, devido à variação e uma relação clara (se não paródia) da doutrina cristã, lendas e escrituras.

Este é o significado dos extraordinários acontecimentos mundiais cataclísmicos que estamos presenciando neste tempo … Finalmente, o período da Grande Tribulação é redentor e de cura (chamado yissurei ahavah, “os problemas do amor”). Os profetas escreveram que Sião vai passar por trabalho de parto e, em seguida, dará à luz filhos (Isaías 66:8). Assim, o rabino Vilna Gaon (1720-1797), escreveu que a “geulah” (a redenção nacional) é algo como o renascimento da nação de Israel. Isso está de acordo com o cumprimento profético do Yom Kippur como o dia do juízo e o tempo de conversão nacional de Israel. Vilna Gaon também proferiu uma profecia curiosa no século XVIII que diz: “Quando você ouvir que os russos capturaram a Criméia, você deve saber que os tempos do Messias já começaram, e que seus passos estão sendo ouvidos. E quando você ouvir que os russos tenham atingido a cidade de Constantinopla (a Istambul de hoje), você deve colocar a sua roupa de Shabat e não tirá-las, porque isso significa que o Messias está prestes a chegar a qualquer minuto”. No verso do profeta Jeremias sobre o “tempo de dores de Jacó”, isso é vital para se ver o objetivo em mente de que ele, Jacó (Israel), será livre dela (da angústia)”. Os sábios observam que o parto é um momento de transição radical e de luta para o bebê – a partir do tempo de uma existência relativamente pacífica dentro do útero para a dura luz do dia – e, portanto, uma transição semelhante entre este mundo e o mundo messiânico por vir que está prestes a ter lugar ….

É interessante observar essas interpretações escatológicas de muitos judeus ortodoxos quando comparados à luz da escatologia cristã, fica perceptível as muitas similaridades. Certamente, podemos olhar para o Senhor, bendito seja o Seu nome, para revelar o cumprimento da redenção em breve! Maranata Yeshua!

Porque a visão ainda está para cumprir-se no tempo determinado, mas se apressa para o fim e não falhará; se tardar, espera-O, porque, certamente, virá, não tardará.” (Habacuque 2:3)

Que o SENHOR lhe abençoe de forma abundante! 🙏❤️

* adaptado e com acréscimos feitos por mim do artigo original de John J. Parsons, aqui.