por Dionei Vieira,
Muitas pessoas que eu conheço vivem em uma crise pessoal, não tanto uma crise de fé, mas uma crise de confusão. Mas como se chega a esse estado de confusão? Geralmente ele ocorre quando se aceita o materialismo como a sua visão de mundo, uma cosmovisão baseada majoritariamente na ciência, dessa forma as pessoas não conseguem internalizar realmente até o princípio mais básico de amor ao próximo. Nesse estágio, você pode acabar como no conto do dono de uma loja de objetos curiosos:
Um freguês, descobrindo um instrumento que não conhecia, levou-o ao lojista e lhe perguntou para que servia.
– Oh, isso é um barômetro – respondeu o dono. – Informa se vai chover.
– Como é que funciona? – perguntou o cliente.
O lojista, na verdade, não sabia como funcionava o barômetro, mas reconhecer esse fato implicaria em arriscar-se a perder a venda. Em vista disso respondeu:
– O senhor coloca-o do lado de fora da janela e o traz de volta. Se o barômetro volta molhado, o senhor sabe que está chovendo.
– Mas eu posso fazer isso com a mão. Por que então usar um barômetro? – protestou o homem.
– Mas isso não seria científico, respondeu o lojista.
Assim estão muitos hoje, na ânsia de serem “científicos”, acabam por adotar conceitos onde a ciência é insuficiente ou não se pode aplicá-la ao que se deseja. A ciência é limitada, ela não pode, por exemplo, explicar os conceitos abstratos de beleza, leveza, amor; nem de valores éticos, como o bem e o mal. A ciência não pode explicar verdades metafísicas, como o fato de existirem outras mentes além da minha própria ou se o mundo externo é real ou não, ou se o passado não foi criado há 5 minutos e aparenta ser mais velho do que é; a ciência nem sequer pode explicar verdades lógicas e matemáticas, ela as pressupõe como verdades, pois tentar prová-las seria petição de princípio. Enfim, a ciência em si nem mesmo pode ser provada pelo método científico, pois a própria ciência é permeada de suposições que não podem ser provadas, tal como a velocidade da luz ser constante entre os pontos A e B, pois se ela não o for, toda a Teoria da Relatividade é desmontada, e existem muitas outras suposições e constantes similares que eu poderia exemplificar.
Ou seja, uma cosmovisão majoritariamente científica é incapaz de prover respostas consistentes às maiores questões do ser humano por si … ela é insuficiente e, muitas vezes, vulnerável aos próximos experimentos ou teses e por meio destes pode mudar as suas “verdades” amanhã, como já tem ocorrido ao longo dos séculos. A única forma do ser humano ser completo e ter uma cosmovisão segura, firme e imutável é quando a sua base assume em primeiro lugar a existência do Ser Supremo, do Altíssimo, de Deus … O Criador …, todas as demais coisas são resultados dessa crença primordial e todo o seu viver passa a ser guiado por essa crença fundamental. Não é por acaso que o primeiro mandamento nas Escrituras é amar a Deus sobre todas as coisas com toda a força do seu ser, pois todo o mais, inclusive o amor ao próximo, é mera consequência desse primeiro mandamento!
Vejo que as pessoas tem uma mania de querer dar explicações para tudo, e então a primeira coisa que fazer sentido eles impõe como verdade, a ciência ja pôs como verdade várias coisa e depois voltou atrás, acho que não é feio você não ter respostas para tudo, e como você falou acima, estamos tão preocupados em dar respostas para tudo que esquecemos de princípios básicos como amar ao próximo!
Falta a muitos a humildade de entender que não sabem o suficiente. A ciência incha, mais o amor edifica! Paz!
A suma da sabedoria e da verdade é que há um Ser Supremo que Nele, Dele e por Ele tudo principia e finda, porque Ele é a síntese e antítese de todas as coisas. Glória a Deus, pois assim sendo podemos ter fé, e ter a certeza sobre a origem e fundamento de tudo.
Aleluia, pois, Seu plano é sólido e verdadeiro.
Para nós que cremos esperança da glória, para o mundo somente loucura.